M
|
e senti a pessoa mais burra do mundo.

Como eu não percebi que essa festa ia acontecer antes? Como eu não me liguei na movimentação esquisita que havia ao meu redor? Como eu fui burro, como eu fui idiota!
Acho que a minha cara deve ter ficado muito engraçada, porque a maioria dos meus amigos estava rindo de mim. Eu fiquei bravo e sem graça ao mesmo tempo.
- Que palhaçada é essa? – foi o que eu despejei depois de alguns segundos.
- Sua festa de aniversário!!! – Bruno exclamou com a maior cara de pau do mundo.
- Foi você, né cachorro?
- Eu e o Rodrigo. Nós dois bolamos isso daqui. Isso é pra você ver que a gente não se odeia tanto assim. E que eu entendo o relacionamento de vocês.
- Vou matar vocês dois... Na boa!
- Depois você faz isso, primeiro me dá um abraço?
- NÃO! SUA PESTE!
Eu fui obrigado a cumprimentar todos que estavam naquele lugar. Todos os meus amigos estavam presentes, não faltou ninguém.
- Que cara engraçada é essa? – o Digão foi ao meu encontro.
- Safado... Você é muito sem graça! Eu vou te matar...
- Surpresa!!! – o filho da mãe me abraçou. – Você pensou mesmo que eu não ia fazer nada pro seu aniversário? Até parece!

- Não precisava de nada disso.
- Precisava sim. Isso daqui ainda é pouco! Você merece muito mais. Eu tive que me segurar pra não ir correndo te ver na terça-feira. Doeu muito não te dar um abraço nessa data, mas...
- Doeu em mim também, seu infeliz! Eu fiquei muito chateado!
- Era parte da surpresa. Eu não poderia te ver, senão eu não seguraria a minha língua. Desculpa! Gostou da surpresa?
- Fiquei passado. Não desconfiei de nada e não esperava por isso. Vocês me enganaram direitinho.
- Ainda bem. Conseguimos fazer tudo escondido, mas foi difícil.
- Vocês dois me pagam! Não era pra fazer essa festa...
- Já disse que você merece. Agora vai cumprimentar seus amigos, vai. Eles estão te esperando.
Cumprimentei um a um. Até o Jonas estava na “balada”. Eu recebi tantas felicitações que cansei de agradecer.
- Obrigado por ter vindo – abracei a Janaína.
- Você acha que eu ia perder a sua cara de pastel? Não mesmo!
- Ah, quer dizer que é por isso que você veio?
- Lógico! E também pra curtir sua festa, é claro.
- Me enganaram direitinho.
- Eu sei! Eu já sabia há muito tempo!
- E POR QUE NÃO ME FALOU NADA?
- Pra não estragar a sua surpresa, oras!
- Vocês me pegam. Todos vocês me pegam. Eu vou empurrar você de um avião de novo.
- Vai nada. Eu nunca mais vou pular de paraquedas. Quase me borrei todinha.
- Chata! Oi, Alexia, oi Diego!
Falei com absolutamente todos. Deveria ter mais ou menos umas 35, 40 pessoas naquele salão de festas. Havia algumas pessoas desconhecidas no meio dos meus amigos e colegas.
- Parabéns, Caio seu lindo! – Bruna foi falar comigo.
- Obrigado, Bruna! Obrigado por ter vindo! Você está bem?
- Eu estou ótima e você?
- Muito bem, obrigado. Não estava esperando por essa festa.
- Te enganaram direitinho, né?
- Uhum.
- Assim que é bom. O Vini também me enganou direitinho na minha, lembra?
- Claro que me lembro! Impossível esquecer aquela festa deliciosa. Eu me diverti muito.
- Então corre pra pista e vai dançar. Vai se divertir na sua festa também!!!
- É eu vou, só preciso me acostumar com isso.
Depois de muito tempo o Bruno foi falar comigo novamente. Ele parecia tristonho.
- Não gostou da surpresa, amor?
- Claro que gostei, meu chatinho! Me dá um abraço, vai?
Ele caiu nos meus braços.
- Desculpa ter gritado com você, é que eu fiquei surpreso demais! Não precisava fazer isso, amor!
- Mas você merece... Não foi nada!
- Obrigado por se preocupar comigo, tá? Eu te amo muito!
- Mas você gostou da decoração? Gostou de tudo?
- Claro que eu gostei, Bruno! Eu amei! Está tudo muito lindo, muito perfeito! Obrigado por tudo, de verdade!

- De nada, meu príncipe! Pensei que você ia ficar chateado comigo!
- Nunca. Foi só o susto. Realmente não precisava disso, mas... Agora eu vou aproveitar!
- Isso mesmo! Aproveite bastante porque essa festa é sua!
- Você me paga, viu mocinho? Me aguarde em outubro!
- Nem inventa moda, viu? Nem inventa!
- Você pode e eu não? Até parece!
- Vem... Vamos curtir, vamos beber, vamos comer...

A parte mais bonita do salão de festas era a mesa. A mesa estava linda demais. O bolo em particular estava me deixando encantado. Eu fiquei com vontade de experimentar.
Quem ficou responsável pela música foi o Fabrício. Ele tomou conta do som e mudava o ritmo de 5 em 5 minutos. Bruno e Rodrigo se preocuparam com tudo, absolutamente tudo.
Até jogo de luzes havia, da mesma forma que houve na festa da Bruna. Eu fiquei me perguntando quanto eles tinham gasto para fazer aquela festa.
Eu ia descobrir. Mais cedo ou mais tarde eu ia descobrir quanto os mocinhos tinham gasto com aquele mimo. O maior mimo que eu já tinha ganho em toda a minha vida.
É claro que eu fiquei feliz. Eu fiquei muito feliz! E passado o susto, passada a surpresa, eu aproveitei a minha festa ao máximo.
Ri, brinquei, conversei com todos, dancei, comi, bebi... Me diverti ao máximo, me diverti como pude.
- Até que horas a gente vai ficar aqui? – indaguei.
- Até a última pessoa sair – respondeu Bruno.
- Já está cansado?
- De jeito nenhum!

- Acho bom! Já que você inventou isso daqui, agora você vai aproveitar comigo, rapaz!
Não era buffet. Eles tinham preparado tudo. Alguém estava sendo responsável por fritar os salgados e eu queria saber quem era essa pessoa.
- É a própria mulher que fez os salgados. A gente deu um dinheirinho a mais pra ela e ela veio fritar.
- Coitada, Bruno! Como vocês são malvados!
- Estamos paganso, Caio! Ela aceitou numa boa. Não reclama!
Eu ia ter que fazer algo à altura pro Bruno em outubro. Eu não ia deixar aquela festa barato, não ia mesmo!
Lá pelas 4 da manhã os convidados cantaram parabéns para mim e eu cortei o bolo. E que bolo era aquele...
Era gigante e tinha meu nome escrito em cima. A massa era de chocolate e o recheio era de brigadeiro com morango. Havia morangos por todos os lados decorando a guloseima.

- O primeiro pedaço é seu – eu entreguei o pratinho pro Bruno.
- Muito obrigado, meu filho!
- De nada, pai. E o segundo é seu!
- Valeu, tio! – Rodrigo agarrou o prato com as duas mãos. Ele estava com cara de guloso.
- Tio é o caralho! Você tem idade pra ser meu avô.
- Avô, né? Beleza! Eu não vou esquecer dessa.
- Pra quem é o terceiro pedaço? – perguntou Janaína.
- PRA MIM!!! – eu sorri de orelha à orelha.
- E o meu??? – ela se chocou.
- O seu? O seu você mesmo corta! Você está incumbida de cortar o bolo para todos!
- Tá me achando com cara de empregada?
- Mais ou menos! Falta só o uniforme e o avental pra você virar uma empregada linda!
- Mas eu mereço... Eu mereço!!!
Ela reclamou, mas cortou o bolo pra todo mundo. Pensei que ia faltar, mas sobrou. Eu repeti quatro vezes.
- De novo? – Janaína reclamou.
- Claro! Eu sou o aniversariante, eu mereço mais. Anda, coloca um pedaço grande pra mim!
- Folgado! Eu vou querer um prêmio depois dessa.
- Depois eu te dou um chocolate e fica tudo certo.
- Como se eu fosse me vender por um chocolate.
- Por dois?
- Três.
- Fechado!
Se existia uma pessoa chocólatra, essa pessoa era a Janaína. A todo momento eu a via com uma barra de chocolate na mão. Ela conseguia superar qualquer um.
E assim a festa foi acabando. Conforme as pessoas foram comendo, elas foram indo embora. Eu fiquei grato pela presença de todos.
- Obrigado por ter vindo, Jonas!
- Por nada, garotão! Eu não ia perder a sua festa por nada.
- Obrigado mesmo. Obrigado por ter vindo também, moça!
O Jonas estava acompanhado por uma loira. Era a namorada dele.
- Por nada, moço! Feliz aniversário novamente.
- Muito obrigado! Obrigado mesmo. A gente se vê amanhã, Jonas!
- Vê se não se atrasa, hein?
- Claro que não!
O difícil seria dormir tarde pra acordar cedo pra ir trabalhar, mas eu ia dar conta.
- Falta mais alguma coisa? – questionou o meu namorado.
- Falta mais algumas sacolas ainda – respondi.
- Você ganhou muita coisa, hein? – Rodrigo se surpreendeu.
- A culpa é de vocês, mas vocês me pagam. Ah, me pagam!!!
- Ele vai aprontar alguma, você vai ver – meu namorado ficou conversando com o Rodrigo enquanto eu entrei e peguei o restante dos meus presentes.
- Pronto. Já terminei de arrumar tudo – Janaína foi ao meu encontro.
- Muito obrigado, Jana! Eu não sei o que seria de mim sem você.
- Por nada, querido! Estou levando um bolinho pra minha irmã, tá bom?
- Claro, claro! Pode levar quanto você quiser! Sobrou muito!
- Melhor sobrar do que faltar.
- Isso é verdade. Obrigado por ter vindo, viu amiga?
- De nada, coração! A gente se vê amanhã, porque hoje é a minha folga!
- Eu sei, você me falou isso várias vezes. Aproveita.
- Irei aproveitar. Ficarei tostando o dia todo no sol.
- Isso aí! Boa praia pra você.
- Obrigada! Deixa eu te ajudar com essas sacolas.
- Ah, obrigado!
Após colocarmos tudo no carro, Bruno deu uma última conferida no salão e por fim fechou a porta com a chave. Eu queria saber pra quem ele ia entregar aquela chave.
- Entra aí, Jana – mandou o garoto dos olhos azuis. – Eu te levo em casa.
- MENTIRA? AAAAAAAAH, EU TE AMO, BRUNINHO!!!
Quando ela terminou a frase ela já estava sentada no banco traseiro do carro do meu namorado. Eu fiquei rindo sozinho. Que garota louca!
- Digão, entra aí também. Eu vou te levar.
- É o mínimo que você poderia fazer por mim, Bruno.
- Cadê as gêmeas? Elas já foram?
- Faz tempo! – Rodrigo entrou no carro.
- E você não vai sair com elas?
- Mais tarde. Agora eu vou pra república.
- Entendi.
- AI meus quartos – Janaína choramingou.

- Meus quartos? – Rodrigo achou esquisito.
- Minhas pernas, menino!
- Nossa! Essa pra mim é novidade.
- Digow você pode entregar a chave do salão pro dono?
- Posso, Bruno. Passa aí.
- Valeu.
- Disponha.
Eu estava tão feliz, tão feliz que seria capaz de gritar de tanta felicidade. Eu me sentia leve como uma pluma e queria rir à toa.
- Quem você vai levar primeiro, Bruno? – perguntei.
- Sei lá! Estou esperando alguém me falar alguma coisa.
- E pra onde nós estamos indo? – dei risada.
- Sei lá também. E aí? Quem eu levo primeiro?
- Primeiro as damas. Pode levar a Janaína – respondeu Rodrigo.
- Isso mesmo! Pode me levar primeiro!
- E desde quando essa daí é dama? – perguntei.
- Olha só, tu me respeita, hein?
Eu amava quando ela falava como uma carioca da gema. Eu adorava o sotaque da Janaína.
- Mas é verdade! De dama você não tem nada!
- Nem vou discutir. Estou cansada demais pra isso.
- Por que você não saiu com o Well?
- Porque eu não quis. Hoje eu não to com cabeça pra homem!
- Você está bem? Não está com febre?
- Não, menino! Me deixa cochilar!
Bruno deixou a Jana em casa, depois partiu pra república. Na hora que eu fui me despedir do Rodrigo, ele fez um drama imenso para eu ficar com ele na república.
- Não posso! Eu tenho que trabalhar daqui a pouco!
- Ah... Eu vou ficar sozinho!
- Deveria ter saído com uma das gêmeas, brother. Agora aguenta!
- Você não era assim comigo!
- Para de ser dramático, Digow! Eu preciso ir, obrigado pela festa! E pelo presente também. Não precisava ter se preocupado.
- Não precisava, né? No meu aniversário você me deu cinco presentes! Eu nem fiz nada quase.
- Imagina se tivesse feito. Obrigado por tudo, eu preciso ir!
- Então vai, chato! A gente se fala depois.
- Combinadíssimo! Obrigado mais uma vez.
- De nada, de nada. Tchau, Bruno! Mandamos bem, hein?
- É sim! Valeu pela força!
- Eu que te agradeço. Cuida bem dele.
- Sempre.

Entrei de novo no carro e meu namorado voou para o Recreio. Eu estava muito cansado.
Mas mesmo estando cansado, ainda encontrei forças para agradecer meu namorado por tudo o que ele tinha feito por mim.
Me entreguei pra ele e essa foi a forma de agradecimento. Ele disse que não poderia ter forma melhor.
- Agora dorme – ele beijou meu rosto. – Daqui a pouco você tem que trabalhar.
Como eu não percebi que essa festa ia acontecer antes? Como eu não me liguei na movimentação esquisita que havia ao meu redor? Como eu fui burro, como eu fui idiota!
Acho que a minha cara deve ter ficado muito engraçada, porque a maioria dos meus amigos estava rindo de mim. Eu fiquei bravo e sem graça ao mesmo tempo.
- Que palhaçada é essa? – foi o que eu despejei depois de alguns segundos.
- Sua festa de aniversário!!! – Bruno exclamou com a maior cara de pau do mundo.
- Foi você, né cachorro?
- Eu e o Rodrigo. Nós dois bolamos isso daqui. Isso é pra você ver que a gente não se odeia tanto assim. E que eu entendo o relacionamento de vocês.
- Vou matar vocês dois... Na boa!
- Depois você faz isso, primeiro me dá um abraço?
- NÃO! SUA PESTE!
Eu fui obrigado a cumprimentar todos que estavam naquele lugar. Todos os meus amigos estavam presentes, não faltou ninguém.
- Que cara engraçada é essa? – o Digão foi ao meu encontro.
- Safado... Você é muito sem graça! Eu vou te matar...
- Surpresa!!! – o filho da mãe me abraçou. – Você pensou mesmo que eu não ia fazer nada pro seu aniversário? Até parece!
- Não precisava de nada disso.
- Precisava sim. Isso daqui ainda é pouco! Você merece muito mais. Eu tive que me segurar pra não ir correndo te ver na terça-feira. Doeu muito não te dar um abraço nessa data, mas...
- Doeu em mim também, seu infeliz! Eu fiquei muito chateado!
- Era parte da surpresa. Eu não poderia te ver, senão eu não seguraria a minha língua. Desculpa! Gostou da surpresa?
- Fiquei passado. Não desconfiei de nada e não esperava por isso. Vocês me enganaram direitinho.
- Ainda bem. Conseguimos fazer tudo escondido, mas foi difícil.
- Vocês dois me pagam! Não era pra fazer essa festa...
- Já disse que você merece. Agora vai cumprimentar seus amigos, vai. Eles estão te esperando.
Cumprimentei um a um. Até o Jonas estava na “balada”. Eu recebi tantas felicitações que cansei de agradecer.
- Obrigado por ter vindo – abracei a Janaína.
- Você acha que eu ia perder a sua cara de pastel? Não mesmo!
- Ah, quer dizer que é por isso que você veio?
- Lógico! E também pra curtir sua festa, é claro.
- Me enganaram direitinho.
- Eu sei! Eu já sabia há muito tempo!
- E POR QUE NÃO ME FALOU NADA?
- Pra não estragar a sua surpresa, oras!
- Vocês me pegam. Todos vocês me pegam. Eu vou empurrar você de um avião de novo.
- Vai nada. Eu nunca mais vou pular de paraquedas. Quase me borrei todinha.
- Chata! Oi, Alexia, oi Diego!
Falei com absolutamente todos. Deveria ter mais ou menos umas 35, 40 pessoas naquele salão de festas. Havia algumas pessoas desconhecidas no meio dos meus amigos e colegas.
- Parabéns, Caio seu lindo! – Bruna foi falar comigo.
- Obrigado, Bruna! Obrigado por ter vindo! Você está bem?
- Eu estou ótima e você?
- Muito bem, obrigado. Não estava esperando por essa festa.
- Te enganaram direitinho, né?
- Uhum.
- Assim que é bom. O Vini também me enganou direitinho na minha, lembra?
- Claro que me lembro! Impossível esquecer aquela festa deliciosa. Eu me diverti muito.
- Então corre pra pista e vai dançar. Vai se divertir na sua festa também!!!
- É eu vou, só preciso me acostumar com isso.
Depois de muito tempo o Bruno foi falar comigo novamente. Ele parecia tristonho.
- Não gostou da surpresa, amor?
- Claro que gostei, meu chatinho! Me dá um abraço, vai?
Ele caiu nos meus braços.
- Desculpa ter gritado com você, é que eu fiquei surpreso demais! Não precisava fazer isso, amor!
- Mas você merece... Não foi nada!
- Obrigado por se preocupar comigo, tá? Eu te amo muito!
- Mas você gostou da decoração? Gostou de tudo?
- Claro que eu gostei, Bruno! Eu amei! Está tudo muito lindo, muito perfeito! Obrigado por tudo, de verdade!
- De nada, meu príncipe! Pensei que você ia ficar chateado comigo!
- Nunca. Foi só o susto. Realmente não precisava disso, mas... Agora eu vou aproveitar!
- Isso mesmo! Aproveite bastante porque essa festa é sua!
- Você me paga, viu mocinho? Me aguarde em outubro!
- Nem inventa moda, viu? Nem inventa!
- Você pode e eu não? Até parece!
- Vem... Vamos curtir, vamos beber, vamos comer...
A parte mais bonita do salão de festas era a mesa. A mesa estava linda demais. O bolo em particular estava me deixando encantado. Eu fiquei com vontade de experimentar.
Quem ficou responsável pela música foi o Fabrício. Ele tomou conta do som e mudava o ritmo de 5 em 5 minutos. Bruno e Rodrigo se preocuparam com tudo, absolutamente tudo.
Até jogo de luzes havia, da mesma forma que houve na festa da Bruna. Eu fiquei me perguntando quanto eles tinham gasto para fazer aquela festa.
Eu ia descobrir. Mais cedo ou mais tarde eu ia descobrir quanto os mocinhos tinham gasto com aquele mimo. O maior mimo que eu já tinha ganho em toda a minha vida.
É claro que eu fiquei feliz. Eu fiquei muito feliz! E passado o susto, passada a surpresa, eu aproveitei a minha festa ao máximo.
Ri, brinquei, conversei com todos, dancei, comi, bebi... Me diverti ao máximo, me diverti como pude.
- Até que horas a gente vai ficar aqui? – indaguei.
- Até a última pessoa sair – respondeu Bruno.
- Já está cansado?
- De jeito nenhum!
- Acho bom! Já que você inventou isso daqui, agora você vai aproveitar comigo, rapaz!
Não era buffet. Eles tinham preparado tudo. Alguém estava sendo responsável por fritar os salgados e eu queria saber quem era essa pessoa.
- É a própria mulher que fez os salgados. A gente deu um dinheirinho a mais pra ela e ela veio fritar.
- Coitada, Bruno! Como vocês são malvados!
- Estamos paganso, Caio! Ela aceitou numa boa. Não reclama!
Eu ia ter que fazer algo à altura pro Bruno em outubro. Eu não ia deixar aquela festa barato, não ia mesmo!
Lá pelas 4 da manhã os convidados cantaram parabéns para mim e eu cortei o bolo. E que bolo era aquele...
Era gigante e tinha meu nome escrito em cima. A massa era de chocolate e o recheio era de brigadeiro com morango. Havia morangos por todos os lados decorando a guloseima.
- O primeiro pedaço é seu – eu entreguei o pratinho pro Bruno.
- Muito obrigado, meu filho!
- De nada, pai. E o segundo é seu!
- Valeu, tio! – Rodrigo agarrou o prato com as duas mãos. Ele estava com cara de guloso.
- Tio é o caralho! Você tem idade pra ser meu avô.
- Avô, né? Beleza! Eu não vou esquecer dessa.
- Pra quem é o terceiro pedaço? – perguntou Janaína.
- PRA MIM!!! – eu sorri de orelha à orelha.
- E o meu??? – ela se chocou.
- O seu? O seu você mesmo corta! Você está incumbida de cortar o bolo para todos!
- Tá me achando com cara de empregada?
- Mais ou menos! Falta só o uniforme e o avental pra você virar uma empregada linda!
- Mas eu mereço... Eu mereço!!!
Ela reclamou, mas cortou o bolo pra todo mundo. Pensei que ia faltar, mas sobrou. Eu repeti quatro vezes.
- De novo? – Janaína reclamou.
- Claro! Eu sou o aniversariante, eu mereço mais. Anda, coloca um pedaço grande pra mim!
- Folgado! Eu vou querer um prêmio depois dessa.
- Depois eu te dou um chocolate e fica tudo certo.
- Como se eu fosse me vender por um chocolate.
- Por dois?
- Três.
- Fechado!
Se existia uma pessoa chocólatra, essa pessoa era a Janaína. A todo momento eu a via com uma barra de chocolate na mão. Ela conseguia superar qualquer um.
E assim a festa foi acabando. Conforme as pessoas foram comendo, elas foram indo embora. Eu fiquei grato pela presença de todos.
- Obrigado por ter vindo, Jonas!
- Por nada, garotão! Eu não ia perder a sua festa por nada.
- Obrigado mesmo. Obrigado por ter vindo também, moça!
O Jonas estava acompanhado por uma loira. Era a namorada dele.
- Por nada, moço! Feliz aniversário novamente.
- Muito obrigado! Obrigado mesmo. A gente se vê amanhã, Jonas!
- Vê se não se atrasa, hein?
- Claro que não!
O difícil seria dormir tarde pra acordar cedo pra ir trabalhar, mas eu ia dar conta.
- Falta mais alguma coisa? – questionou o meu namorado.
- Falta mais algumas sacolas ainda – respondi.
- Você ganhou muita coisa, hein? – Rodrigo se surpreendeu.
- A culpa é de vocês, mas vocês me pagam. Ah, me pagam!!!
- Ele vai aprontar alguma, você vai ver – meu namorado ficou conversando com o Rodrigo enquanto eu entrei e peguei o restante dos meus presentes.
- Pronto. Já terminei de arrumar tudo – Janaína foi ao meu encontro.
- Muito obrigado, Jana! Eu não sei o que seria de mim sem você.
- Por nada, querido! Estou levando um bolinho pra minha irmã, tá bom?
- Claro, claro! Pode levar quanto você quiser! Sobrou muito!
- Melhor sobrar do que faltar.
- Isso é verdade. Obrigado por ter vindo, viu amiga?
- De nada, coração! A gente se vê amanhã, porque hoje é a minha folga!
- Eu sei, você me falou isso várias vezes. Aproveita.
- Irei aproveitar. Ficarei tostando o dia todo no sol.
- Isso aí! Boa praia pra você.
- Obrigada! Deixa eu te ajudar com essas sacolas.
- Ah, obrigado!
Após colocarmos tudo no carro, Bruno deu uma última conferida no salão e por fim fechou a porta com a chave. Eu queria saber pra quem ele ia entregar aquela chave.
- Entra aí, Jana – mandou o garoto dos olhos azuis. – Eu te levo em casa.
- MENTIRA? AAAAAAAAH, EU TE AMO, BRUNINHO!!!
Quando ela terminou a frase ela já estava sentada no banco traseiro do carro do meu namorado. Eu fiquei rindo sozinho. Que garota louca!
- Digão, entra aí também. Eu vou te levar.
- É o mínimo que você poderia fazer por mim, Bruno.
- Cadê as gêmeas? Elas já foram?
- Faz tempo! – Rodrigo entrou no carro.
- E você não vai sair com elas?
- Mais tarde. Agora eu vou pra república.
- Entendi.
- AI meus quartos – Janaína choramingou.
- Meus quartos? – Rodrigo achou esquisito.
- Minhas pernas, menino!
- Nossa! Essa pra mim é novidade.
- Digow você pode entregar a chave do salão pro dono?
- Posso, Bruno. Passa aí.
- Valeu.
- Disponha.
Eu estava tão feliz, tão feliz que seria capaz de gritar de tanta felicidade. Eu me sentia leve como uma pluma e queria rir à toa.
- Quem você vai levar primeiro, Bruno? – perguntei.
- Sei lá! Estou esperando alguém me falar alguma coisa.
- E pra onde nós estamos indo? – dei risada.
- Sei lá também. E aí? Quem eu levo primeiro?
- Primeiro as damas. Pode levar a Janaína – respondeu Rodrigo.
- Isso mesmo! Pode me levar primeiro!
- E desde quando essa daí é dama? – perguntei.
- Olha só, tu me respeita, hein?
Eu amava quando ela falava como uma carioca da gema. Eu adorava o sotaque da Janaína.
- Mas é verdade! De dama você não tem nada!
- Nem vou discutir. Estou cansada demais pra isso.
- Por que você não saiu com o Well?
- Porque eu não quis. Hoje eu não to com cabeça pra homem!
- Você está bem? Não está com febre?
- Não, menino! Me deixa cochilar!
Bruno deixou a Jana em casa, depois partiu pra república. Na hora que eu fui me despedir do Rodrigo, ele fez um drama imenso para eu ficar com ele na república.
- Não posso! Eu tenho que trabalhar daqui a pouco!
- Ah... Eu vou ficar sozinho!
- Deveria ter saído com uma das gêmeas, brother. Agora aguenta!
- Você não era assim comigo!
- Para de ser dramático, Digow! Eu preciso ir, obrigado pela festa! E pelo presente também. Não precisava ter se preocupado.
- Não precisava, né? No meu aniversário você me deu cinco presentes! Eu nem fiz nada quase.
- Imagina se tivesse feito. Obrigado por tudo, eu preciso ir!
- Então vai, chato! A gente se fala depois.
- Combinadíssimo! Obrigado mais uma vez.
- De nada, de nada. Tchau, Bruno! Mandamos bem, hein?
- É sim! Valeu pela força!
- Eu que te agradeço. Cuida bem dele.
- Sempre.
Entrei de novo no carro e meu namorado voou para o Recreio. Eu estava muito cansado.
Mas mesmo estando cansado, ainda encontrei forças para agradecer meu namorado por tudo o que ele tinha feito por mim.
Me entreguei pra ele e essa foi a forma de agradecimento. Ele disse que não poderia ter forma melhor.
- Agora dorme – ele beijou meu rosto. – Daqui a pouco você tem que trabalhar.
Ainda bem que eu entrei na loja às 13 horas, porque se fosse
às 10 eu não teria aguentado o sono.
Mas mesmo entrando no período vespertino, ainda estava me sentindo sonolento. Muito sonolento.
- Acorda, Caio! – Jonas foi brincar comigo.
- Eu estou acordado!
- Quer que eu coloque durex nas suas pálpebras?
- Precisa não. Eu já tomei um energético. Está tudo bem.
- Vamos ver como está o seu desempenho nesse mês de setembro?
- Mas o mês nem começou direito!
- Aproveita, bobo! Eu to deixando você sentar e você reclama?
- Ah, então vamos!
Por isso que eu amava o Jonas. Ele sempre dava um jeitinho pra me deixar descansar. Ele era um pai, não um chefe.
- Fora da meta, mas ainda é cedo. Dá pra recuperar!
- É, dá sim!
- Só não quero ver corpo mole, hein? Em agosto você não fechou dentro da meta. Tem que recuperar.
- Eu sei, eu sei. Eu vou focar mais.
- Ei, quer dormir um pouco no sofá da sala da Duda?
- Quero! Posso?
- Pode. Vai lá que eu te encubro!
- Arrasou! Por isso que eu te amo!
- Tá me estranhando, camarada?
- Não! Mas mesmo assim eu amo você. Quanto tempo eu posso ficar lá?
- Uma hora tá bom?

- Já ajuda e muito! Obrigado, hein?
- Disponha. Vai, aproveita que ninguém está olhando!
Eu fui, mas ele foi atrás de mim. Entrei, deitei e o Jonas fechou a porta por fora com a chave. Desse modo, ninguém iria me atrapalhar e eu poderia descansar.
E foi exatamente isso que eu fiz. O sofá da sala da Duda era incrivelmente macio e relaxava bastante o corpo. Depois de uma hora, eu levantei muito mais descansado que antes.
- Melhor?
- Muito, Jonas! Valeu mesmo.
- Agora vai lavar esse rosto, senão o pessoal vai desconfiar de alguma coisa.
- Beleza. Valeu mesmo!
- Por nada. Conta sempre que precisar.
Mas mesmo entrando no período vespertino, ainda estava me sentindo sonolento. Muito sonolento.
- Acorda, Caio! – Jonas foi brincar comigo.
- Eu estou acordado!
- Quer que eu coloque durex nas suas pálpebras?
- Precisa não. Eu já tomei um energético. Está tudo bem.
- Vamos ver como está o seu desempenho nesse mês de setembro?
- Mas o mês nem começou direito!
- Aproveita, bobo! Eu to deixando você sentar e você reclama?
- Ah, então vamos!
Por isso que eu amava o Jonas. Ele sempre dava um jeitinho pra me deixar descansar. Ele era um pai, não um chefe.
- Fora da meta, mas ainda é cedo. Dá pra recuperar!
- É, dá sim!
- Só não quero ver corpo mole, hein? Em agosto você não fechou dentro da meta. Tem que recuperar.
- Eu sei, eu sei. Eu vou focar mais.
- Ei, quer dormir um pouco no sofá da sala da Duda?
- Quero! Posso?
- Pode. Vai lá que eu te encubro!
- Arrasou! Por isso que eu te amo!
- Tá me estranhando, camarada?
- Não! Mas mesmo assim eu amo você. Quanto tempo eu posso ficar lá?
- Uma hora tá bom?
- Já ajuda e muito! Obrigado, hein?
- Disponha. Vai, aproveita que ninguém está olhando!
Eu fui, mas ele foi atrás de mim. Entrei, deitei e o Jonas fechou a porta por fora com a chave. Desse modo, ninguém iria me atrapalhar e eu poderia descansar.
E foi exatamente isso que eu fiz. O sofá da sala da Duda era incrivelmente macio e relaxava bastante o corpo. Depois de uma hora, eu levantei muito mais descansado que antes.
- Melhor?
- Muito, Jonas! Valeu mesmo.
- Agora vai lavar esse rosto, senão o pessoal vai desconfiar de alguma coisa.
- Beleza. Valeu mesmo!
- Por nada. Conta sempre que precisar.
Naquela quarta-feira o Bruno não tinha aula e nós dois
estávamos de folga. Por isso, ficamos na cama até altas horas da manhã.
Quando eu acordei, olhei pro lado e vi que ele ainda estava dormindo, com a maior cara de tranquilidade.
- Como você é lindo, meu amor! – beijei de leve o rostinho de anjo do Bruno. – Eu te amo!
Nesse momento eu ouvi um barulho na cozinha e fiquei assustado. Que barulho era aquele? Será que o apartamento estava sendo visitado por ratos?
Não, não era rato. Tinha alguém no apê. Eu tinha certeza disso porque ouvi barulho de passos por todos os lados. Quem estaria ali?
Será que era um assaltante? Será que alguém estava nos roubando? Será que alguém ia levar todas as nossas coisas? Fiquei com medo, com muito medo.
Eu levantei bem devagar e andei vagarosamente até a porta do quarto. Não quis acordar o Bruno para não preocupá-lo. Quem quer que fosse ia se ver comigo! Mas... E se fosse um assaltante de verdade? E se ele estivesse armado?
Criei coragem. Eu ia verificar quem estava no meu apartamento, quem era o intruso. E se fosse um assaltante, eu não ia reagir.
Mas, por via das dúvidas, eu precisava me defender de alguma forma. Por isso, eu peguei o meu chinelo para me defender de alguma forma. Se alguém viesse pra cima de mim eu teria como dar uma chinelada. Pelo menos era isso que eu achava que ia fazer.
Abri lentamente a porta do quarto e olhei para o corredor. Não vi ninguém. O barulho vinha da cozinha. Saí andando bem suavemente. Eu ia pegar o assaltante no flagra!
A pessoa estava andando por todos os lados. Eu fiquei encostado na parede do banheiro e prendi a respiração. Quem estava ali, meu Deus?
E então ela apareceu. De repente uma mulher baixa e de meia idade surgiu no corredor. Quem era aquela mulher?
- QUEM É VOCÊ?
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – a coitada levou o maior susto e quase caiu pra trás.
- Quem é você? – eu repeti a pergunta, com o chinelo erguido acima da minha cabeça. – O que você está fazendo aqui?
- Ca-calma moço... Eu sou a Josefa...
- O que você quer aqui? Eu não vou deixar você assaltar o apartamento não!
- Não moço... Eu não sou “ladrona” não... Pelo amor de Deus...
- QUEM É VOCÊ E O QUE VOCÊ QUER AQUI?
- Não bate em mim, moço... Pelo amor de Deus...
A mulher tremia feito vara verde. Ela tinha um sotaque nordestino bem arrastado. Eu fiquei confuso. Quem era aquela senhora?

- O que está acontecendo? – Bruno apareceu no corredor.
- Eu peguei essa mulher mexendo e andando aqui dentro do apartamento!
- Bruno... Bruno... Sou eu, sou eu... – ela ainda estava tremendo.
- Ah! – meu namorado riu. – Calma, Caio! Ela é a Zefinha! Ela é a diarista que limpa o apartamento uma vez por semana! Não se preocupe!
- Hã? Diarista? – eu abaixei o braço. – Não sabia disso!
- Me desculpa, eu esqueci de te contar. É que ela estava de férias, né Zefinha?
- Isso, isso... Eu não sou “ladrona” não, moço!
- Nossa! Me perdoa, senhora – eu fiquei todo sem graça. – Me perdoa mesmo! É que eu não sabia de nada, eu pensei que era um assaltante...
- Não – Bruno riu. – A Zefinha é um anjo! Ela vem limpar aqui todas as quartas, né Zefinha? – Bruh beijou o rosto da mulher.
- Isso mesmo, moço! Eu só sou a diarista...
- Me perdoa, por favor! Eu não sabia mesmo... Não sabia disso! Ai que vergonha!
- Tudo bem, tudo bem!
- Zefinha, esse é meu marido, o Caio. Eu já tinha falado dele pra você, né?
- Tinha sim! Muito prazer, Seu Caio!
- Seu? Imagina! Pode me chamar de Caio, Dona Zefinha! Tem nada de Seu não!
- Está certo, mas então me chame só de Zefinha, por favor.
- Tudo bem! Me perdoa pelo susto, de verdade. Eu estou envergonhado, mas é que o Bruno não falou nada...
- Não se preocupe, não se preocupe.
- Você quer uma água? Está toda trêmula...
- Não, estou bem. Muito obrigada, visse?
O sotaque da mulher era lindo. Eu adorava sotaques nordestinos. E o dela era bem bonitinho.
- Vem, Caio – Bruno me puxou pela mão. – Vamos nos arrumar. Zefinha, fica à vontade, tá?
- Desculpa, viu Bruno? Eu pensei que o apartamento estava vazio. Você quer que eu volte outro dia?
- Não, Zefinha! Pode ficar à vontade. É que hoje a gente está de folga e eu não tive faculdade. Por isso você encontrou a gente aqui. Relaxa, tá?
- Tudo bem então. Pode deixar que eu ajeito o quarto, visse?
- Muito obrigado! Vem, vamos nos arrumar pra tomar café!
Quando nós entramos no quarto eu fui logo esbravejando com meu namorado, porém em sussurros:
- Por que não me falou dessa diarista?
- Eu esqueci, de verdade! Quando você veio morar aqui ela estava de férias, por isso não falei nada. Desculpa!
- E desde quando você precisa de diarista pra limpar um ovo desses, Bruno? Só tem 2 cômodos aqui, Bruno! Não precisa de diarista, pelo amor de Deus!
- É que eu quis ajudá-la, anjo! Ela depende desse trabalho de diarista pra ajudar a mãe que mora lá em Pernambuco. Ela tem Alzheimer. Eu fiquei comovido com a situação e quis ajudar. Por isso ela vem uma vez por semana... Essa foi a forma que eu encontrei pra ajudá-la...
Quase me emocionei. Eu agarrei o Bruno com tanta força que ele ficou sem ar.
- Como você é lindo! Como você é lindo! Eu te amo muito!!!
- Obrigado, amor. Não está chateado por eu não ter falado nada antes?
- Claro que não! E eu consigo ficar? Que gesto lindo você teve, Bruno! Eu não tenho palavras pra expressar a minha admiração por você!

Tinha um gesto mais lindo que esse? Mesmo o nosso apartamento sendo minúsculo, ele ainda teve a capacidade de contratar aquela mulher só pra ela ajudar a mãe que sofria de Alzheimer. Meu namorado era um verdadeiro anjo de Deus, não era?
- É por isso que eu te amo tanto – falei. – Você tem um coração que não cabe dentro do peito. Parabéns por esse gesto!
- Ah... Eu tento ajudar as pessoas como posso. Eu gosto muito da Zefinha, ela é um amor de pessoa!
- Coitada... Eu a assustei muito!
- Não tem problema! Eu é que deveria ter lembrado de te contar que ela ia vir hoje.
- Não tem problema! Eu gostei muito desse gesto, de verdade. E eu também vou ajudar!
- Vai?
- Sim! Faço questão de ajudar. De verdade!
- Você é perfeito.
Depois que a gente se trocou, eu fui falar de novo com a mulher e mais uma vez pedi desculpas pelo susto. Ela já estava calma.
- Se preocupe não, Caio. Está tudo bem!
- Que bom. O Bruno me disse que a sua mãe tem Alzheimer... Ela está bem?
- Está sim, graças a Deus. Não tem cura, né? Mas ela está bem. Obrigada.
- Hum... E você só trabalha aqui?
- Não, Caio. Eu trabalho em quase todos os apartamentos desse prédio. Saindo daqui eu vou pro apartamento da Dona Marieta. Eu faço faxina em três apartamentos por dia.
- E o Bruno te paga por diária ou junta tudo?
- Ele junta tudo e paga no final do mês.
- Mas não é melhor você receber por diária?
- É não! É que se for assim o dinheiro vai embora muito rápido, sabe? Prefiro pegar tudo no final do mês.
- Ah, entendi. E quanto ele paga?
Ela disse o valor.
- Eu vou te ajudar também, tá? Vou acrescentar metade desse valor no final do mês.
- Imagina, Caio! Precisa não...
- Eu faço questão! Eu fiquei comovido com a sua mãe e também quero ajudar. Eu sei o quanto é difícil a gente trabalhar pra juntar um dinheirinho e ainda mais você tendo que ajudar. Eu aço questão!
- Nem sei como te agradecer.
- Não precisa se preocupar, Zefinha! Eu realmente quero te ajudar. Gostei de você.
- Ah, obrigada!
Ela não era só diarista. Ela gostava tanto do Bruno que preparava o almoço também. E a comida dela era deliciosa.

- Muito bom!!! – eu elogiei. – Você cozinha muito bem! Só por isso merece o aumento da diária.
- Obrigada, menino. Obrigada mesmo! Que Deus te dê em dobro!
- Amém.
- Ele não é um anjo? – meu namorado se derreteu.
- É sim. E é muito bonito também.
- Obrigado – eu fiquei todo sem graça.
- Sim, já ia me esquecendo! Seu desodorante da “Natura” está na minha bolsa. Desculpe a demora, visse?
- Ah, não tem problema não, amor – Bruno sorriu. – Depois você me entrega e eu já te dou o valor.
- Tu sabe que não tem pressa, né?
- Eu pago logo pra ficar tranquilo.
- Você vende “Natura” também? – indaguei.
- “Natua”, “Avon” e lingerie – disse a mulher.
- Pô, finalmente encontrei alguém que venda “Natura”. Eu quero ver a revista. Posso?
- Só pode! Eu vou buscar, momento só.
Eu queria mesmo alguém que vendesse cosméticos. Sempre gostei dos perfumes da “Natura” e os meus já estavam acabando. Eu precisava renovar o estoque.
- Zefinha? Posso marcar o produto na revista mesmo? Ou numa folhinha separada?
- Pode “botar” seu nome na revista mesmo, menino. Se preocupa não, visse?
- Eu vou querer um perfume.
- Tá certo!
Nós três almoçamos juntos.
Quando eu acordei, olhei pro lado e vi que ele ainda estava dormindo, com a maior cara de tranquilidade.
- Como você é lindo, meu amor! – beijei de leve o rostinho de anjo do Bruno. – Eu te amo!
Nesse momento eu ouvi um barulho na cozinha e fiquei assustado. Que barulho era aquele? Será que o apartamento estava sendo visitado por ratos?
Não, não era rato. Tinha alguém no apê. Eu tinha certeza disso porque ouvi barulho de passos por todos os lados. Quem estaria ali?
Será que era um assaltante? Será que alguém estava nos roubando? Será que alguém ia levar todas as nossas coisas? Fiquei com medo, com muito medo.
Eu levantei bem devagar e andei vagarosamente até a porta do quarto. Não quis acordar o Bruno para não preocupá-lo. Quem quer que fosse ia se ver comigo! Mas... E se fosse um assaltante de verdade? E se ele estivesse armado?
Criei coragem. Eu ia verificar quem estava no meu apartamento, quem era o intruso. E se fosse um assaltante, eu não ia reagir.
Mas, por via das dúvidas, eu precisava me defender de alguma forma. Por isso, eu peguei o meu chinelo para me defender de alguma forma. Se alguém viesse pra cima de mim eu teria como dar uma chinelada. Pelo menos era isso que eu achava que ia fazer.
Abri lentamente a porta do quarto e olhei para o corredor. Não vi ninguém. O barulho vinha da cozinha. Saí andando bem suavemente. Eu ia pegar o assaltante no flagra!
A pessoa estava andando por todos os lados. Eu fiquei encostado na parede do banheiro e prendi a respiração. Quem estava ali, meu Deus?
E então ela apareceu. De repente uma mulher baixa e de meia idade surgiu no corredor. Quem era aquela mulher?
- QUEM É VOCÊ?
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – a coitada levou o maior susto e quase caiu pra trás.
- Quem é você? – eu repeti a pergunta, com o chinelo erguido acima da minha cabeça. – O que você está fazendo aqui?
- Ca-calma moço... Eu sou a Josefa...
- O que você quer aqui? Eu não vou deixar você assaltar o apartamento não!
- Não moço... Eu não sou “ladrona” não... Pelo amor de Deus...
- QUEM É VOCÊ E O QUE VOCÊ QUER AQUI?
- Não bate em mim, moço... Pelo amor de Deus...
A mulher tremia feito vara verde. Ela tinha um sotaque nordestino bem arrastado. Eu fiquei confuso. Quem era aquela senhora?
- O que está acontecendo? – Bruno apareceu no corredor.
- Eu peguei essa mulher mexendo e andando aqui dentro do apartamento!
- Bruno... Bruno... Sou eu, sou eu... – ela ainda estava tremendo.
- Ah! – meu namorado riu. – Calma, Caio! Ela é a Zefinha! Ela é a diarista que limpa o apartamento uma vez por semana! Não se preocupe!
- Hã? Diarista? – eu abaixei o braço. – Não sabia disso!
- Me desculpa, eu esqueci de te contar. É que ela estava de férias, né Zefinha?
- Isso, isso... Eu não sou “ladrona” não, moço!
- Nossa! Me perdoa, senhora – eu fiquei todo sem graça. – Me perdoa mesmo! É que eu não sabia de nada, eu pensei que era um assaltante...
- Não – Bruno riu. – A Zefinha é um anjo! Ela vem limpar aqui todas as quartas, né Zefinha? – Bruh beijou o rosto da mulher.
- Isso mesmo, moço! Eu só sou a diarista...
- Me perdoa, por favor! Eu não sabia mesmo... Não sabia disso! Ai que vergonha!
- Tudo bem, tudo bem!
- Zefinha, esse é meu marido, o Caio. Eu já tinha falado dele pra você, né?
- Tinha sim! Muito prazer, Seu Caio!
- Seu? Imagina! Pode me chamar de Caio, Dona Zefinha! Tem nada de Seu não!
- Está certo, mas então me chame só de Zefinha, por favor.
- Tudo bem! Me perdoa pelo susto, de verdade. Eu estou envergonhado, mas é que o Bruno não falou nada...
- Não se preocupe, não se preocupe.
- Você quer uma água? Está toda trêmula...
- Não, estou bem. Muito obrigada, visse?
O sotaque da mulher era lindo. Eu adorava sotaques nordestinos. E o dela era bem bonitinho.
- Vem, Caio – Bruno me puxou pela mão. – Vamos nos arrumar. Zefinha, fica à vontade, tá?
- Desculpa, viu Bruno? Eu pensei que o apartamento estava vazio. Você quer que eu volte outro dia?
- Não, Zefinha! Pode ficar à vontade. É que hoje a gente está de folga e eu não tive faculdade. Por isso você encontrou a gente aqui. Relaxa, tá?
- Tudo bem então. Pode deixar que eu ajeito o quarto, visse?
- Muito obrigado! Vem, vamos nos arrumar pra tomar café!
Quando nós entramos no quarto eu fui logo esbravejando com meu namorado, porém em sussurros:
- Por que não me falou dessa diarista?
- Eu esqueci, de verdade! Quando você veio morar aqui ela estava de férias, por isso não falei nada. Desculpa!
- E desde quando você precisa de diarista pra limpar um ovo desses, Bruno? Só tem 2 cômodos aqui, Bruno! Não precisa de diarista, pelo amor de Deus!
- É que eu quis ajudá-la, anjo! Ela depende desse trabalho de diarista pra ajudar a mãe que mora lá em Pernambuco. Ela tem Alzheimer. Eu fiquei comovido com a situação e quis ajudar. Por isso ela vem uma vez por semana... Essa foi a forma que eu encontrei pra ajudá-la...
Quase me emocionei. Eu agarrei o Bruno com tanta força que ele ficou sem ar.
- Como você é lindo! Como você é lindo! Eu te amo muito!!!
- Obrigado, amor. Não está chateado por eu não ter falado nada antes?
- Claro que não! E eu consigo ficar? Que gesto lindo você teve, Bruno! Eu não tenho palavras pra expressar a minha admiração por você!
Tinha um gesto mais lindo que esse? Mesmo o nosso apartamento sendo minúsculo, ele ainda teve a capacidade de contratar aquela mulher só pra ela ajudar a mãe que sofria de Alzheimer. Meu namorado era um verdadeiro anjo de Deus, não era?
- É por isso que eu te amo tanto – falei. – Você tem um coração que não cabe dentro do peito. Parabéns por esse gesto!
- Ah... Eu tento ajudar as pessoas como posso. Eu gosto muito da Zefinha, ela é um amor de pessoa!
- Coitada... Eu a assustei muito!
- Não tem problema! Eu é que deveria ter lembrado de te contar que ela ia vir hoje.
- Não tem problema! Eu gostei muito desse gesto, de verdade. E eu também vou ajudar!
- Vai?
- Sim! Faço questão de ajudar. De verdade!
- Você é perfeito.
Depois que a gente se trocou, eu fui falar de novo com a mulher e mais uma vez pedi desculpas pelo susto. Ela já estava calma.
- Se preocupe não, Caio. Está tudo bem!
- Que bom. O Bruno me disse que a sua mãe tem Alzheimer... Ela está bem?
- Está sim, graças a Deus. Não tem cura, né? Mas ela está bem. Obrigada.
- Hum... E você só trabalha aqui?
- Não, Caio. Eu trabalho em quase todos os apartamentos desse prédio. Saindo daqui eu vou pro apartamento da Dona Marieta. Eu faço faxina em três apartamentos por dia.
- E o Bruno te paga por diária ou junta tudo?
- Ele junta tudo e paga no final do mês.
- Mas não é melhor você receber por diária?
- É não! É que se for assim o dinheiro vai embora muito rápido, sabe? Prefiro pegar tudo no final do mês.
- Ah, entendi. E quanto ele paga?
Ela disse o valor.
- Eu vou te ajudar também, tá? Vou acrescentar metade desse valor no final do mês.
- Imagina, Caio! Precisa não...
- Eu faço questão! Eu fiquei comovido com a sua mãe e também quero ajudar. Eu sei o quanto é difícil a gente trabalhar pra juntar um dinheirinho e ainda mais você tendo que ajudar. Eu aço questão!
- Nem sei como te agradecer.
- Não precisa se preocupar, Zefinha! Eu realmente quero te ajudar. Gostei de você.
- Ah, obrigada!
Ela não era só diarista. Ela gostava tanto do Bruno que preparava o almoço também. E a comida dela era deliciosa.
- Muito bom!!! – eu elogiei. – Você cozinha muito bem! Só por isso merece o aumento da diária.
- Obrigada, menino. Obrigada mesmo! Que Deus te dê em dobro!
- Amém.
- Ele não é um anjo? – meu namorado se derreteu.
- É sim. E é muito bonito também.
- Obrigado – eu fiquei todo sem graça.
- Sim, já ia me esquecendo! Seu desodorante da “Natura” está na minha bolsa. Desculpe a demora, visse?
- Ah, não tem problema não, amor – Bruno sorriu. – Depois você me entrega e eu já te dou o valor.
- Tu sabe que não tem pressa, né?
- Eu pago logo pra ficar tranquilo.
- Você vende “Natura” também? – indaguei.
- “Natua”, “Avon” e lingerie – disse a mulher.
- Pô, finalmente encontrei alguém que venda “Natura”. Eu quero ver a revista. Posso?
- Só pode! Eu vou buscar, momento só.
Eu queria mesmo alguém que vendesse cosméticos. Sempre gostei dos perfumes da “Natura” e os meus já estavam acabando. Eu precisava renovar o estoque.
- Zefinha? Posso marcar o produto na revista mesmo? Ou numa folhinha separada?
- Pode “botar” seu nome na revista mesmo, menino. Se preocupa não, visse?
- Eu vou querer um perfume.
- Tá certo!
Nós três almoçamos juntos.
Setembro voou e voou rápido. Em um piscar de olhos o final
do mês chegou e eu ainda não tinha feito quase nada do que tinha planejado.
- Você quer ajuda em alguma coisa da faculdade? – perguntei.
- Quero! Você poderia me ajudar com uma pesquisa na internet?
- Claro! Qual o tema?
Bruno disse o tema e eu comecei as minhas pesquisas. Em pouco tempo achei o que ele queria.
- É isso aqui?
- Isso!!! Isso mesmo!!! Me manda por e-mail, por favor?
- Claro!
Ele estava em um notebook e eu no outro, mesmo um estando ao lado do outro. Isso foi engraçado.
- A gente está aqui um ao lado do outro e estamos nos falando pelo computador. É mole?
- É a modernidade!
- Quer ajuda com mais alguma coisa?
- Não, amor. É só! Muito obrigado.
- De nada. Eu vou limpar o apartamento, tá? Daqui a pouco o Vítor e os meninos vão chegar.
- Desculpa não poder te ajudar.
- Não tem problema! Fica tranquilo!
Comecei limpando o quarto. Por incrível que pareça, encontrei papéis de presente da época da minha festa embaixo da cama. Fiquei irritado.
- Pensei que já tinha jogado tudo fora!
- Ainda tem papel aí?
- Pois é!
Eu ganhei muita coisa na minha festa. A maioria dos presentes foi roupa. Mesmo não gostando de ganhar roupas, todos acabaram acertando e eu gostei de todas as peças. Não troquei nada e não ia precisar comprar nada por muito tempo. Esse foi o lado bom da minha festa de aniversário.
Após varrer o quarto eu limei a sala, a cozinha e a lavanderia. Deixei pra lavar o
banheiro por último e só depois eu passei pano no apartamento inteiro.

- Que cheirinho de limpeza!!!
- Bom, né? – perguntei.
- Adoro esse cheirinho!
- Eu também!
Após terminar a faxina eu fiz o almoço. Cozinhei arroz de forno e fiz costela cozida. Esse seria o nosso almoço e também o nosso jantar.
O interfone tocou na hora que eu ia tomar banho. Eram os meninos e eu liberei a entrada deles. O Bruno ficaria feliz com a chegada deles.
- Oi – cumprimentei todos quando abri a porta. – Podem entrar.
- Oi, Caio! – Vítor foi o primeiro a adrentar no meu apartamento.
- Oi, oi, oi... Entrem, entrem.
- Cadê o Bruno? – perguntou João.
- Fazendo um trabalho da faculdade no quarto. Podem ir lá!
- Que cheiro gostoso de comida!!!
- Acabei de preparar o almoço, daqui a pouco a gente come!
- Que menino prendado – Vítor brincou comigo.
- A gente aprende com o passar do tempo.
Foi um domingo agradável. Os amigos do meu namorado ficaram com a gente até o período da noite e a gente se divertiu bastante.

Quando eles foram embora, eu fiquei responsável por limpar a bagunça que eles fizeram, já que o Bruno ainda tinha que fazer o trabalho da faculdade.
- Ainda falta muito? – perguntei.
- Não! Pouca coisa agora.
- Se quiser ajuda é só pedir.
- Muito obrigado, amor.
Depois de lavar toda a louça, secar e guardar, eu tomei mais um banho e depois voltei a mexer na internet. Fiquei falando com o Víctor por um tempão. As coisas estavam bem em Sampa City.
Cauã estava online, mas novamente não falou comigo. Isso já estava acontecendo há anos. Eu sempre o via on, mas ele nunca me chamava pra conversar e eu também não fazia nada disso. Se ele quisesse falar comigo, ele que me chamasse. Eu não ia dar o braço à torcer.
A última vez que eu tinha falado com meu gêmeo foi quando conversei com ele pra ele me ajudar a pegar a minha certidão de nascimento. Após esse dia, nós nunca mais nos falamos.
Porém, teve a vez que eu fui na frente da minha casa, quando fui fazer o treinamento da empresa em São Paulo.
Naquele dia nós nos vimos, mas não nos falamos. Eu sentia falta dele.
Ainda no mês de setembro, eu tive a oportunidade de voltar na república para passar uma noite com o Rodrigo. Ele estava me cobrando isso desde a minha saída daquela casa.
- Pronto! Satisfeito?
- Muito! Mas vai ter que dormir na minha cama!
- E é assim? Ainda vai determinar onde eu vou dormir?
- Claro! Quero matar a saudades. Ou será que eu não posso?
- Pode, mas não vai abusar de mim, hein?
- É mais fácil você abusar de mim!
- Faria isso mesmo, caso não fosse casado. Por favor, me respeite!

Claro que tudo não passou de uma brincadeira. Rodrigo e eu quase não dormimos na noite que eu fui pra república, nós passamos a maior parte da madrugada conversando e deixando o papo em dia. Ele disse que finalmente tinha conseguido transar com as gêmeas ao mesmo tempo e bastou isso pra eu ficar pirado de ciúmes.

- VOCÊ É RIDÍCULO!
- Por que diz isso?
- Porque você é! Precisava levar as duas pra cama? Precisava?
- Ô, se precisava, Caio! Foi tão bom... Eu fiquei dois dias cansado!
- Poupe-me dos detalhes – eu tampei os ouvidos e comecei a cantar.
- Eu não ia te contar mesmo! – ele riu.
- Safado, cachorro! Você não vale a farinha que come, filho da mãe!
- Claro que eu valho, Caio! Não fala assim de mim.
- Que ódio! Fiquei roxo de ciúmes agora! Logo duas...
- Você já sabia disso há muito tempo. Eu estava tentando isso há meses, você sabe!
- E qual foi a cartada final?
- Elas ficaram meio bêbadas... Aí rolou!
Que clichê.
- E onde foi?
- Num motel.
- MOTEL? RODRIGO!
- Onde você queria que fosse? No meio da rua?
- Ai que ódio dessas meninas! Que vadias... Piranhas... Se você não vale a farinha que come, elas não valem a água que bebem. Ai que ódio!
- Para! Elas são muito boas! Muito boas...
- E como você foi pra esse motel? Você não tem carro!
- Eu aluguei um, né? Não ia a pé como fui das outras vezes. Dessa vez não tinha como.
Ir pro motel à pé? Quem nunca?
Eu não poderia julgar o Digow. Ele pegou gêmeas e eu peguei gêmeos uma vez. E foi bom...
- E foi bom?
- Maravilhoso!
- Ai não aguento... Me conta os detalhes...
E não é que ele contou? Mas essa foi a minha sentença de aumento gradativo de ciúmes.
- Aí enquanto eu chupava uma a outra me chupava... Pô... Eu gozei demais...
- Filho da mãe – dei um tapa no peito do cara e ele quase caiu da cama.
- Quer me assassinar, filho da puta? Quase que eu caio, Caio!
- Deveria ter caído! Quam manda me deixar com ciúmes?
- Não fica assim, meu Caio – o descarado me abraçou. – Eu posso ficar com mil mulheres, mas você é o único homem que eu amo, além do meu pai!
De novo essa revelação. Que fofo!
- Ô, que lindo! Já disse que te amo hoje?
- Não – ele respondeu com aquela voz gostosa e grave. – Aliás faz tempo que você não fala isso!
- Eu te amo, meu Diguinho lindo! Mas não faz mais isso tá?
- O quê?
- Ficar com gêmeas. Não gostei. Fiquei com ciúmes!
- E eu fico com ciúmes todas as vezes que vejo você com o Bruno. Por que você pode e eu não? Já estou sentindo falta de uma namorada. Vou assumir com uma delas.
- Com quem?
- Não sei. Vou ver. Se duvidar com nenhuma. Eu gosto das duas.
- Seu descarado, seu cachorro! Todo homem é igual! Fala sério.
- Mas que foi bom, foi bom! Foi ótimo, foi perfeito. Quero repetir a dose!
- Cria jeito, menino! Vou contar pra sua mãe!
- Você não é louco! Pelo sim e pelo não, minha mãe acha que eu ainda sou virgem.
- Só se for no cabelo, né? Como se ela não soubesse que você ia ser papai.
- Ela deletou isso da memória. Pra nossa mãe eu ainda tenho 5 anos de idade e ainda sou inocente. Deixa ela continuar pensando assim.
Só que não, né?
- Pois eu vou contar pra ela o que você fez!
- Conta e eu arranco seus pelos com uma pinça! Você não seria louco!
- Pois experimente me deixar com ciúmes!
- Você faz isso a todo momento! Por que eu não posso? Viu como é ruim!
- Sem graça!
Foi ótimo passar a noite ao lado do Rodrigo. Eu me diverti muito, tirando a parte do cúmes.
Já no outro dia, antes de ir embora da república, o Vinícius apareceu na república com um garoto que eu não conhecia. Quem seria ele?
- Esse daqui é o Dênis. Ele está interessado em morar aqui na república com a gente.
- Quer dizer que é você que vai ficar no meu lugar?
- Você vai sair daqui? – o garoto perguntou.
- Eu já saí. Eu vim dormir aqui hoje porque esse chato pediu.
- É assim, né? Depois dessa eu não chamo mais – Rodrigo ficou ofendido.
- É brincadeira, Digão! Bom, eu preciso ir agora. Foi bom relembrar os momentos felizes que eu passei nesse lugar. Obrigado pelo convite, Digão.
- A casa é sempre sua, você sabe disso. Volte sempre que quiser, ou melhor... Volte pra morar!
- Não! Não vou voltar pra morar, mas eu venho visitar vocês.
Antes de sair, me despedi do tal do Dênis e desejei sorte. Se ele fosse ficar ele iria gostar, eu tinha certeza. Falei bem daquela casa e recomendei que ele ficasse. Seria bom um novo garoto integar o time da república do Realengo.

- Promete que vai voltar mais vezes? – Rodrigo me levou até a calçada.
- Prometo – olhei pra trás e senti um nó na garganta. Eu ainda sentia falta daquele lugar. Muita falta.
- Então tá bom. Eu vou cobrar!
- Juízo, hein? Não quero que fique fazendo suruba por aí.
- A próxima vai ser com 3. Você vai ver.
- Pervertido! Você não vale um centavo furado.
- Você quer ajuda em alguma coisa da faculdade? – perguntei.
- Quero! Você poderia me ajudar com uma pesquisa na internet?
- Claro! Qual o tema?
Bruno disse o tema e eu comecei as minhas pesquisas. Em pouco tempo achei o que ele queria.
- É isso aqui?
- Isso!!! Isso mesmo!!! Me manda por e-mail, por favor?
- Claro!
Ele estava em um notebook e eu no outro, mesmo um estando ao lado do outro. Isso foi engraçado.
- A gente está aqui um ao lado do outro e estamos nos falando pelo computador. É mole?
- É a modernidade!
- Quer ajuda com mais alguma coisa?
- Não, amor. É só! Muito obrigado.
- De nada. Eu vou limpar o apartamento, tá? Daqui a pouco o Vítor e os meninos vão chegar.
- Desculpa não poder te ajudar.
- Não tem problema! Fica tranquilo!
Comecei limpando o quarto. Por incrível que pareça, encontrei papéis de presente da época da minha festa embaixo da cama. Fiquei irritado.
- Pensei que já tinha jogado tudo fora!
- Ainda tem papel aí?
- Pois é!
Eu ganhei muita coisa na minha festa. A maioria dos presentes foi roupa. Mesmo não gostando de ganhar roupas, todos acabaram acertando e eu gostei de todas as peças. Não troquei nada e não ia precisar comprar nada por muito tempo. Esse foi o lado bom da minha festa de aniversário.
Após varrer o quarto eu limei a sala, a cozinha e a lavanderia. Deixei pra lavar o
banheiro por último e só depois eu passei pano no apartamento inteiro.
- Que cheirinho de limpeza!!!
- Bom, né? – perguntei.
- Adoro esse cheirinho!
- Eu também!
Após terminar a faxina eu fiz o almoço. Cozinhei arroz de forno e fiz costela cozida. Esse seria o nosso almoço e também o nosso jantar.
O interfone tocou na hora que eu ia tomar banho. Eram os meninos e eu liberei a entrada deles. O Bruno ficaria feliz com a chegada deles.
- Oi – cumprimentei todos quando abri a porta. – Podem entrar.
- Oi, Caio! – Vítor foi o primeiro a adrentar no meu apartamento.
- Oi, oi, oi... Entrem, entrem.
- Cadê o Bruno? – perguntou João.
- Fazendo um trabalho da faculdade no quarto. Podem ir lá!
- Que cheiro gostoso de comida!!!
- Acabei de preparar o almoço, daqui a pouco a gente come!
- Que menino prendado – Vítor brincou comigo.
- A gente aprende com o passar do tempo.
Foi um domingo agradável. Os amigos do meu namorado ficaram com a gente até o período da noite e a gente se divertiu bastante.
Quando eles foram embora, eu fiquei responsável por limpar a bagunça que eles fizeram, já que o Bruno ainda tinha que fazer o trabalho da faculdade.
- Ainda falta muito? – perguntei.
- Não! Pouca coisa agora.
- Se quiser ajuda é só pedir.
- Muito obrigado, amor.
Depois de lavar toda a louça, secar e guardar, eu tomei mais um banho e depois voltei a mexer na internet. Fiquei falando com o Víctor por um tempão. As coisas estavam bem em Sampa City.
Cauã estava online, mas novamente não falou comigo. Isso já estava acontecendo há anos. Eu sempre o via on, mas ele nunca me chamava pra conversar e eu também não fazia nada disso. Se ele quisesse falar comigo, ele que me chamasse. Eu não ia dar o braço à torcer.
A última vez que eu tinha falado com meu gêmeo foi quando conversei com ele pra ele me ajudar a pegar a minha certidão de nascimento. Após esse dia, nós nunca mais nos falamos.
Porém, teve a vez que eu fui na frente da minha casa, quando fui fazer o treinamento da empresa em São Paulo.
Naquele dia nós nos vimos, mas não nos falamos. Eu sentia falta dele.
Ainda no mês de setembro, eu tive a oportunidade de voltar na república para passar uma noite com o Rodrigo. Ele estava me cobrando isso desde a minha saída daquela casa.
- Pronto! Satisfeito?
- Muito! Mas vai ter que dormir na minha cama!
- E é assim? Ainda vai determinar onde eu vou dormir?
- Claro! Quero matar a saudades. Ou será que eu não posso?
- Pode, mas não vai abusar de mim, hein?
- É mais fácil você abusar de mim!
- Faria isso mesmo, caso não fosse casado. Por favor, me respeite!
Claro que tudo não passou de uma brincadeira. Rodrigo e eu quase não dormimos na noite que eu fui pra república, nós passamos a maior parte da madrugada conversando e deixando o papo em dia. Ele disse que finalmente tinha conseguido transar com as gêmeas ao mesmo tempo e bastou isso pra eu ficar pirado de ciúmes.
- VOCÊ É RIDÍCULO!
- Por que diz isso?
- Porque você é! Precisava levar as duas pra cama? Precisava?
- Ô, se precisava, Caio! Foi tão bom... Eu fiquei dois dias cansado!
- Poupe-me dos detalhes – eu tampei os ouvidos e comecei a cantar.
- Eu não ia te contar mesmo! – ele riu.
- Safado, cachorro! Você não vale a farinha que come, filho da mãe!
- Claro que eu valho, Caio! Não fala assim de mim.
- Que ódio! Fiquei roxo de ciúmes agora! Logo duas...
- Você já sabia disso há muito tempo. Eu estava tentando isso há meses, você sabe!
- E qual foi a cartada final?
- Elas ficaram meio bêbadas... Aí rolou!
Que clichê.
- E onde foi?
- Num motel.
- MOTEL? RODRIGO!
- Onde você queria que fosse? No meio da rua?
- Ai que ódio dessas meninas! Que vadias... Piranhas... Se você não vale a farinha que come, elas não valem a água que bebem. Ai que ódio!
- Para! Elas são muito boas! Muito boas...
- E como você foi pra esse motel? Você não tem carro!
- Eu aluguei um, né? Não ia a pé como fui das outras vezes. Dessa vez não tinha como.
Ir pro motel à pé? Quem nunca?
Eu não poderia julgar o Digow. Ele pegou gêmeas e eu peguei gêmeos uma vez. E foi bom...
- E foi bom?
- Maravilhoso!
- Ai não aguento... Me conta os detalhes...
E não é que ele contou? Mas essa foi a minha sentença de aumento gradativo de ciúmes.
- Aí enquanto eu chupava uma a outra me chupava... Pô... Eu gozei demais...
- Filho da mãe – dei um tapa no peito do cara e ele quase caiu da cama.
- Quer me assassinar, filho da puta? Quase que eu caio, Caio!
- Deveria ter caído! Quam manda me deixar com ciúmes?
- Não fica assim, meu Caio – o descarado me abraçou. – Eu posso ficar com mil mulheres, mas você é o único homem que eu amo, além do meu pai!
De novo essa revelação. Que fofo!
- Ô, que lindo! Já disse que te amo hoje?
- Não – ele respondeu com aquela voz gostosa e grave. – Aliás faz tempo que você não fala isso!
- Eu te amo, meu Diguinho lindo! Mas não faz mais isso tá?
- O quê?
- Ficar com gêmeas. Não gostei. Fiquei com ciúmes!
- E eu fico com ciúmes todas as vezes que vejo você com o Bruno. Por que você pode e eu não? Já estou sentindo falta de uma namorada. Vou assumir com uma delas.
- Com quem?
- Não sei. Vou ver. Se duvidar com nenhuma. Eu gosto das duas.
- Seu descarado, seu cachorro! Todo homem é igual! Fala sério.
- Mas que foi bom, foi bom! Foi ótimo, foi perfeito. Quero repetir a dose!
- Cria jeito, menino! Vou contar pra sua mãe!
- Você não é louco! Pelo sim e pelo não, minha mãe acha que eu ainda sou virgem.
- Só se for no cabelo, né? Como se ela não soubesse que você ia ser papai.
- Ela deletou isso da memória. Pra nossa mãe eu ainda tenho 5 anos de idade e ainda sou inocente. Deixa ela continuar pensando assim.
Só que não, né?
- Pois eu vou contar pra ela o que você fez!
- Conta e eu arranco seus pelos com uma pinça! Você não seria louco!
- Pois experimente me deixar com ciúmes!
- Você faz isso a todo momento! Por que eu não posso? Viu como é ruim!
- Sem graça!
Foi ótimo passar a noite ao lado do Rodrigo. Eu me diverti muito, tirando a parte do cúmes.
Já no outro dia, antes de ir embora da república, o Vinícius apareceu na república com um garoto que eu não conhecia. Quem seria ele?
- Esse daqui é o Dênis. Ele está interessado em morar aqui na república com a gente.
- Quer dizer que é você que vai ficar no meu lugar?
- Você vai sair daqui? – o garoto perguntou.
- Eu já saí. Eu vim dormir aqui hoje porque esse chato pediu.
- É assim, né? Depois dessa eu não chamo mais – Rodrigo ficou ofendido.
- É brincadeira, Digão! Bom, eu preciso ir agora. Foi bom relembrar os momentos felizes que eu passei nesse lugar. Obrigado pelo convite, Digão.
- A casa é sempre sua, você sabe disso. Volte sempre que quiser, ou melhor... Volte pra morar!
- Não! Não vou voltar pra morar, mas eu venho visitar vocês.
Antes de sair, me despedi do tal do Dênis e desejei sorte. Se ele fosse ficar ele iria gostar, eu tinha certeza. Falei bem daquela casa e recomendei que ele ficasse. Seria bom um novo garoto integar o time da república do Realengo.
- Promete que vai voltar mais vezes? – Rodrigo me levou até a calçada.
- Prometo – olhei pra trás e senti um nó na garganta. Eu ainda sentia falta daquele lugar. Muita falta.
- Então tá bom. Eu vou cobrar!
- Juízo, hein? Não quero que fique fazendo suruba por aí.
- A próxima vai ser com 3. Você vai ver.
- Pervertido! Você não vale um centavo furado.
Se setembro voou, outubro então andou na velocidade da luz.
Quando eu percebi, o aniversário do meu namorado estava batendo na porta. Ele
iria completar 21 anos em 7 dias.
- Faltam 7 dias – eu mordi a orelha dele.
- É! Agora falta bem pouco.
- Uhum!
Eu queria fazer uma festa como ele fez pra mim, mas seria óbvio demais se assim fosse. Eu sabia que ele estava esperando por alguma surpresa e só por isso eu resolvi não fazer nada, mas no ano seguinte eu faria. Ou quando tivesse uma oportunidade. Eu já estava prometendo isso desde o ano anterior.
Contudo, é claro que eu não ia deixar a data passar em branco. Eu não ia fazer uma festa como ele fez pra mim, mas ia fazer um bolinho para os mais íntimos. E nós comemoraríamos a data em uma balada com a presença de todos os nossos amigos.
Foi isso que eu fiz. Combinei um local com todos, absolutamente todos e fechei a área VIP da danceteria pra gente. Essa seria a minha surpresa. Se fosse festa, ele sacaria na hora.
Por sorte, a data do aniversário do Bruno caiu num sábado e com isso, a balada foi realizada no mesmo dia.
Já no dia 29 eu confirmei a presença de todos e repassei a lista para a danceteria. Algo me dizia que a gente ia se divertir bastante.
- Amor? – falei baixinho.
- Hum? – ele gemeu.
- Seu aniversário está chegando!
- Ainda falta um pouquinho!
- Me dá um beijo? Eu quero te dar o primeiro presente já!
- E que presente é?
- Eu! – falei.
- Esse presente é o melhor de todos, sabia?
- Ah, é?
- Sim senhor!
- Então vem aproveitar o seu presente, vem?
Quando o relógio marcou meia noite, a gente estava nas preliminares. Eu parei tudo o que estava fazendo, beijei meu namorado e comecei a parabenizá-lo, da mesma forma que ele fez comigo em agosto.
- Parabéns...
- Obrigado – Bruno deu risada porque a minha língua fez cócegas nele.
- Parabéns... Parabéns... Parabéns...
- Obrigado, anjo lindo!
Era o aniversário de 21 anos do meu príncipe. Uma data que teria que ser inesquecível de qualquer jeito. Por isso, eu fiz o meu melhor na cama naquela madrugada.

- Caraca... Como você está safado hoje – ele respirou fundo.
- Tudo isso pelo seu dia!
- Hum... Queria fazer aniversário todos os dias só pra receber esse presente!
Desde que eu me mudara para aquele apartamento, não teve uma noite sequer que a gente não tivesse se amado. A nossa química na cama era tanta, mas tanta que bastava um olhar pra um entender o que o outro queria ou estava pensando.
- Vem... Goza! – eu mandei.
- Abre a boca!
Eu abri e coloquei tudo dentro da minha boca. Ele forçou o pau até ele tocar na minha garganta e quando isso aconteceu, meu aniversariante preferido gozou.
- Ah... Delícia... Isso... Engole tudinho!
Pronto. Esse foi o meu primeiro presente. Depois do sexo, a gente tomou banho juntos e só depois fomos dormir. O dia estava só começando.
Pela manhã, eu acordei antes dele e fiz o café para levar na cama. Ele merecia.
Mas além do café, eu espalhei por todos os lados vários bilhetinhos parabenizando-o. Ele também merecia isso.

- Que café gostoso, amor! – Bruno estava mais lindo que nunca naquela manhã de sábado.
- Gostou? Fiz tudo por você!
- Claro que eu gostei! Você é perfeito.
Nós não estávamos de folga naquele dia e essa foi a parte chata daquele aniversário, mas pelo menos o domingo seria nosso. Dessa forma a gente ia poder aproveitar a balada ao máximo. E eu estava doido pra que ela chegasse logo.
- Vou pro trabalho, mas a gente se fala durante o dia, tá? – abracei meu gostoso.
- Sim senhor. Se cuida, tá bom?
- Pode deixar! Bom dia e bom aniversário pra você!
- Obrigado, amor. Obrigado por ser tão perfeito comigo!
- Eu te amo! Feliz aniversário!
- Eu também te amo, meu príncipe encantado!
Eu ia sair, mas ele me puxou pra um beijo e eu fui obrigado a ficar mais um pouquinho ao lado dele. Eu nem achei ruim, né?
- Me deixa ir trabalhar, pombas!
- Não! Vou te prender e você não vai sair daqui.
- Não senhor! Me deixa ir pro trabalho!
- Hum... O que eu vou ganhar se eu deixar você ir?
- O meu muito obrigado.
- Só isso? Então você não vai!
- E um beijinho.
- Só um beijinho? Nada mais que isso?
- O que você quer?
- Muita coisa...
- Ah, é? Por exemplo o quê?
O safado do meu namorado, noivo ou marido falou muita sacanagem no meu ouvido. Eu fiquei excitado e todo sem jeito. Ele foi muito safado.
- Seu puto!
- Bem que você gosta!
- Eu adoro, mas me solta! Eu tenho que ir, não posso chegar atrasado.
- Eu vou deixar, mas de noite eu quero tudo isso daí que eu pedi, tá?
- De noite é a nossa balada, mocinho! Me deixa sair, vai?
- Vai, vai! Vai antes que eu me arrependa de ter te soltado. Te amo!
- Eu também te amo, meu gostoso!
- Faltam 7 dias – eu mordi a orelha dele.
- É! Agora falta bem pouco.
- Uhum!
Eu queria fazer uma festa como ele fez pra mim, mas seria óbvio demais se assim fosse. Eu sabia que ele estava esperando por alguma surpresa e só por isso eu resolvi não fazer nada, mas no ano seguinte eu faria. Ou quando tivesse uma oportunidade. Eu já estava prometendo isso desde o ano anterior.
Contudo, é claro que eu não ia deixar a data passar em branco. Eu não ia fazer uma festa como ele fez pra mim, mas ia fazer um bolinho para os mais íntimos. E nós comemoraríamos a data em uma balada com a presença de todos os nossos amigos.
Foi isso que eu fiz. Combinei um local com todos, absolutamente todos e fechei a área VIP da danceteria pra gente. Essa seria a minha surpresa. Se fosse festa, ele sacaria na hora.
Por sorte, a data do aniversário do Bruno caiu num sábado e com isso, a balada foi realizada no mesmo dia.
Já no dia 29 eu confirmei a presença de todos e repassei a lista para a danceteria. Algo me dizia que a gente ia se divertir bastante.
- Amor? – falei baixinho.
- Hum? – ele gemeu.
- Seu aniversário está chegando!
- Ainda falta um pouquinho!
- Me dá um beijo? Eu quero te dar o primeiro presente já!
- E que presente é?
- Eu! – falei.
- Esse presente é o melhor de todos, sabia?
- Ah, é?
- Sim senhor!
- Então vem aproveitar o seu presente, vem?
Quando o relógio marcou meia noite, a gente estava nas preliminares. Eu parei tudo o que estava fazendo, beijei meu namorado e comecei a parabenizá-lo, da mesma forma que ele fez comigo em agosto.
- Parabéns...
- Obrigado – Bruno deu risada porque a minha língua fez cócegas nele.
- Parabéns... Parabéns... Parabéns...
- Obrigado, anjo lindo!
Era o aniversário de 21 anos do meu príncipe. Uma data que teria que ser inesquecível de qualquer jeito. Por isso, eu fiz o meu melhor na cama naquela madrugada.
- Caraca... Como você está safado hoje – ele respirou fundo.
- Tudo isso pelo seu dia!
- Hum... Queria fazer aniversário todos os dias só pra receber esse presente!
Desde que eu me mudara para aquele apartamento, não teve uma noite sequer que a gente não tivesse se amado. A nossa química na cama era tanta, mas tanta que bastava um olhar pra um entender o que o outro queria ou estava pensando.
- Vem... Goza! – eu mandei.
- Abre a boca!
Eu abri e coloquei tudo dentro da minha boca. Ele forçou o pau até ele tocar na minha garganta e quando isso aconteceu, meu aniversariante preferido gozou.
- Ah... Delícia... Isso... Engole tudinho!
Pronto. Esse foi o meu primeiro presente. Depois do sexo, a gente tomou banho juntos e só depois fomos dormir. O dia estava só começando.
Pela manhã, eu acordei antes dele e fiz o café para levar na cama. Ele merecia.
Mas além do café, eu espalhei por todos os lados vários bilhetinhos parabenizando-o. Ele também merecia isso.
- Que café gostoso, amor! – Bruno estava mais lindo que nunca naquela manhã de sábado.
- Gostou? Fiz tudo por você!
- Claro que eu gostei! Você é perfeito.
Nós não estávamos de folga naquele dia e essa foi a parte chata daquele aniversário, mas pelo menos o domingo seria nosso. Dessa forma a gente ia poder aproveitar a balada ao máximo. E eu estava doido pra que ela chegasse logo.
- Vou pro trabalho, mas a gente se fala durante o dia, tá? – abracei meu gostoso.
- Sim senhor. Se cuida, tá bom?
- Pode deixar! Bom dia e bom aniversário pra você!
- Obrigado, amor. Obrigado por ser tão perfeito comigo!
- Eu te amo! Feliz aniversário!
- Eu também te amo, meu príncipe encantado!
Eu ia sair, mas ele me puxou pra um beijo e eu fui obrigado a ficar mais um pouquinho ao lado dele. Eu nem achei ruim, né?
- Me deixa ir trabalhar, pombas!
- Não! Vou te prender e você não vai sair daqui.
- Não senhor! Me deixa ir pro trabalho!
- Hum... O que eu vou ganhar se eu deixar você ir?
- O meu muito obrigado.
- Só isso? Então você não vai!
- E um beijinho.
- Só um beijinho? Nada mais que isso?
- O que você quer?
- Muita coisa...
- Ah, é? Por exemplo o quê?
O safado do meu namorado, noivo ou marido falou muita sacanagem no meu ouvido. Eu fiquei excitado e todo sem jeito. Ele foi muito safado.
- Seu puto!
- Bem que você gosta!
- Eu adoro, mas me solta! Eu tenho que ir, não posso chegar atrasado.
- Eu vou deixar, mas de noite eu quero tudo isso daí que eu pedi, tá?
- De noite é a nossa balada, mocinho! Me deixa sair, vai?
- Vai, vai! Vai antes que eu me arrependa de ter te soltado. Te amo!
- Eu também te amo, meu gostoso!
- Caio? Me acompanha num lugar na hora do almoço?
- Que lugar, Alexia?
- Quero ir ao sex shop. Vai comigo?
- Que safada!!! – eu me choquei. – Nunca fui num lugar desses.
- Ótima oportunidade pra ir. Vamos?
- E se alguém me vir lá?
- Qual o problema? Você não vai roubar nada e não é crime entrar em um sex shop. Você vai e não se fala mais nisso!
Eu realmente fui, mas fiquei todo sem graça quando entrei. Eu vi tanta coisa pornográfica que fiquei muito envergonhado.

- Deixa ver o que vou levar hoje – ela passeou pela loja. – Acho que vou querer um chicotinho...
- Creio em Deus Pai!!! O que você vai fazer com isso?
- Bater na bunda do maridão. Hum... Vou levar uma calcinha comestível também...
- Cruz credo!!!
- Eita, Caio... Olha aquele vibrador que da hora!!!
- Virgem Santíssima...
- Para, menino! Para de graça! Vem, vamos escolher alguma coisa.
- Eu não vou comprar nada não! Eu, hein!
- Vai sim. Você precisa apimentar a sua relação com o Bruno.
- Minha relação é apimentada por natureza, não preciso de nada disso. O escorpião do Bruno é foda.
- Mas sempre é bom inovar. Olha essas calcinhas... Qual eu escolho?
- E eu vou saber?
- Me ajuda, menino! A gente só tem 40 minutos e ainda temos que voltar pra loja.
Alexia e eu só fomos até o sex shop porque a Janaína nos deu 2 horas de almoço naquele sábado. Se não fosse por isso, não teria dado tempo.
- Leva essa – escolhi uma aleatória.
- Deixa eu ver do que é... – a doida cheirou a calcinha. – Olha que delícia! Cheira aqui!
- DEUS ME LIVRE – quase saí correndo.
- Garoto idiota – Alexia me puxou pelo braço. – Cadê os chicotinhos? Será que eu levo alguma fantasia?
- Quantas vezes você vem aqui, hein?
- Pelo menos uma vez por mês. Faz um tempinho que eu não venho. Não vai levar nada mesmo? Compra alguma coisa, menino!
- E o que eu vou levar? Um consolo?
- Aí eu já não sei, meu filho. É você que tem que saber.
Ainda bem que a loja estava vazia, mas mesmo assim eu estava todo envergonhado.
- O que é isso aqui? – perguntei.
- É gel. Deixa eu ver do que é esse.
Alexia pegou o tubinho da minha mão e começou a ler o rótulo.
- Esse daqui é pra esquentar. Vê só...
Alexia colocou uma gota do líquido nas costas da minha mão e esfregou. Rapidamente eu senti a minha pele esquentar.
- Nossa... Que curioso!
- Vai me dizer que você nunca viu?
- Não...
- Em que mundo você vive? Pelo amor de Deus... Tem que inovar na hora H, meu querido! Tem o que esfria também, tem o que adormece...
Experimentei todos e fiquei com todos. Adorei aquelas novidades. Será que o Bruno ia gostar?
- Acho que vou levar mais uma calcinha. Vou fazer o Diego engolir tudo numa bocada só.
- Jesus Misericordioso, Alexia! Nunca pensei que você fosse tão... Pervertida!
- Não viu nada!
- Por isso que o Rodrigo disse que você é boa de cama...
- Ele disse isso, é?
- Opa! Acho que falei demais...
- Relaxa que eu não vou comentar com ele. O que mais ele falou?
- Nada. Só isso. Juro.
- Ele também manda bem, manda muito bem. Ele me deixou louquinha!
- E foi? – fiquei roxo de ciúmes.
- Foi! O garoto sabe o que faz. Pena que não deu certo.
- O Diego manda bem também?
- Muito! Ele me enlouquece. O meu gostoso tem a pegada!
- Não mais que o meu. O meu sim tem pegada!
- Leva mais alguma coisa, bobo. Aproveita que a gente tá aqui. Ele vai gostar.
- Não. Isso é suficiente. Depois te conto o que ele achou.
- Olha, Caio... Um tesômetro! – Alexia saiu andando e pegou um objeto da prateleira. O negócio começou a dar sinais imediatamente.
- Caralho, alexia! Isso tudo é vontade de dar a periquita?
- Você não tem noção do quanto eu to seca pra chegar hoje à noite. To boa no tesão hoje. Segura você agora.
Eu peguei o objeto e nós comprovamos que eu estava mais atiçado que a minha amiga naquele dia.
- Gostei disso daqui. Acho que se o Bruno pegar um negócio desses, o treco vai explodir.
Nós dois fomos ao caixa e pagamos pelas nossas compras. Eu estava curioso pra saber qual seria a reação do meu namorado quando eu apresentasse aqueles óleos.
- Você disse que é gel, mas isso aqui é óleo – li o rótulo.
- Que seja. Dá tudo na mesma.
- Cavala.
- Obrigada!
- Que lugar, Alexia?
- Quero ir ao sex shop. Vai comigo?
- Que safada!!! – eu me choquei. – Nunca fui num lugar desses.
- Ótima oportunidade pra ir. Vamos?
- E se alguém me vir lá?
- Qual o problema? Você não vai roubar nada e não é crime entrar em um sex shop. Você vai e não se fala mais nisso!
Eu realmente fui, mas fiquei todo sem graça quando entrei. Eu vi tanta coisa pornográfica que fiquei muito envergonhado.
- Deixa ver o que vou levar hoje – ela passeou pela loja. – Acho que vou querer um chicotinho...
- Creio em Deus Pai!!! O que você vai fazer com isso?
- Bater na bunda do maridão. Hum... Vou levar uma calcinha comestível também...
- Cruz credo!!!
- Eita, Caio... Olha aquele vibrador que da hora!!!
- Virgem Santíssima...
- Para, menino! Para de graça! Vem, vamos escolher alguma coisa.
- Eu não vou comprar nada não! Eu, hein!
- Vai sim. Você precisa apimentar a sua relação com o Bruno.
- Minha relação é apimentada por natureza, não preciso de nada disso. O escorpião do Bruno é foda.
- Mas sempre é bom inovar. Olha essas calcinhas... Qual eu escolho?
- E eu vou saber?
- Me ajuda, menino! A gente só tem 40 minutos e ainda temos que voltar pra loja.
Alexia e eu só fomos até o sex shop porque a Janaína nos deu 2 horas de almoço naquele sábado. Se não fosse por isso, não teria dado tempo.
- Leva essa – escolhi uma aleatória.
- Deixa eu ver do que é... – a doida cheirou a calcinha. – Olha que delícia! Cheira aqui!
- DEUS ME LIVRE – quase saí correndo.
- Garoto idiota – Alexia me puxou pelo braço. – Cadê os chicotinhos? Será que eu levo alguma fantasia?
- Quantas vezes você vem aqui, hein?
- Pelo menos uma vez por mês. Faz um tempinho que eu não venho. Não vai levar nada mesmo? Compra alguma coisa, menino!
- E o que eu vou levar? Um consolo?
- Aí eu já não sei, meu filho. É você que tem que saber.
Ainda bem que a loja estava vazia, mas mesmo assim eu estava todo envergonhado.
- O que é isso aqui? – perguntei.
- É gel. Deixa eu ver do que é esse.
Alexia pegou o tubinho da minha mão e começou a ler o rótulo.
- Esse daqui é pra esquentar. Vê só...
Alexia colocou uma gota do líquido nas costas da minha mão e esfregou. Rapidamente eu senti a minha pele esquentar.
- Nossa... Que curioso!
- Vai me dizer que você nunca viu?
- Não...
- Em que mundo você vive? Pelo amor de Deus... Tem que inovar na hora H, meu querido! Tem o que esfria também, tem o que adormece...
Experimentei todos e fiquei com todos. Adorei aquelas novidades. Será que o Bruno ia gostar?
- Acho que vou levar mais uma calcinha. Vou fazer o Diego engolir tudo numa bocada só.
- Jesus Misericordioso, Alexia! Nunca pensei que você fosse tão... Pervertida!
- Não viu nada!
- Por isso que o Rodrigo disse que você é boa de cama...
- Ele disse isso, é?
- Opa! Acho que falei demais...
- Relaxa que eu não vou comentar com ele. O que mais ele falou?
- Nada. Só isso. Juro.
- Ele também manda bem, manda muito bem. Ele me deixou louquinha!
- E foi? – fiquei roxo de ciúmes.
- Foi! O garoto sabe o que faz. Pena que não deu certo.
- O Diego manda bem também?
- Muito! Ele me enlouquece. O meu gostoso tem a pegada!
- Não mais que o meu. O meu sim tem pegada!
- Leva mais alguma coisa, bobo. Aproveita que a gente tá aqui. Ele vai gostar.
- Não. Isso é suficiente. Depois te conto o que ele achou.
- Olha, Caio... Um tesômetro! – Alexia saiu andando e pegou um objeto da prateleira. O negócio começou a dar sinais imediatamente.
- Caralho, alexia! Isso tudo é vontade de dar a periquita?
- Você não tem noção do quanto eu to seca pra chegar hoje à noite. To boa no tesão hoje. Segura você agora.
Eu peguei o objeto e nós comprovamos que eu estava mais atiçado que a minha amiga naquele dia.
- Gostei disso daqui. Acho que se o Bruno pegar um negócio desses, o treco vai explodir.
Nós dois fomos ao caixa e pagamos pelas nossas compras. Eu estava curioso pra saber qual seria a reação do meu namorado quando eu apresentasse aqueles óleos.
- Você disse que é gel, mas isso aqui é óleo – li o rótulo.
- Que seja. Dá tudo na mesma.
- Cavala.
- Obrigada!
Nós chegamos na balada por volta das 23 horas e a casa já
estava lotadíssima. A maioria dos nossos amigos ainda não tinha aparecido.

- Oi, Digow!!!
- Oi, Cacs! Como você está?
- Eu to bem e você?
- Estou com saudades, isso sim. Cadê o meu cunhado?
- Ele está vindo aí atrás.
- Hum... Está te tratando bem?
- Sim! Como sempre.
- Acho bom. Eu trouxe as gêmeas, tem problema?
- Claro que não! Quanto mais gente melhor. Não me diga que você ainda está pegando as duas?
- Ah... Só de vez em quando, mas pelo jeito a Gí vai querer ficar com o Fabrício também. Vamos ver.
- E é assim? Zoado desse jeito? Ela fica com quem quer, você fica com quem quer? Eu, hein?
- Não é zoado! A gente não tem nada. Se ela ficar com o Fabrício, eu não ficarei mais com ela.
- Ah! Entendi. Egoísta. Você a quer só pra você, né?
- Não, mas exclusividade sempre é bom.
- Você anda muito descarado ultimamente. E muito egoísta também.
- Eu não sou egoísta. Pode parando...
- É sim! Nem vem que não tem. Deixa eu cumprimentar o povo, depois eu volto aqui.
Fui até o Fabrício e ele realmente estava conversando com a gêmea. Cumprimentei os dois e aproveitei para perguntar do Nícolas. Há muito eu não via o menininho.
- Ele está ótimo, Caio! Graças a Deus já está com 4 quilos e meio!!!
- Nossa, que beleza, amigo! Graças a Deus!!!
- É que ele já vai fazer 5 meses. Já recuperou o peso, graças a Deus. Você e o Bruno precisam ir lá em casa pra vê-lo, né?
- A gente vai sim, eu prometo. Quero muito rever aquele anjinho. Eu vi as fotos que você postou no Twitter, ele está uma graça!
- É... Está mesmo. Aquele pai babão aqui...
- É, to vendo! Mas tá certo. Depois de tudo que ele passou, você tem mais é que babar mesmo. E a sua mãe? Ela está bem?
- Graças a Deus. Vai ficar comigo até o começo do ano. Depois eu vou colocar o Nico numa creche.
- Vai ter coragem?
- Não! Pior que não vou, mas terei que ser forte.
- Mais uma vez, né? Mas você vai dar conta. Deixa eu ir cumprimentar o povo, depois volto aqui pra conversar com vocês. Bom te ver, Gí.
- Bom te ver também, Caio.
A micro festa do meu namorado foi pra lá de animada. A gente riu muito, a gente se divertiu muito, brincou muito... E ele aproveitou ao máximo.
- Ei, gato? – uma garota foi falar comigo. – Tudo bem?
- Olá! Tudo sim e você?
- Bem, obrigada. Posso beber um gole da sua bebida?
- Pode, ué.
- E como você se chama?
- Caio e você?
- Samanta. Você é lindo, sabia?
- Obrigado – fiquei todo sem graça.
- Está sozinho?
- Não – Bruno falou atrás de mim. – Ele não está sozinho.
- Veio com seus amigos? – a garota insistiu.
- Também – respondi.
- Eu vim com meus amigos também. É aniversário de uma amiga minha hoje.
- É aniversário do meu namorado também – falei.
- Namorado? Você é gay?
- Uhum. Algum problema?
- É? Algum problema? – a voz do Bruno soou atrás de mim de novo.
- Não, claro que não. Não sou preconceituosa, imagina! Mas que é um desperdício, ah isso é!
- Obrigado – eu ri e fiquei sem jeito.
- Não me diga que o seu namorado é esse gato que está atrás de você?
- isso – eu falei e virei pro Bruno.
- Desperdício em dobro! Que lástima...
Bruno e eu demos risada.
- Não é a primeira vez que falam isso – comentei.
- Claro, porque é verdade! E vocês têm algum amigo solteiro por aí?
- Eu até tenho, mas não sei se eles estão solteiros, solteiros. Eles devem estar pegando alguém por aí.
- Pode me apresentá-los?
Que menina dada!
- Por que você mesma não vai falar com eles? São aqueles dois ali – eu apontei discretamente com o queixo. – O de regata é o Fabrício e o de camiseta laranja é o Rodrigo, meu irmão mais velho. Vai lá!
- Nossa! Eu vou mesmo! O de regata é uma delícia!

- Boa sorte – falei.
- Obrigada! Prazer em te conhecer.
- O prazer é todo meu!
- Que saidinha, né? – o meu aniversariante me olhou.
- Uhum, mas você viu que eu não dei em cima dela, não viu?
- Sim! Eu sei que você não faria isso, bobinho. Posso beber um pouco da sua caipirinha?
- Olha lá, hein? Não vai ficar bêbado!
- Se isso acontecer os meninos levam o carro. Eles têm carta ao contrário de você.
- Já falei que vou tirar! Hoje não é dia pra ficar falando disso!
- Você sempre adia esse assunto. Não entendo qual o seu medo em tirar a carta de motorista.
- Não é medo, é falta de tempo.
- Falta de tempo, né? Sei!
- O Vítor está te chamando. Vai lá, vai! Depois a gente fala sobre isso.
- Quero só ver até quando você vai adiar esse assunto.
No meio da noite, o DJ perguntou se tinha alguém fazendo aniversário e meus amigos e eu fizemos um escândalo para ele perceber a presença do Bruno. E deu certo.
- Ai que vergonha...
A balada toda cantou parabéns pro meu namorado e pros outros aniversariantes. Eu me diverti muito da cara de “não acredito que isso está acontecendo” que ele fez.
- Parabéns – eu abracei meu príncipe. – Que delícia!
- Obrigado, meu cachorro! Você me paga por isso, viu?
- Pago, é? Quero só ver!
Foi uma noitada muito gostosa. Valeu muito a pena gastar o dinheiro que eu gastei reservando parte da área VIP da balada pra comemorar o aniversário do meu namorado. Ele ficou muito feliz. E eu fiquei feliz por tabela.
- Caio por que você está emagrecendo? – perguntou Mário, um amigo do Bruno de longa data.
- É porque eu não estou indo pra academia com muita frequência, Mário.
- Enjoou?
- É, pode-se dizer que sim. Na verdade é falta de vergonha na cara mesmo. Eu deveria ir com mais frequência. Vou voltar.
- Você está gostoso assim, garoto.
- Valeu, Mário.
Todos os amigos do Bruno eram dessa forma, principalmente o Vítor. Vai ver que era por isso que antes o meu amor era tão “dado”. Ainda bem que ele tinha melhorado.

Nós voltamos pro Recreio só quando a casa de espetáculos fechou, lá pelas 5 da manhã. Eu estava acabado, mas ainda teria que mostrar pro meu gostoso as novidades que eu tinha comprado no sex shop. Será que ele ia gostar?
- Tira essa roupa, tira? – eu pedi.
- Nossa! Assim?
- Já! – ordenei.
- Vai me dominar?
- Vou! Hoje você é meu!!!
- Adoro quando você manda em mim, sabia?
- Então arranca logo essa roupa e vem aqui me beijar, vadio!
- E se eu não quiser?
- Não quer? – eu saí da cama e fui até onde ele estava. – Tem certeza que você não quer?
Beijei o Bruno com muita vontade. Foi um beijo “desentupidor de pia” e isso bastou para ele parar de fazer doce.
- Hoje você é meu, eu já disse – arranquei a camiseta dele. Os mamilos do meu namorado estavam eriçados.
- Ui – ele ficou arrepiado quando eu lambi o peito dele. – Que delícia!
- Eu to louco por você, Bruno – joguei o gato na cama com força e fui logo subindo no corpo dele.
- Então me pega de jeito, Caio!
Ele não precisou pedir novamente. Eu fiz isso com gosto, fiz isso com vontade. Arranquei a roupa dele em fração de segundos. A cueca eu tirei com a boca!
- Você é uma delícia – bati na coxa esquerda dele.
- Ai que delícia...
- É? Você gosta de apanhar? Hum?
- Bate, meu gostoso! Bate de novo...
- Não! Quem manda hoje sou eu, não você!
- Assim você me mata, Caio...
- Abre essas pernas!
Como ele não me obedeceu, eu fui obrigado a fazê-lo. Eu peguei um dos frasquinhos e joguei na pele do escroto do meu namorado. Essa se contraiu imediatamente.
- O que é isso? – ele se espantou. – Ui...
- Cala a boca e não fala nada! Entendeu?
- Nossa... O que você aprontou? Ui...
Aquele era o óleo que esfriava. A pele do saco do meu namorado ficou enrugada e eu coloquei tudo dentro da minha boca.
- Puta... Que... Pariu... – ele gemeu.
- Calado!

Chupei com vontade e ele começou a urrar de prazer em segundos. Eu queria saber qual era a sensação que ele estava tendo naquele momento. Será que era bom usar aquele óleo?
- AAAAH...
Coloquei o óleo que adormecia nos meus lábios e fui beijar o Bruno. Foi muito esquisito beijá-lo sem sentir a minha boca. Eu gostei.
- Onde você comprou essas coisas?
- Não te interessa! Cala a boca e me obedece! Chupa!
Bruno me chupou, mas também brincou com os óleos. Ele colocou o que esquentava no meu pênis e eu senti um calor imenso no meu membro. Foi muito bom!
- Ui, delícia... Isso... Engole tudo... Tudo!
Bruno me olhou.
- Não... Sem mãos, sem mãos! Só com a boca! Isso!!!
Eu gostei muito dos óleos que comprei. Se soubesse que eram tão bons, teria ido num sex shop muito tempo antes. Eu ia recomendar para todos os meus amigos. Principalmente pro Rodrigo.
Nossa manhã de sexo foi selvagem. Eu mandei no Bruno durante toda a transa e isso fez com que ele ficasse absolutamente enlouquecido. Eu dominei o garoto pra valer.
- TESÃO DO CARALHO – bati na bunda dele com vontade.
- Isso! Bate gostoso, safado!
Ele estava meio sadomasoquista. Eu gostava quando o Bruno virava pervertido daquele jeito. Eu tinha a impressão que o prazer era bem mais acentuado.
- VOU GOZAR... – informei.
- GOZA, FILHO DA PUTA!
Foi tudo na cara dele. O coitado do meu namorado ficou muito sujo com meu esperma. Isso nos obrigou a tomar banho juntos.
- Agora você vai me falar onde conseguiu esses óleos?
- Num sex shop, amor.
- Ah, é? Que safado! Indo em sex shop e não me fala nada?
- Fui com a Alexia. Vai dizer que não gostou?
- Eu adorei! Adorei mesmo. Fiquei louco com aquele que esfria!
- Eu também! No mamilo é ótimo!
- Lá embaixo é melhor – ele puxou meu cabelo pra trás e segurou no meu pau. – Delícia! Você não vai relaxar?
- Não consigo! Quero mais uma!
Ele desligou o chuveiro e rolou no banheiro mesmo. Foi a segunda seguida sem perder o tesão. Eu quase endoidei quando cheguei ao orgasmo.
- UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH...
- Você está muito safadinho, hein?
- Você me deixa assim – encostei na parede e respirei bem fundo.
- Quem te viu, quem te vê!
- Por que está falando isso?
- Porque você nem parece mais aquele garotinho tímido de 17 anos. Lembra da nossa primeira vez?
- Claro que eu lembro. Eu era muito vergonhoso.
- Era mesmo. Nem tinha coragem de fazer nada. Naquela época eu já te amava muito!
- Eu também. Você sabe disso. Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que eu te vi no Call Center.
- Eu também. Mesmo que não pareça.
- Hum... Não parecia mesmo, mas eu acredito em você.
Bruninho e eu tomamos o nosso banho, nos arrumamos, arrumamos a cama e depois fomos dormir. O bichinho merecia descansar e muito.
- Obrigado pelo presente, viu amor?
- De nada! Você gostou?
- É claro que sim!
Eu comprei um DVD pro carro do Bruno. No meu aniversário ele me deu um celular novo, o mesmo presente que eu comprei pra ele no dia dos namorados. Foi o presente que eu mais gostei dentre todos que ganhei.

- Dorme bem, meu aniversariante mais lindo do mundo – fiquei fazendo carinho no rosto do meu namorado.
- Você também, meu amor. Obrigado pelo dia de hoje.
- Eu te amo muito. Bons sonhos.
- Vou sonhar com você.
- E eu com você.
Antes de dormir, meu celular tocou. Era uma mensagem do Vítor agradecendo pela balada. Como ele também fazia aniversário naquele dia, ele também fez parte da homenagem.
A festa foi para os dois, não apenas pro Bruno porque isso seria extremamente injusto da minha parte. O Vitinho merecia aquele presente também.
Eu respondi ao SMS desejando um feliz aniversário ao meu amigo. Eu já gostava muito daquele menino. Ele era gente boa!
- Oi, Digow!!!
- Oi, Cacs! Como você está?
- Eu to bem e você?
- Estou com saudades, isso sim. Cadê o meu cunhado?
- Ele está vindo aí atrás.
- Hum... Está te tratando bem?
- Sim! Como sempre.
- Acho bom. Eu trouxe as gêmeas, tem problema?
- Claro que não! Quanto mais gente melhor. Não me diga que você ainda está pegando as duas?
- Ah... Só de vez em quando, mas pelo jeito a Gí vai querer ficar com o Fabrício também. Vamos ver.
- E é assim? Zoado desse jeito? Ela fica com quem quer, você fica com quem quer? Eu, hein?
- Não é zoado! A gente não tem nada. Se ela ficar com o Fabrício, eu não ficarei mais com ela.
- Ah! Entendi. Egoísta. Você a quer só pra você, né?
- Não, mas exclusividade sempre é bom.
- Você anda muito descarado ultimamente. E muito egoísta também.
- Eu não sou egoísta. Pode parando...
- É sim! Nem vem que não tem. Deixa eu cumprimentar o povo, depois eu volto aqui.
Fui até o Fabrício e ele realmente estava conversando com a gêmea. Cumprimentei os dois e aproveitei para perguntar do Nícolas. Há muito eu não via o menininho.
- Ele está ótimo, Caio! Graças a Deus já está com 4 quilos e meio!!!
- Nossa, que beleza, amigo! Graças a Deus!!!
- É que ele já vai fazer 5 meses. Já recuperou o peso, graças a Deus. Você e o Bruno precisam ir lá em casa pra vê-lo, né?
- A gente vai sim, eu prometo. Quero muito rever aquele anjinho. Eu vi as fotos que você postou no Twitter, ele está uma graça!
- É... Está mesmo. Aquele pai babão aqui...
- É, to vendo! Mas tá certo. Depois de tudo que ele passou, você tem mais é que babar mesmo. E a sua mãe? Ela está bem?
- Graças a Deus. Vai ficar comigo até o começo do ano. Depois eu vou colocar o Nico numa creche.
- Vai ter coragem?
- Não! Pior que não vou, mas terei que ser forte.
- Mais uma vez, né? Mas você vai dar conta. Deixa eu ir cumprimentar o povo, depois volto aqui pra conversar com vocês. Bom te ver, Gí.
- Bom te ver também, Caio.
A micro festa do meu namorado foi pra lá de animada. A gente riu muito, a gente se divertiu muito, brincou muito... E ele aproveitou ao máximo.
- Ei, gato? – uma garota foi falar comigo. – Tudo bem?
- Olá! Tudo sim e você?
- Bem, obrigada. Posso beber um gole da sua bebida?
- Pode, ué.
- E como você se chama?
- Caio e você?
- Samanta. Você é lindo, sabia?
- Obrigado – fiquei todo sem graça.
- Está sozinho?
- Não – Bruno falou atrás de mim. – Ele não está sozinho.
- Veio com seus amigos? – a garota insistiu.
- Também – respondi.
- Eu vim com meus amigos também. É aniversário de uma amiga minha hoje.
- É aniversário do meu namorado também – falei.
- Namorado? Você é gay?
- Uhum. Algum problema?
- É? Algum problema? – a voz do Bruno soou atrás de mim de novo.
- Não, claro que não. Não sou preconceituosa, imagina! Mas que é um desperdício, ah isso é!
- Obrigado – eu ri e fiquei sem jeito.
- Não me diga que o seu namorado é esse gato que está atrás de você?
- isso – eu falei e virei pro Bruno.
- Desperdício em dobro! Que lástima...
Bruno e eu demos risada.
- Não é a primeira vez que falam isso – comentei.
- Claro, porque é verdade! E vocês têm algum amigo solteiro por aí?
- Eu até tenho, mas não sei se eles estão solteiros, solteiros. Eles devem estar pegando alguém por aí.
- Pode me apresentá-los?
Que menina dada!
- Por que você mesma não vai falar com eles? São aqueles dois ali – eu apontei discretamente com o queixo. – O de regata é o Fabrício e o de camiseta laranja é o Rodrigo, meu irmão mais velho. Vai lá!
- Nossa! Eu vou mesmo! O de regata é uma delícia!
- Boa sorte – falei.
- Obrigada! Prazer em te conhecer.
- O prazer é todo meu!
- Que saidinha, né? – o meu aniversariante me olhou.
- Uhum, mas você viu que eu não dei em cima dela, não viu?
- Sim! Eu sei que você não faria isso, bobinho. Posso beber um pouco da sua caipirinha?
- Olha lá, hein? Não vai ficar bêbado!
- Se isso acontecer os meninos levam o carro. Eles têm carta ao contrário de você.
- Já falei que vou tirar! Hoje não é dia pra ficar falando disso!
- Você sempre adia esse assunto. Não entendo qual o seu medo em tirar a carta de motorista.
- Não é medo, é falta de tempo.
- Falta de tempo, né? Sei!
- O Vítor está te chamando. Vai lá, vai! Depois a gente fala sobre isso.
- Quero só ver até quando você vai adiar esse assunto.
No meio da noite, o DJ perguntou se tinha alguém fazendo aniversário e meus amigos e eu fizemos um escândalo para ele perceber a presença do Bruno. E deu certo.
- Ai que vergonha...
A balada toda cantou parabéns pro meu namorado e pros outros aniversariantes. Eu me diverti muito da cara de “não acredito que isso está acontecendo” que ele fez.
- Parabéns – eu abracei meu príncipe. – Que delícia!
- Obrigado, meu cachorro! Você me paga por isso, viu?
- Pago, é? Quero só ver!
Foi uma noitada muito gostosa. Valeu muito a pena gastar o dinheiro que eu gastei reservando parte da área VIP da balada pra comemorar o aniversário do meu namorado. Ele ficou muito feliz. E eu fiquei feliz por tabela.
- Caio por que você está emagrecendo? – perguntou Mário, um amigo do Bruno de longa data.
- É porque eu não estou indo pra academia com muita frequência, Mário.
- Enjoou?
- É, pode-se dizer que sim. Na verdade é falta de vergonha na cara mesmo. Eu deveria ir com mais frequência. Vou voltar.
- Você está gostoso assim, garoto.
- Valeu, Mário.
Todos os amigos do Bruno eram dessa forma, principalmente o Vítor. Vai ver que era por isso que antes o meu amor era tão “dado”. Ainda bem que ele tinha melhorado.
Nós voltamos pro Recreio só quando a casa de espetáculos fechou, lá pelas 5 da manhã. Eu estava acabado, mas ainda teria que mostrar pro meu gostoso as novidades que eu tinha comprado no sex shop. Será que ele ia gostar?
- Tira essa roupa, tira? – eu pedi.
- Nossa! Assim?
- Já! – ordenei.
- Vai me dominar?
- Vou! Hoje você é meu!!!
- Adoro quando você manda em mim, sabia?
- Então arranca logo essa roupa e vem aqui me beijar, vadio!
- E se eu não quiser?
- Não quer? – eu saí da cama e fui até onde ele estava. – Tem certeza que você não quer?
Beijei o Bruno com muita vontade. Foi um beijo “desentupidor de pia” e isso bastou para ele parar de fazer doce.
- Hoje você é meu, eu já disse – arranquei a camiseta dele. Os mamilos do meu namorado estavam eriçados.
- Ui – ele ficou arrepiado quando eu lambi o peito dele. – Que delícia!
- Eu to louco por você, Bruno – joguei o gato na cama com força e fui logo subindo no corpo dele.
- Então me pega de jeito, Caio!
Ele não precisou pedir novamente. Eu fiz isso com gosto, fiz isso com vontade. Arranquei a roupa dele em fração de segundos. A cueca eu tirei com a boca!
- Você é uma delícia – bati na coxa esquerda dele.
- Ai que delícia...
- É? Você gosta de apanhar? Hum?
- Bate, meu gostoso! Bate de novo...
- Não! Quem manda hoje sou eu, não você!
- Assim você me mata, Caio...
- Abre essas pernas!
Como ele não me obedeceu, eu fui obrigado a fazê-lo. Eu peguei um dos frasquinhos e joguei na pele do escroto do meu namorado. Essa se contraiu imediatamente.
- O que é isso? – ele se espantou. – Ui...
- Cala a boca e não fala nada! Entendeu?
- Nossa... O que você aprontou? Ui...
Aquele era o óleo que esfriava. A pele do saco do meu namorado ficou enrugada e eu coloquei tudo dentro da minha boca.
- Puta... Que... Pariu... – ele gemeu.
- Calado!
Chupei com vontade e ele começou a urrar de prazer em segundos. Eu queria saber qual era a sensação que ele estava tendo naquele momento. Será que era bom usar aquele óleo?
- AAAAH...
Coloquei o óleo que adormecia nos meus lábios e fui beijar o Bruno. Foi muito esquisito beijá-lo sem sentir a minha boca. Eu gostei.
- Onde você comprou essas coisas?
- Não te interessa! Cala a boca e me obedece! Chupa!
Bruno me chupou, mas também brincou com os óleos. Ele colocou o que esquentava no meu pênis e eu senti um calor imenso no meu membro. Foi muito bom!
- Ui, delícia... Isso... Engole tudo... Tudo!
Bruno me olhou.
- Não... Sem mãos, sem mãos! Só com a boca! Isso!!!
Eu gostei muito dos óleos que comprei. Se soubesse que eram tão bons, teria ido num sex shop muito tempo antes. Eu ia recomendar para todos os meus amigos. Principalmente pro Rodrigo.
Nossa manhã de sexo foi selvagem. Eu mandei no Bruno durante toda a transa e isso fez com que ele ficasse absolutamente enlouquecido. Eu dominei o garoto pra valer.
- TESÃO DO CARALHO – bati na bunda dele com vontade.
- Isso! Bate gostoso, safado!
Ele estava meio sadomasoquista. Eu gostava quando o Bruno virava pervertido daquele jeito. Eu tinha a impressão que o prazer era bem mais acentuado.
- VOU GOZAR... – informei.
- GOZA, FILHO DA PUTA!
Foi tudo na cara dele. O coitado do meu namorado ficou muito sujo com meu esperma. Isso nos obrigou a tomar banho juntos.
- Agora você vai me falar onde conseguiu esses óleos?
- Num sex shop, amor.
- Ah, é? Que safado! Indo em sex shop e não me fala nada?
- Fui com a Alexia. Vai dizer que não gostou?
- Eu adorei! Adorei mesmo. Fiquei louco com aquele que esfria!
- Eu também! No mamilo é ótimo!
- Lá embaixo é melhor – ele puxou meu cabelo pra trás e segurou no meu pau. – Delícia! Você não vai relaxar?
- Não consigo! Quero mais uma!
Ele desligou o chuveiro e rolou no banheiro mesmo. Foi a segunda seguida sem perder o tesão. Eu quase endoidei quando cheguei ao orgasmo.
- UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH...
- Você está muito safadinho, hein?
- Você me deixa assim – encostei na parede e respirei bem fundo.
- Quem te viu, quem te vê!
- Por que está falando isso?
- Porque você nem parece mais aquele garotinho tímido de 17 anos. Lembra da nossa primeira vez?
- Claro que eu lembro. Eu era muito vergonhoso.
- Era mesmo. Nem tinha coragem de fazer nada. Naquela época eu já te amava muito!
- Eu também. Você sabe disso. Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que eu te vi no Call Center.
- Eu também. Mesmo que não pareça.
- Hum... Não parecia mesmo, mas eu acredito em você.
Bruninho e eu tomamos o nosso banho, nos arrumamos, arrumamos a cama e depois fomos dormir. O bichinho merecia descansar e muito.
- Obrigado pelo presente, viu amor?
- De nada! Você gostou?
- É claro que sim!
Eu comprei um DVD pro carro do Bruno. No meu aniversário ele me deu um celular novo, o mesmo presente que eu comprei pra ele no dia dos namorados. Foi o presente que eu mais gostei dentre todos que ganhei.
- Dorme bem, meu aniversariante mais lindo do mundo – fiquei fazendo carinho no rosto do meu namorado.
- Você também, meu amor. Obrigado pelo dia de hoje.
- Eu te amo muito. Bons sonhos.
- Vou sonhar com você.
- E eu com você.
Antes de dormir, meu celular tocou. Era uma mensagem do Vítor agradecendo pela balada. Como ele também fazia aniversário naquele dia, ele também fez parte da homenagem.
A festa foi para os dois, não apenas pro Bruno porque isso seria extremamente injusto da minha parte. O Vitinho merecia aquele presente também.
Eu respondi ao SMS desejando um feliz aniversário ao meu amigo. Eu já gostava muito daquele menino. Ele era gente boa!
NOVEMBRO DE 2.010...
Foi em uma manhã de terça-feira que a Janaína foi correndo
atrás de mim feito uma louca desvairada. Eu fiquei até com medo.
- SOCORRO...
- Que é isso? Por que está gritando? Acho que você vai me matar! Está com uma cara de louca!
- Eu estou louca mesmo, louca de felicidade! Adivinha quem vem aqui pro Rio mês que vem?
- O Papa?
A cara de incredulidade da Janaína foi mara!
- Pelo amor dos meus filhinhos... É claro que não!
- E quem é então?
- JORGE E MATEUS!!!
- Sério? Sério mesmo?
- Lógico! Acha que eu mentiria com uma coisa importante dessas?
- Ah, que massa! Quando e quanto? Onde?
Ela respondeu todas as minhas perguntas.
- Nós vamos, não vamos?
- Óbvio que nós vamos, Janaína! Não perco por nada nesse mundo!
- Excelente. Vou fechar a van de novo.
- Conta com dois lugares. Bruno e eu estaremos lá com toda a certeza do mundo.
- Assim que eu gosto!
- SOCORRO...
- Que é isso? Por que está gritando? Acho que você vai me matar! Está com uma cara de louca!
- Eu estou louca mesmo, louca de felicidade! Adivinha quem vem aqui pro Rio mês que vem?
- O Papa?
A cara de incredulidade da Janaína foi mara!
- Pelo amor dos meus filhinhos... É claro que não!
- E quem é então?
- JORGE E MATEUS!!!
- Sério? Sério mesmo?
- Lógico! Acha que eu mentiria com uma coisa importante dessas?
- Ah, que massa! Quando e quanto? Onde?
Ela respondeu todas as minhas perguntas.
- Nós vamos, não vamos?
- Óbvio que nós vamos, Janaína! Não perco por nada nesse mundo!
- Excelente. Vou fechar a van de novo.
- Conta com dois lugares. Bruno e eu estaremos lá com toda a certeza do mundo.
- Assim que eu gosto!
Quando o Bruno conseguiu uma folguinha a mais no ritmo de
estudos, nós enfim cumprimos a promessa e fomos visitar o Fabrício e o Nícolas,
em Vila Isabel. Era lá que eles estavam morando.
- Oi, Nico... – eu fiquei derretido quando vi aquela bebê lindo tão crescido. – Como você está lindo! Posso?
- Claro que sim, mas tome cuidado com a cabecinha – quem falou foi a avó.
- Pode deixar. Vem com o titio, meu lindo! Ui, que coisa mais fofa...
- Caramba! Como ele cresceu – Bruno ficou surpreso como eu. – Ele está muito lindo!
- Obrigado, Bruno.
- Você está usando a roupa que o tio comprou, é mocinho? – fiquei todo babão.
- Como ele é calminho, né Fabrício? – meu namorado ficou conversando com meu amigo.
- Ele é um anjo, Bruno! Não chora pra nada. Só na hora de tomar vacina, né campeão?
- Ele é muito calminho mesmo – a avó concordou. – Puxou ao pai. O Fabrício também era assim quando pequeno.
- Lembro disso não, mãe!
- Se você lembrasse eu acharia estranho. Faz tempo, hein?
- Putz... Te chamou de velho na cara dura!
- Ela é assim, Caio. Me tira de 5 em 5 minutos.
Rodrigo, Vinícius e Bruna também estavam na casa. Era a primeira vez que eu ia visitar o meu amigo. Que vergonha!
- Dá ele aqui – Bruno roubou o neném do meu colo. – Eu quero segurar também.
Eu me surpreendia cada vez mais com o jeito que o Bruno tinha com as crianças. Era algo incrível. Ele sabia segurar com um jeito tão carinhoso... Eu me encantava!
- Vem conhecer meu cafofo, Caio!
- Claro, vamos lá!
Era uma casa simples, mas bem arrumada e aconchegante. Havia uma sala, uma cozinha, três quartos, um banheiro e um quintal imenso nos fundos da residência. Eu me apaixonei por aquele lugar.
- É tudo muito lindo! Parabéns.
- E aqui é o quartinho dele, vem comigo.
- Uau...
O quarto do Nico era o cantinho mais bonito daquela casa. As paredes eram azuis, os móveis brancos e por onde eu olhava, eu via fotos daquele anjinho. Ele já tinha um monte de brinquedos.
- Gostou?
- Adorei! É muito lindo! Você caprichou demais...
- Ainda estou montando. Faltam algumas coisinhas ainda.
- Imagina! Tem tudo aqui...
- Quero comprar mais alguns brinquedinhos pra ele. Ele merece!
- Gente... Esse quarto é o sonho de toda criança... Quem escreveu o nome dele na parede?
- Eu mesmo. Ficou legal, né?
- Ficou incrível! Incrível mesmo... Parabéns!!!
- Obrigado. Você mais do que ninguém sabe que não foi fácil chegar até aqui, mas deu tudo certo.
- Deu certo sim, eu sabia que ia dar.
- E você e o Bruno? Está tudo bem, né?
- Claro! Muito bem, graças a Deus!!!
- Que bom. Mantenho o que disse: se ele fizer alguma coisa de errado, é só me avisar.
- Valeu pela preocupação, mas está tudo bem. Aliás, cadê ele?
- Ficou na sala com meu filho. Pelo que percebi ele adora crianças, né?
- Sabe que eu me espanto com isso? Nós nunca falamos sobre, mas parece que ele adora sim.
- Vamos lá ver o que ele está aprontando?
- Uhum.
Voltamos pra sala e o Bruh ainda estava com o Nico no colo. O menino tinha dormido e meu namorado estava lá, todo encantado com a beleza do garotão.
- Ele capotou, tadinho – o papai ficou derretido.
- É que ele mamou faz pouco tempo – comentou a Bruna.
- É! Ele deve estar cansado.
- Eu deixo ele aqui ou levo pro berço? – questionou o meu garoto dos olhos azuis.
- Não! Deixa ele com você. Ele gostou de você.
- Como sabe?
- O Nico não dorme nos braços de qualquer um. Você é o primeiro que consegue fazê-lo dormir depois de mim e da minha mãe.
- Vou me sentir desse jeito.
- Besta – Fabrício brincou.
- Vamos comer meu povo – a mãe do Fabrício nos chamou. – A comida está pronta!
O pai do meu amigo também estava na casa. Ele já estava lá pra passar o final de ano com o filho e o neto. É... O ano estava acabando!
- Eu gostei muito dessa árvore – Rodrigo comentou.
- Valeu! Eu montei ontem.
- Ficou muito da hora.
- Valeu mesmo. Vocês já montaram a da república?
- Ainda não.
- Precisamos montar a nossa – falei.
- É!
- Está pensando em quê?
- Hum? Ah, não em nada em especial. Lembrando do Nícolas. Ele é lindo!
- É... Ele é lindo mesmo!
Eu passei uma tarde agradabilíssima ao lado de meus amigos e do Bruno. Há muito tempo nós não reuníamos a trupe toda e foi bom reviver os velhos tempos. Eu já estava sentindo falta do Fabrício. Eu gostava muito dele.
- Caio, eu tenho uma novidade.
- O que é dessa vez, Rodrigo? Pegou de novo as gêmeas?
- Não. Não é isso. Bom, isso também, mas não é essa a novidade.
- Espera, me confundiu! Você pegou ou não pegou?
- Eu terminei com elas. Enjoei.
- Como assim enjoou? E é assim? Fácil desse jeito?
- É! Tem que ser! Eu já estava brincando com elas desde o começo do ano. Enjoei! Agora eu quero descansar um pouco.
- Finalmente, né? Até que enfim!!!
- Mas não é essa a novidade!
- E qual é então?
- Vinícius e eu vamos sair da república.
- COMO?
- É isso mesmo que você ouviu! Vinícius e eu vamos sair da república!
- E por que isso? Não entendi nada!
- Cansamos, Caio! Aquele lugar não é a mesma coisa sem vocês. O menino novo é legal, é gente boa, mas ele não ocupou o lugar de vocês. Nós achamos que é hora de sair.
- Mas espera... Onde vocês vão morar? Onde você vai morar? Eu to passado!
- Calma! Não vamos sair da noite pro dia. Já estamos planejando isso há dias. E já temos até uma casa em mente.
- Vão morar juntos?

- Isso. À princípio sim, mas depois a gente se separa, afinal ele vai casar, né?
- Me conta essa história direito, por favor.
- É isso, Caio! A gente vai sair, vamos morar juntos até Deus sabe quando e depois a gente vê!
- Mas... E se você voltar pro Paraná no ano que vem?
- Não, eu não vou voltar. Ano que vem eu vou fazer mestrado. Já me inscrevi e já fui aceito.
- Jesus... É muita novidade pra minha cabeça...
- Calma – ele quase riu. – Eu sei que é muita novidade, mas é isso mesmo. As coisas serão desse jeito.
- Ah, Digow... Muito bacana! Fiquei feliz por você, de verdade! Vai ser bom você e o Vini morarem juntos.
- É, vai sim. A gente vai colocar tudo no papel, vamos ver se compensa... Espero que dê tudo certo!
- Vai dar. Agora o que me deixou mais contente nisso tudo é o fato de você ficar aqui ano que vem! Adorei!
- Gostou?
- Lógico! Eu não quero me separar de você em definitivo.
- Isso nunca vai acontecer.
- Eu sei que não. Só de pensar meu coração dói.
- O meu também. Até hoje eu não me acostumei com sua ausência na república. Só aprendi a conviver, mas não acostumei. É muito ruim.
- A gente se apegou muito, né?
- Muito! Muito mesmo.
- Está arrependido?
- Não! É claro que não estou!
- Ainda bem!!!
- Você está?
- De jeito nenhum. Você sabe muito bem que eu não estou.
- Acho bom.
- E quando vai ser a apresentação da sua pós?
- No comecinho de dezembro. Eu quero que você vá, hein?
- É claro que eu vou. Não perco por nada. E você vai no show do Jorge e Mateus com a gente, não vai?
- Vou, Caio, vou – ele suspirou. – Guarda meu lugar na van, guarda. Agora você para de falar nesse show?
- Agora que você vai eu paro sim – sorri.
Bruno e eu estávamos ansiosos para esse show. Seria como voltar no tempo, seria como reviver o primeiro show que nós fomos daquela dupla. Algo me dizia que eu ia me divertir muito.
Vinícius, Bruna e Fabrício também estavam fechados para o evento. Seria praticamente a mesma turma que foi da primeira vez. A única ausência seria do Murilo. Eu queria saber como ele estava se saindo no exército – ele é soldado até hoje.
- Vamos embora, Caio?
- Vamos, Bruno.
- Tâo cedo assim? – perguntou Vinícius.
- Tenho que estudar pras provas. Estão chegando já.
- Não sinto saudades dessa época.
- Sei bem o que é isso, xará. As minhas provas estão aí também.
- E eu tenho que finalizar algumas coisas da minha pós – Rodrigo suspirou.
- Dá pra acreditar que esse cara já está terminando a pós? – perguntou Fabrício.
- Não – respondi. – Não dá. Parece que foi ontem que ele começou na faculdade.
- E ano que vem já tem meu mestrado. Vocês que estão todos atrasados.
Era verdade. Fabrício e Vinícius já tinham terminado a faculdade há um tempo, estava na hora deles voltarem a estudar. Nunca era bom ficar parado por muito tempo.
- Acho que farei minha pós ano que vem – disse o médico. – Vou pensar direitinho.
- Demorou pra você fazer – incentivou a noiva dele.
- Pensando em fazer a minha também – o papai suspirou. – Dai-me forças, Deus.
- E você? Não vai fazer a sua? – meu namorado questionou.
- Sim, farei sim. Quem sabe ano que vem também?
- Acho uma ótima ideia!
- Pensarei no assunto. Digow, não esquece que nós temos prova no inglês sábado.
- Ah, é! Estuda, hein? Preciso de cola.
- Folgado! Estuda você também!
- Pra quem não queria fazer inglês, né Caio? – Vinícius brincou. – Já está fazendo há um tempão!
- Já estamos chegando na metade do curso – falei.
- Aí sim!
- Vamos? – Bruno me cutucou.
- Vamos. Gente, foi bom ver vocês!
Bruno e eu nos despedimos de todos e após mais um curto período de bate-papo, fomos pro carro e voltamos pro nosso apartamento. Ele precisava mesmo estudar bastante.
- Oi, Nico... – eu fiquei derretido quando vi aquela bebê lindo tão crescido. – Como você está lindo! Posso?
- Claro que sim, mas tome cuidado com a cabecinha – quem falou foi a avó.
- Pode deixar. Vem com o titio, meu lindo! Ui, que coisa mais fofa...
- Caramba! Como ele cresceu – Bruno ficou surpreso como eu. – Ele está muito lindo!
- Obrigado, Bruno.
- Você está usando a roupa que o tio comprou, é mocinho? – fiquei todo babão.
- Como ele é calminho, né Fabrício? – meu namorado ficou conversando com meu amigo.
- Ele é um anjo, Bruno! Não chora pra nada. Só na hora de tomar vacina, né campeão?
- Ele é muito calminho mesmo – a avó concordou. – Puxou ao pai. O Fabrício também era assim quando pequeno.
- Lembro disso não, mãe!
- Se você lembrasse eu acharia estranho. Faz tempo, hein?
- Putz... Te chamou de velho na cara dura!
- Ela é assim, Caio. Me tira de 5 em 5 minutos.
Rodrigo, Vinícius e Bruna também estavam na casa. Era a primeira vez que eu ia visitar o meu amigo. Que vergonha!
- Dá ele aqui – Bruno roubou o neném do meu colo. – Eu quero segurar também.
Eu me surpreendia cada vez mais com o jeito que o Bruno tinha com as crianças. Era algo incrível. Ele sabia segurar com um jeito tão carinhoso... Eu me encantava!
- Vem conhecer meu cafofo, Caio!
- Claro, vamos lá!
Era uma casa simples, mas bem arrumada e aconchegante. Havia uma sala, uma cozinha, três quartos, um banheiro e um quintal imenso nos fundos da residência. Eu me apaixonei por aquele lugar.
- É tudo muito lindo! Parabéns.
- E aqui é o quartinho dele, vem comigo.
- Uau...
O quarto do Nico era o cantinho mais bonito daquela casa. As paredes eram azuis, os móveis brancos e por onde eu olhava, eu via fotos daquele anjinho. Ele já tinha um monte de brinquedos.
- Gostou?
- Adorei! É muito lindo! Você caprichou demais...
- Ainda estou montando. Faltam algumas coisinhas ainda.
- Imagina! Tem tudo aqui...
- Quero comprar mais alguns brinquedinhos pra ele. Ele merece!
- Gente... Esse quarto é o sonho de toda criança... Quem escreveu o nome dele na parede?
- Eu mesmo. Ficou legal, né?
- Ficou incrível! Incrível mesmo... Parabéns!!!
- Obrigado. Você mais do que ninguém sabe que não foi fácil chegar até aqui, mas deu tudo certo.
- Deu certo sim, eu sabia que ia dar.
- E você e o Bruno? Está tudo bem, né?
- Claro! Muito bem, graças a Deus!!!
- Que bom. Mantenho o que disse: se ele fizer alguma coisa de errado, é só me avisar.
- Valeu pela preocupação, mas está tudo bem. Aliás, cadê ele?
- Ficou na sala com meu filho. Pelo que percebi ele adora crianças, né?
- Sabe que eu me espanto com isso? Nós nunca falamos sobre, mas parece que ele adora sim.
- Vamos lá ver o que ele está aprontando?
- Uhum.
Voltamos pra sala e o Bruh ainda estava com o Nico no colo. O menino tinha dormido e meu namorado estava lá, todo encantado com a beleza do garotão.
- Ele capotou, tadinho – o papai ficou derretido.
- É que ele mamou faz pouco tempo – comentou a Bruna.
- É! Ele deve estar cansado.
- Eu deixo ele aqui ou levo pro berço? – questionou o meu garoto dos olhos azuis.
- Não! Deixa ele com você. Ele gostou de você.
- Como sabe?
- O Nico não dorme nos braços de qualquer um. Você é o primeiro que consegue fazê-lo dormir depois de mim e da minha mãe.
- Vou me sentir desse jeito.
- Besta – Fabrício brincou.
- Vamos comer meu povo – a mãe do Fabrício nos chamou. – A comida está pronta!
O pai do meu amigo também estava na casa. Ele já estava lá pra passar o final de ano com o filho e o neto. É... O ano estava acabando!
- Eu gostei muito dessa árvore – Rodrigo comentou.
- Valeu! Eu montei ontem.
- Ficou muito da hora.
- Valeu mesmo. Vocês já montaram a da república?
- Ainda não.
- Precisamos montar a nossa – falei.
- É!
- Está pensando em quê?
- Hum? Ah, não em nada em especial. Lembrando do Nícolas. Ele é lindo!
- É... Ele é lindo mesmo!
Eu passei uma tarde agradabilíssima ao lado de meus amigos e do Bruno. Há muito tempo nós não reuníamos a trupe toda e foi bom reviver os velhos tempos. Eu já estava sentindo falta do Fabrício. Eu gostava muito dele.
- Caio, eu tenho uma novidade.
- O que é dessa vez, Rodrigo? Pegou de novo as gêmeas?
- Não. Não é isso. Bom, isso também, mas não é essa a novidade.
- Espera, me confundiu! Você pegou ou não pegou?
- Eu terminei com elas. Enjoei.
- Como assim enjoou? E é assim? Fácil desse jeito?
- É! Tem que ser! Eu já estava brincando com elas desde o começo do ano. Enjoei! Agora eu quero descansar um pouco.
- Finalmente, né? Até que enfim!!!
- Mas não é essa a novidade!
- E qual é então?
- Vinícius e eu vamos sair da república.
- COMO?
- É isso mesmo que você ouviu! Vinícius e eu vamos sair da república!
- E por que isso? Não entendi nada!
- Cansamos, Caio! Aquele lugar não é a mesma coisa sem vocês. O menino novo é legal, é gente boa, mas ele não ocupou o lugar de vocês. Nós achamos que é hora de sair.
- Mas espera... Onde vocês vão morar? Onde você vai morar? Eu to passado!
- Calma! Não vamos sair da noite pro dia. Já estamos planejando isso há dias. E já temos até uma casa em mente.
- Vão morar juntos?
- Isso. À princípio sim, mas depois a gente se separa, afinal ele vai casar, né?
- Me conta essa história direito, por favor.
- É isso, Caio! A gente vai sair, vamos morar juntos até Deus sabe quando e depois a gente vê!
- Mas... E se você voltar pro Paraná no ano que vem?
- Não, eu não vou voltar. Ano que vem eu vou fazer mestrado. Já me inscrevi e já fui aceito.
- Jesus... É muita novidade pra minha cabeça...
- Calma – ele quase riu. – Eu sei que é muita novidade, mas é isso mesmo. As coisas serão desse jeito.
- Ah, Digow... Muito bacana! Fiquei feliz por você, de verdade! Vai ser bom você e o Vini morarem juntos.
- É, vai sim. A gente vai colocar tudo no papel, vamos ver se compensa... Espero que dê tudo certo!
- Vai dar. Agora o que me deixou mais contente nisso tudo é o fato de você ficar aqui ano que vem! Adorei!
- Gostou?
- Lógico! Eu não quero me separar de você em definitivo.
- Isso nunca vai acontecer.
- Eu sei que não. Só de pensar meu coração dói.
- O meu também. Até hoje eu não me acostumei com sua ausência na república. Só aprendi a conviver, mas não acostumei. É muito ruim.
- A gente se apegou muito, né?
- Muito! Muito mesmo.
- Está arrependido?
- Não! É claro que não estou!
- Ainda bem!!!
- Você está?
- De jeito nenhum. Você sabe muito bem que eu não estou.
- Acho bom.
- E quando vai ser a apresentação da sua pós?
- No comecinho de dezembro. Eu quero que você vá, hein?
- É claro que eu vou. Não perco por nada. E você vai no show do Jorge e Mateus com a gente, não vai?
- Vou, Caio, vou – ele suspirou. – Guarda meu lugar na van, guarda. Agora você para de falar nesse show?
- Agora que você vai eu paro sim – sorri.
Bruno e eu estávamos ansiosos para esse show. Seria como voltar no tempo, seria como reviver o primeiro show que nós fomos daquela dupla. Algo me dizia que eu ia me divertir muito.
Vinícius, Bruna e Fabrício também estavam fechados para o evento. Seria praticamente a mesma turma que foi da primeira vez. A única ausência seria do Murilo. Eu queria saber como ele estava se saindo no exército – ele é soldado até hoje.
- Vamos embora, Caio?
- Vamos, Bruno.
- Tâo cedo assim? – perguntou Vinícius.
- Tenho que estudar pras provas. Estão chegando já.
- Não sinto saudades dessa época.
- Sei bem o que é isso, xará. As minhas provas estão aí também.
- E eu tenho que finalizar algumas coisas da minha pós – Rodrigo suspirou.
- Dá pra acreditar que esse cara já está terminando a pós? – perguntou Fabrício.
- Não – respondi. – Não dá. Parece que foi ontem que ele começou na faculdade.
- E ano que vem já tem meu mestrado. Vocês que estão todos atrasados.
Era verdade. Fabrício e Vinícius já tinham terminado a faculdade há um tempo, estava na hora deles voltarem a estudar. Nunca era bom ficar parado por muito tempo.
- Acho que farei minha pós ano que vem – disse o médico. – Vou pensar direitinho.
- Demorou pra você fazer – incentivou a noiva dele.
- Pensando em fazer a minha também – o papai suspirou. – Dai-me forças, Deus.
- E você? Não vai fazer a sua? – meu namorado questionou.
- Sim, farei sim. Quem sabe ano que vem também?
- Acho uma ótima ideia!
- Pensarei no assunto. Digow, não esquece que nós temos prova no inglês sábado.
- Ah, é! Estuda, hein? Preciso de cola.
- Folgado! Estuda você também!
- Pra quem não queria fazer inglês, né Caio? – Vinícius brincou. – Já está fazendo há um tempão!
- Já estamos chegando na metade do curso – falei.
- Aí sim!
- Vamos? – Bruno me cutucou.
- Vamos. Gente, foi bom ver vocês!
Bruno e eu nos despedimos de todos e após mais um curto período de bate-papo, fomos pro carro e voltamos pro nosso apartamento. Ele precisava mesmo estudar bastante.
Eu quase chorava de
tanta dó que eu estava sentindo do Bruno. O coitadinho estava ficando cada dia
mais cansado e isso estava partindo meu coração.
- Você quer ajuda? – eu perguntei.
- Não, amor – ele bocejou. – Eu já estou acabando. Obrigado. É melhor você estudar pra sua prova de inglês.
- Se precisar de mim promete que me chama?
- Prometo – ele bocejou de novo.
Essa foi a única época em que nós não tivemos uma vida sexual ativa todos os dias, mas eu não me importei. Em primeiro lugar os estudos do meu amor, depois a nossa relação.
Eu estudei o suficiente pra prova do sábado e acabei decorando toda a matéria e estava torcendo para o mesmo acontecer com meu namorado.
- Caio?
- Oi, anjo?
- Você pode me trazer mais um café? Por favor?
- Claro! Quer com leite ou puro?
- Puro. Bem forte, por favor.
- Eu não demoro.
- Tudo bem.
- Só quer o café? Vou trazer um lanchinho.
- Obrigado, amor.
Peguei um pedaço de bolo de aipim que a Zefinha tinha deixado pronto na quarta e levei com uma xícara de café pro meu estudante preferido. Ele se deliciou e ficou um pouco mais animado com a bebida.
- Falta muito?
- Só mais três páginas e eu termino o seminário. Depois disso eu vou dormir.
- Tem que dormir mesmo. Você está muito cansado!
- É... Mas logo essa fase passa.
E eu esperava que passasse bem rápido. Eu odiava ver meu namorado sofrendo daquele jeito. Era dhorrível.
Quando ele acabou o seminário nós fomos dormir, mas logo ele teve que acordar. Isso é que matava: dormir tarde pra acordar depois de 3 horas no máximo. Isso era muito cansativo.
- Vai com Deus – eu falei. – Vai dar tudo certo. Eu te amo.
- Eu também. Ore por mim.
- Sempre! Dirija com cuidado.
- Pode deixar.
Essa foi realmente uma fase bem difícil. Graças a Deus, Bruno estava conseguindo dar conta de tudo e estava tirando notas boas, mas mesmo assim foi muito complicado conciliar a UFRJ com o trabalho.
- Você fechou com 8, amor!!! – eu fiquei todo orgulhoso. – Parabéns!
- Louvado seja Deus! Uma disciplina a menos!
- Aos poucos você chega lá!
No meu curso de inglês as coisas estavam caminhando bem. Eu já estava até gostando das aulas.
- Quem pode traduzir essa frase que está escrita na lousa? – perguntou a Profª Júlia.
- Eu traduzo – falei.
- Então vamos lá, Caio.
- Ontem eu fui na feira e comprei uma dúzia de laranjas e uma penca de bananas.
- Muito bem, Caio!!! Parabéns!!!
- Obrigado, professora!
- Metido – Rodrigo me sacaneou.
- Cala a boca, recalcado!
Só pra piorar a situação do meu namorado, ele também estava fazendo inglês e também estava tendo provas. Ele estava realmente numa época muito difícil na vida dele.
- E aí, amor? Como foi sua prova? – perguntei.
- Bem, bem. Digow? Posso pedir um favor?
- Claro!
- Pode dirigir pra mim? Hoje eu não to me aguentando de tanto sono!
- Claro, Bruh! Eu dirijo sim, sem problema algum.
- Obrigado, cara!
Meu coração ficou dilacerado. Os olhos do meu namorado estavam praticamente irreconhecíveis, com olheiras profundas e muito vermelhos.
- Vem – eu puxei ele pro meu colo. – Dorme um pouco, amor.
- Não vou recusar não. Quando chegarmos em casa você me acorda, por favor.
- Pode deixar que eu acordo sim.
Essas eram as oportunidades que ele tinha pra descansar um pouco. Era por esses e outros motivos que meu coração ficava partido ao meio... Ele estava ficando cansadinho demais, coitado. Mas ia passar.
E passou. Quando ele chegou chorando da faculdade, dizendo que finalmente estava de férias, eu fiquei pra lá de radiante.
- FINALMENTE, AMOR – agarrei o Bruno e girei o corpo dele no ar. – FINALMENTE!
- Nem me fala, nem me fala – ele chorava feito louco. – Deu certo... Deu certo!!!
- Eu disse que ia dar tudo certo, não disse?
- Nem acredito, amor! Nem acredito!
A gente trocou um beijo apaixonado. Daquele dia em diante seria só felicidade, afinal ele ia ficar 2 meses de férias dos estudos. Esse seria o tempo ideal para a gente aproveitar a nossa vida ao máximo.
- Você quer ajuda? – eu perguntei.
- Não, amor – ele bocejou. – Eu já estou acabando. Obrigado. É melhor você estudar pra sua prova de inglês.
- Se precisar de mim promete que me chama?
- Prometo – ele bocejou de novo.
Essa foi a única época em que nós não tivemos uma vida sexual ativa todos os dias, mas eu não me importei. Em primeiro lugar os estudos do meu amor, depois a nossa relação.
Eu estudei o suficiente pra prova do sábado e acabei decorando toda a matéria e estava torcendo para o mesmo acontecer com meu namorado.
- Caio?
- Oi, anjo?
- Você pode me trazer mais um café? Por favor?
- Claro! Quer com leite ou puro?
- Puro. Bem forte, por favor.
- Eu não demoro.
- Tudo bem.
- Só quer o café? Vou trazer um lanchinho.
- Obrigado, amor.
Peguei um pedaço de bolo de aipim que a Zefinha tinha deixado pronto na quarta e levei com uma xícara de café pro meu estudante preferido. Ele se deliciou e ficou um pouco mais animado com a bebida.
- Falta muito?
- Só mais três páginas e eu termino o seminário. Depois disso eu vou dormir.
- Tem que dormir mesmo. Você está muito cansado!
- É... Mas logo essa fase passa.
E eu esperava que passasse bem rápido. Eu odiava ver meu namorado sofrendo daquele jeito. Era dhorrível.
Quando ele acabou o seminário nós fomos dormir, mas logo ele teve que acordar. Isso é que matava: dormir tarde pra acordar depois de 3 horas no máximo. Isso era muito cansativo.
- Vai com Deus – eu falei. – Vai dar tudo certo. Eu te amo.
- Eu também. Ore por mim.
- Sempre! Dirija com cuidado.
- Pode deixar.
Essa foi realmente uma fase bem difícil. Graças a Deus, Bruno estava conseguindo dar conta de tudo e estava tirando notas boas, mas mesmo assim foi muito complicado conciliar a UFRJ com o trabalho.
- Você fechou com 8, amor!!! – eu fiquei todo orgulhoso. – Parabéns!
- Louvado seja Deus! Uma disciplina a menos!
- Aos poucos você chega lá!
No meu curso de inglês as coisas estavam caminhando bem. Eu já estava até gostando das aulas.
- Quem pode traduzir essa frase que está escrita na lousa? – perguntou a Profª Júlia.
- Eu traduzo – falei.
- Então vamos lá, Caio.
- Ontem eu fui na feira e comprei uma dúzia de laranjas e uma penca de bananas.
- Muito bem, Caio!!! Parabéns!!!
- Obrigado, professora!
- Metido – Rodrigo me sacaneou.
- Cala a boca, recalcado!
Só pra piorar a situação do meu namorado, ele também estava fazendo inglês e também estava tendo provas. Ele estava realmente numa época muito difícil na vida dele.
- E aí, amor? Como foi sua prova? – perguntei.
- Bem, bem. Digow? Posso pedir um favor?
- Claro!
- Pode dirigir pra mim? Hoje eu não to me aguentando de tanto sono!
- Claro, Bruh! Eu dirijo sim, sem problema algum.
- Obrigado, cara!
Meu coração ficou dilacerado. Os olhos do meu namorado estavam praticamente irreconhecíveis, com olheiras profundas e muito vermelhos.
- Vem – eu puxei ele pro meu colo. – Dorme um pouco, amor.
- Não vou recusar não. Quando chegarmos em casa você me acorda, por favor.
- Pode deixar que eu acordo sim.
Essas eram as oportunidades que ele tinha pra descansar um pouco. Era por esses e outros motivos que meu coração ficava partido ao meio... Ele estava ficando cansadinho demais, coitado. Mas ia passar.
E passou. Quando ele chegou chorando da faculdade, dizendo que finalmente estava de férias, eu fiquei pra lá de radiante.
- FINALMENTE, AMOR – agarrei o Bruno e girei o corpo dele no ar. – FINALMENTE!
- Nem me fala, nem me fala – ele chorava feito louco. – Deu certo... Deu certo!!!
- Eu disse que ia dar tudo certo, não disse?
- Nem acredito, amor! Nem acredito!
A gente trocou um beijo apaixonado. Daquele dia em diante seria só felicidade, afinal ele ia ficar 2 meses de férias dos estudos. Esse seria o tempo ideal para a gente aproveitar a nossa vida ao máximo.
A PÓS-GRADUAÇÃO DO RODRIGO...
Eu estava ansioso
pro meu amigo enfim se livrar da pós-graduação. Este seria mais um momento
marcante na vida dele e eu me sentia honrado por estar presente. Os pais dele
também estavam na cidade.
- Você sempre me promete uma visita e nunca vai me visitar – Dona Inês reclamou.
- Irei agora nas férias, Dona Inês. Juro por Deus. Vou aproveitar a ida do Rodrigo e vou com ele.
- Promete?
- Sim, prometo!
- Olha que eu vou cobrar, hein?
- Pode cobrar, é sério!
- Então tá bom!
Deu tudo mais que certo na pós do meu irmão. Ele fez todos os trâmites da forma mais perfeita possível e quando ele foi ao nosso encontro, já pós-graduado, foi impossível controlar a emoção.
- Calma, mãe! Pelo amor de Deus precisa chorar desse jeito?
- É... Muita emoção!!!
Eu também chorei. Que orgulho que eu estava sentindo daquele garoto! Ele não tinha noção do quão orgulhoso eu estava dele. Muito mesmo!
- Parabéns, meu irmãozinho mais lindo de todo o universo – o abracei.
- Obrigado, Cacs! Deu certo, graças a Deus. Subi um degrau a mais na minha vida...
- É! E eu me sinto honrado por estar presente nesta data! Obrigado por me convidar.
- Você não ia ficar de fora! Obrigado por estar aqui!
- Não perderia isso por nada. Agora, eu quero aproveitar que você e o Bruno estão aqui... Para contar uma novidade!
- Novidade? – eles falaram ao mesmo tempo. – Que novidade?
- Ganhei na loteria. Não, brincadeira.
- EI! Não brinca com isso não – Bruno ficou bravo. – Eu já ia enfartar aqui.
- Ele já ganhou uma vez – Rodrigo riu abobalhado.
- Ah, é? – Bruno arregalou os olhos. – Como eu não sei disso?
- Sabe sim! Eu já te contei que ganhei R$ 2,50 na Lotofácil.
- Ah, é!!! Eu já tinha até me esquecido. É que o valor é tão grande, sabe?
- Pois é, mas a novidade não é essa!
- E o que é então, criatura? – Rodrigo suspirou.
- Ano que vem – foi a minha vez de suspirar. – Serei eu que estarei aqui.
- Hã? Como assim, amor?
- Eu vou fazer a minha pós, Bruno e Rodrigo. Ano que vem eu vou fazer a minha pós-graduação!!!

- Você sempre me promete uma visita e nunca vai me visitar – Dona Inês reclamou.
- Irei agora nas férias, Dona Inês. Juro por Deus. Vou aproveitar a ida do Rodrigo e vou com ele.
- Promete?
- Sim, prometo!
- Olha que eu vou cobrar, hein?
- Pode cobrar, é sério!
- Então tá bom!
Deu tudo mais que certo na pós do meu irmão. Ele fez todos os trâmites da forma mais perfeita possível e quando ele foi ao nosso encontro, já pós-graduado, foi impossível controlar a emoção.
- Calma, mãe! Pelo amor de Deus precisa chorar desse jeito?
- É... Muita emoção!!!
Eu também chorei. Que orgulho que eu estava sentindo daquele garoto! Ele não tinha noção do quão orgulhoso eu estava dele. Muito mesmo!
- Parabéns, meu irmãozinho mais lindo de todo o universo – o abracei.
- Obrigado, Cacs! Deu certo, graças a Deus. Subi um degrau a mais na minha vida...
- É! E eu me sinto honrado por estar presente nesta data! Obrigado por me convidar.
- Você não ia ficar de fora! Obrigado por estar aqui!
- Não perderia isso por nada. Agora, eu quero aproveitar que você e o Bruno estão aqui... Para contar uma novidade!
- Novidade? – eles falaram ao mesmo tempo. – Que novidade?
- Ganhei na loteria. Não, brincadeira.
- EI! Não brinca com isso não – Bruno ficou bravo. – Eu já ia enfartar aqui.
- Ele já ganhou uma vez – Rodrigo riu abobalhado.
- Ah, é? – Bruno arregalou os olhos. – Como eu não sei disso?
- Sabe sim! Eu já te contei que ganhei R$ 2,50 na Lotofácil.
- Ah, é!!! Eu já tinha até me esquecido. É que o valor é tão grande, sabe?
- Pois é, mas a novidade não é essa!
- E o que é então, criatura? – Rodrigo suspirou.
- Ano que vem – foi a minha vez de suspirar. – Serei eu que estarei aqui.
- Hã? Como assim, amor?
- Eu vou fazer a minha pós, Bruno e Rodrigo. Ano que vem eu vou fazer a minha pós-graduação!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário