sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Capítulo 9



E

sperava por tudo, menos por aquele beijo.
Obviamente que eu fiquei assustado e sem reação. O meu coração disparou e eu fiquei completamente sem ar. Em nenhum momento eu correspondi ao beijo e acho que isso deixou o Murilo irritado:

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- Faz alguma coisa, pô – ele me fitou com a cara feia.
- Eu... Estou... Assustado...
- Assustado? – ele sorriu. – Eu sou tão feio assim?
- Não é isso, menino... Eu não esperava por esse beijo...
- Não gostou?
- Não é isso – engoli em seco. – Eu só fui pego de surpresa, só isso.
- Então relaxa e faz alguma coisa, caralho – ele acariciou a minha nuca.
- O... Que quer que eu faça?
- Você ainda pergunta?
- A gente não ia tomar sorvete? – tentei me soltar, mas ele me prendeu ao seu corpo.
- Não. Agora não.
Outro beijo aconteceu e dessa vez eu fiquei menos tenso e consegui corresponder.
O hálito refrescante do Murilo me deixou um pouco menos resistente e do meio pro fim eu comecei a curtir o que estava acontecendo.

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O novinho começou a tirar a minha camiseta e eu achei que ele estava indo com  muita sede ao pote, mas quem disse que eu consegui freá-lo? Murilo não desistiu enquanto não tirou a minha camiseta.
- Como você é gostoso, hein? – ele passou os olhos pelo meu corpo.
- Valeu – fiquei muito sem graça.
O moleque também tirou a camiseta e voltou a me beijar. Eu queria entender porquê ele estava tão voraz daquele jeito. A gente nem se conhecia direito...
- Calma, Murilo – eu o empurrei. – Você está indo com muita sede ao pote.
- Qual o problema? Vai dizer que você não quer? Eu sei que quer...
- Mas não é assim que as coisas funcionam – eu me afastei. – Eu nem te conheço direito!
- Mas eu tô com vontade, caralho – ele me puxou de novo.
- E o que eu tenho com isso? Eu nem te conheço direito, moleque...
- Nós já nos conhecemos, pô!
- É, mas não o suficiente pra isso acontecer.
- Qual o problema? Vai dizer que você só fica com um cara depois de um ano?
- Não é assim também. Eu só quero dizer que não sei se esse é o momento. E tem mais: como você sabe que eu curto?
- Ah, tá na cara, né? Eu vi você me olhando várias vezes quando veio aqui na casa do meu vizinho. Desde então eu to com vontade de ficar com você e sei que você também está querendo ficar comigo, então não se faça de difícil...
Fiquei sem graça, muito sem graça. Eu tinha que aprender a disfarçar um pouco melhor os meus olhares. Murilo me puxou de novo e voltou a me beijar e à partir desse beijo eu deixei as coisas acontecerem naturalmente.
Ele me levou até a cama de solteiro, deitou por cima de mim e continuou me beijando com muita maestria.

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Em pouco tempo eu fiquei excitado, mas não foi uma excitação como a que eu tive com o Rodrigo. Foi algo muito mais singelo.
Nosso beijo demorou muito tempo e do meio pro fim a imagem do Bruno invadiu a minha cabeça.
Fazia tanto tempo que eu não sentia um beijo do Bruno, tanto tempo... Como o beijo dele me fazia falta...
Eu não podia pensar no Bruno. Não podia! Tentei mudar o foco dos meus pensamentos e tentei pensar somente no que estava acontecendo, mas foi um pouco complicado.
Será possível que até na hora de ficar com alguém ele ia tomar conta dos meus pensamentos? O que eu teria que fazer pra parar de pensar no Bruno? O quê?!
Murilo afastou o quadril do meu e desabotoou a bermuda jeans que estava usando. Eu prendi a minha respiração, ele estava mesmo indo com muita sede ao pote.
Não tardou para o garoto ficar só de cueca e isso me travou totalmente. Como ele era rápido!
Destravei e deixei novamente as coisas acontecerem. O carinha me colocou por cima do corpo dele e eu entendi que eu deveria fazer alguma coisa diferente.
Foi difícil, mas eu fiz. Beijei o pescoço e coloquei a mão por cima da cueca. Se decepção matasse, eu teria morrido. Como o pau dele era pequeno! Mas o que eu poderia esperar de um garoto de 16 anos???? Ele ainda estava “em fase de crescimento” e com certeza o negócio ainda ia crescer um pouquinho. Ou será que não?

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Fiquei pensando nisso. Até qual idade o pênis deveria crescer? Eu ia pesquisar isso na internet. Será que o meu ainda ia aumentar de tamanho?
No exato momento que eu ia abaixar a cueca do moleque pra começar a bater uma pra ele, ouvi um barulho vindo de fora do quarto e isso me fez parar tudo o que eu estava fazendo de imediato.


- Alguém chegou – ele falou e me empurrou de leve para trás.
- E agora? – fiquei com medo.
- Coloca a camiseta e vamos jogar vídeo-game!
Murilo pulou da cama, colocou a bermuda e a camiseta e muito rapidamente ligou a televisão e o vídeo-game. Em seguida o menino destrancou a porta e sentou no chão, em frente da televisão.

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- Senta aqui.
Obedeci e fiquei apreensivo. Quem será que havia chegado?
- Murilo? Cadê você, filho? – era uma voz feminina.
- Aqui, mãe – ele respondeu.
- Por que você não foi na... – quando a mulher abriu a porta do quarto e me viu, ficou totalmente sem graça. – Ah, você está com visitas...
- Esse é o Caio, mãe – Murilo olhou pra mulher. – Um amigo que fiz na praia.
- Ah... Tudo bom, Caio?
- Tudo sim e a senhora? – queria ter sumido naquele momento.
- Bem, obrigada. Fique à vontade, viu? Filho, por que não foi na casa da sua tia?
- Porque eu chamei o Caio pra vir aqui, ué.
- Ah, entendi! Bom então depois a gente conversa. Sua avó quer te ver, viu?
- Depois eu vou lá na casa dela.
- Tudo bem, querido. Qualquer coisa eu estou na cozinha.
- Beleza, mãe.
Assim que ela saiu eu falei com o Murilo:
- Eu vou embora – já me coloquei de pé.
- Por quê?
- Porque eu to morrendo de vergonha! Não deveria ter entrado aqui na sua casa!
- Relaxa, porra. Daqui a pouco ela sai de novo e a gente continua...
- Não mesmo. Eu vou embora, isso sim. Por favor, me acompanha até o portão!
- Mas, Caio...
- Vamos logo, Murilo – eu estava decidido. – Não quero mais ficar aqui.
- Pô, como você é grilado, cara... – ele bufou.
- Só não quero mais passar por esse constrangimento. A sua mãe nem sabia que eu estou aqui na sua casa, que mico!
- Depois eu falo com ela, relaxa!
- Vamos embora, é sério. Se quiser a gente pode até tomar o tal do sorvete, eu só não quero mais ficar aqui.
- Pô, que grilado... Mas beleza. Então vamos, fazer o quê.
Suspirei aliviado. Murilo desligou tudo o que tinha ligado e em seguida nós saímos do quarto. Eu nem percebi que ele tinha arrumado o lençol da cama.
- “Manhê”? – ele chamou a mulher. – Vou tomar um sorvete, tá?
- Tá bom, filho! Passa na sua avó, hein?
- Pode deixar. Já volto!!!

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Que alívio que eu senti quando coloquei os meus pés na rua. Há muito eu não passava por um constrangimento daquele.
- A sorveteria fica perto da praia – ele fechou o portão. – Eu posso só dar um pulinho na casa da minha avó? É rapidinho...
- Ela mora por aqui? – perguntei.
- Sim, ela mora ali na frente. Você me espera?
- Espero sim, claro!
- Quer vir comigo? É só atravessar a rua...
Fiquei receoso. E se eu encontrasse o Bruno ou o Vítor? E se a gente se visse novamente?
- Hã... Tá...
Aceitei porque se eu ficasse parado ali poderia encontrá-los do mesmo jeito. Murilo e eu atravessamos a rua e para a minha total e absoluta surpresa, ele foi direto pra casa da Dona Terezinha, a avó do Bruno.
- A sua avó mora aqui????????????? – eu fiquei pasmo.
- Mora, por quê?
- Mas essa é a... – eu arregalei os olhos e fiquei sem entender nada.
- Essa é o quê? – ele me encarou.
- Essa é a casa da avó do... Bruno... – eu falei baixinho.
- Ah... O Bruno é meu primo. Você o conhece, é?


Um comentário:

Anônimo disse...

Que safadinho este Murilo, hein? Ele deve pensar com a cabeça de baixo. Quando o tesão rola ele tenta de todas as maneiras de conseguir sua presa. Você percebeu que ele queria algo contigo, mas julgou a inocência dele como nada demais. Ele parece mesmo um pegador. Pega geral! Homem, mulher (pelo que o Vitor falou). Me lembra meu pai falando quando era mais novo: se tiver respirando tô caindo em cima! Mas parece que você não se entregou de fato. Pensou no Rodrigo e no Bruno. Mas fazer o que. Decepção na ferramenta do moleque, mas ele era apenas adolescente. Agora, para tudo!!! É isso mesmo produção??? Murilo é primo de Bruno. O destino estava princípio contigo nesta época. Ou o mundo é pequeno ou está escrito que você é o Bruno estava destinados a terem mais envolvimento que imaginava, e neste época, o destino queria que você o ouvisse. Guardando muito para ver como será que você reagiu se entrou ou não na casa de Dona Terezinha. Todos nós estamos pretos passados na chapinha.
Agora me direciono exclusivamente ao Rafael: mano queria ter conseguido ter Conseguido postar minha mensagem logo no primeirondia da volta para ti mano. Você está se superando a cada com tanta criatividade que você tem é se empenha pra deixar o blog diferente a cada dia que entramos. Eu nem sei dizer de quais layout e conjunto de fotos que você selecionadores é meu favorito. Acho que ao todos!!! Você foi a Escolha Perfeita para condizir este blog, e estou feliz que os causa do Caiô, eu ter te conhecido. Você sabe que somos irmãos de alma, e ti é uma pessoa ímpar. Beijos do seu irmão.
Dann Oliver