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- Desistiu? – o cara perguntou.
- Na boa, não vai rolar não – hesitei e dei um passo para o lado direito.
- Por que? – mesmo no escuro consegui ver a desaprovação na face daquele homem.
- Porque não! Boa sorte!
E dizendo isso eu comecei a subir as escadas, mas ele me puxou pela cintura, me prendeu com os braços e me deu um beijo extremamente delicioso, que quase me fez cair em tentação.
- Dá uma chupadinha, vai?
Lembrei do Bruno na hora. Lembrei da hipótese dele ter HIV e lembrei também de todo o sofrimento que tive só de pensar em ser soropositivo.
- Nâo, obrigado! Boa sorte.
- Por que você não quer? – ele colocou a minha mão em cima do pau.
- Porque não – só o que fiz foi acariciar o membro, nada mais.
- Tem certeza?
Conforme eu ia e vinha com a mão, o negócio foi ficando ainda mais duro.
- Tenho sim. Boa sorte – falei de novo.
- Que pena – ele pareceu decepcionado.
- Até mais!
Subi as escadas de dois em dois degraus e em menos de dois minutos já estava de novo na pista de dança.
O estebelecimento começou a ficar lotado aos poucos e conforme os caras iam chegando, as possibilidades de novos ficantes ia aumentando.
Já tinha até perdido as contas de quantos drinques havia bebido, mas ainda não estava satisfeito. Por este motivo, peguei mais uma bebida, mas ao invés de caipirinha, escolhi uma vodca. Eu já estava começando a ficar bêbado.
Foi graças a essa vodca que eu me soltei de vez e comecei a dançar feito louco no meio de tantos homens.
E quando menos esperei, as coisas começaram a melhorar. Fiquei com um, dois, três, quatro, cinco caras em muito, muito pouco tempo.
Eu já nem estava mais seletivo, praticamente todos que passavam na minha frente eu pegava.
- Qual a sua idade? – um cara perguntou.
- 18 e a sua?
- 55.
Eu arregalei os olhos e me senti nojento! Não era preconceituoso com relação a idade, mas pessoas acima de 30 anos não me excitavam em nada – pelo menos naquela época.
Fiquei literalmente broxado.
- Não curte? – o velho perguntou.
- Não, desculpa!
Definitivamente ele não aparentava a idade que tinha. Eu daria no máximo 30, 35 anos para aquele senhor.
- Tranquilo! Boa sorte.
- Igualmente.
Fiquei com muita, mas muita vontade de beber mais alguma coisa, mas como já estava ficando chapado, achei melhor não abusar.
Depois de uns 5 minutos, um show de Drag Queen foi iniciado e todos pararam para assistir, porém como eu não fiquei interessado, não pensei duas vezes e voltei a subir a escada que dava acesso ao corredor onde eu fiquei anteriormente.
O ambiente estava vazio. Como eu estava me sentindo um pouco cansado, não hesitei e repousei meu corpo no sofá preto que eestava encostado na parede. Me senti relaxado imediatamente.
Só depois que o showzinho terminou foi que os marmanjos começaram a subir e o corredor ficou praticamente lotado.
Eu beijei mais uns quatro ou cinco carinhas e depois subi o último lance de degraus e percebi que alguns caras estavam se pegando na parede e é claro que eu fiquei interessado.
Enconstei ao lado de um casal e fiquei esperando algum movimento ao meu favor e depois de poucos segundos, um deles segurou na minha mão esquerda.
Eu enrosquei meus dedos aos do cara, virei o meu corpo para eles e um beijo triplo começou de imediato.
Eles eram bonitos, altos e com o corpo em dia. Não eram nada musculosos, mas não havia nada de irregular em nenhum lugar do tronco deles.
Fiquei mais do que excitado com aquela situação. Algo totalmente novo e diferente para mim. Nâo pensei que iria gostar tanto daquilo que estava acontecendo!
Um dos carinhas segurou a minha mão e colocou dentro da cueca. Eu fiquei ainda mais animado e aproveitei a oportunidade para brincar com aquela delícia que ainda estava meio mole.
Percebendo o que estava acontecendo, o outro também segurou a minha mão e imitou o que o “amigo” havia feito.
Era a primeira vez que eu segurava dois paus ao mesmo tempo. Percebi que um era maior que o outro e fiquei morrendo de vontade de experimentar os dois, mas e o receio?
E se algum deles tivesse AIDS ou outra doença sexualmente transmissível?
O que era melhor? A minha vida ou uma simples brincadeira para matar o tesão?
Entre as duas opções, é claro que eu escolhi a primeira. Por este motivo, não coloquei nada na boca e só fiquei brincando.
Enquanto eu masturbava os caras, alguém começou a me encoxar e rapidamente senti um dedo no meio de minhas nádegas.
Que putaria deliciosa! Será que era sempre daquele jeito? Eu nem tinha ido embora e já estava pensando na próxima vez que iria naquele lugar...
Sem mais nem menos a luz que iluminava aquele pequeno ambiente foi apagada e eu me vi em um breu total. À princípio fiquei muito amedrontado e não entendi o que estava acontecendo, entretanto, quando eu me liguei que se tratava de um “dark room”, me tranquilizei e deixei o negócio rolar naturalmente.
Alguém que eu não sei quem é abaixou a minha calça e cueca e ficou brincando com minha bunda. Fiquei morrendo de vergonha, mas como estava escuro eu sabia que ninguém ia me ver e fiquei mais calmo.
- Posso te chupar? – ouvi uma voz afeminada atrás da minha orelha.
- Não – eu não curti o timbre do cara.
Ele não insistiu e pareceu desaparecer de vista. Os carinhas que eu estava brincando foram embora e eu fiquei decepcionado, mas em seguida as picas foram substituídas.
Um cara aparentemente gostoso começou a me beijar e ficou roçando os nossos membros. Eu já estava ficando babado.
- Quer mamar?
- Não, valeu – decidi só ficar na pegação mesmo.
- Pena...
É claro que eu queria, mas definitivamente não estava me sentindo confortável!
Comecei a ouvir gemidos fortes e barulho de peles se tocando. Com toda certeza do mundo alguém estava fodendo perto de mim e só de ouvir aqueles gemidos de machos, fiquei duas vezes mais excitado!
- Posso te comer, pelo menos? – ele perguntou.
- Depende! Tem camisinha?
- Não!
- Então não pode.
- Eu tenho camisinha – outro cara falou. – Eu posso te comer?
Meu pau cresceu no ar. Será que eu devia?
- Não sei...
Ele me deu um beijo bom, mas como tinha gosto de cigarro, eu não segui adiante.
- Valeu, valeu – tentei me afastar, contudo o local estava cheio demais e não consegui ir muito longe.
Segurei a minha calça e tentei recuar, só que trombei com um cara com a rola muito dura.
- Desculpa.
- Não tem problema – ele falou com a voz grossa.
Me apaixonei por aquela voz deliciosa.
Um beijo começou e eu não me fiz de rogado. Segurei no pau com as duas mãos e quase não consegui me segurar na hora que ele mandou eu chupar.
- Nâo confio não, na boa...
- Relaxa, eu tenho camisinha.
- Aí melhora, hein? Qual sua idade?
Um beijo bem demorado e lento.
- 27 e você?
- 18.
- Novinho, do jeito que eu gostava.
- É?
- Sim! Seu nome?
- Edgard e o seu?
- Caio!
Outro beijo.
- Muito prazer, Caio!
- Prazer é todo meu!
Edgard segurou no meu membro com força e uma gota de esperma caiu no chão. Eu estava mesmo muito excitado!
- Tá com tesão, delícia? – ele perguntou.
- Muito!
- Vira pra mim?
- Viro.
Eu me virei, encostei meu corpo na parede e senti algo quente e molhado me invadir de uma vez só.
- Ah... – gemi e fechei meus olhos.
Eu não estava acreditando que ele estava me chupando! Ele era louco ou o quê?
A língua do Edgard brincou comigo por muito tempo e se ele continuasse aquela safadeza por mais um minuto, eu ia gozar sem nem encostar na minha vara.
- Que delícia...
- Gostou? – ele me deu um selinho.
- Muito.
- Já tinham feito isso com você?
- Não tão bem assim...
- Quer me chupar agora?
- Só se for com camisinha!
- Sem problemas.
Em menos de um minuto eu já estava ajoelhado com a piroca na boca. É claro que a sensação não foi lá muito agradável. Eu estava sentindo um gosto esquisito de plástico na boca, mas ainda assim eu não desisti e fui até o fim.
- Brinca com minhas bolas, brinca?
Eu passei meus dedos pelo meio das pernas do cara e fiquei puxando os pelos dele com as pontas dos dedos.
Quando eu ouvi um gemido de prazer, fiquei enlouquecido e coloquei tudo na minha boca.
Enquanto rolou aquele boquete, mais dois ou três caras se aproximaram e as picas ficaram na altura do meu rosto.
Senti o cheiro dos caras de longe e o meu tesão só foi aumentando, aumentando, aumentando e por pouco eu não encorporei o Bruno e comecei a me enroscar com todos.
- Vou gozar – o carinha falou e em menos de 5 segundos eu senti a ponta da camisinha ficar quente e pesada.
Ele gemeu muito gostoso e quando o pau ficou mole, eu levantei e recebi um beijo delicioso, mas muito rápido para o meu gosto.
- Valeu – ele suspirou.
- Pena que não vai rolar de novo.
- Quem sabe? Vem sempre aqui?
- Primeira vez que venho, mas gostei e com certeza virei de novo. E você? Sempre vem aqui?
- Sim! A gente se tromba.
- Falou!
Nem deu tempo dele dar as costas e eu já estava beijando outro. Esse foi mais cauteloso e não me provou muito como eu gostaria.
- Idade? – perguntou.
- 18 e você?
- 29. Não curto novinhos, boa sorte!
Fiquei frustrado, mas não tive tempo para reclamar pois em seguida mais um cara se aproximou e começou a me baijar. Eu estava gostando demais daquele dark room!
O cara me punhetou bem gostoso e eu acabei o imitando. O suor tomou conta do meu corpo, eu fiquei grudando e senti uma necessidade imensa de tomar um banho gelado.
- Vou gozar – ele falou.
Eu afastei as minhas pernas e senti o esperma escoar pelos meus dedos. Ele gemeu ao mesmo tempo que outros caras gemeram e sem mais nem menos a música parou de tocar na pista de dança.
- Que porra, já vai fechar? – alguém reclamou.
Que horas seriam? Será que o dia já havia amanhecido?
Sequei meus dedos na parede e quando eu já ia me vestir, alguém colocou a mão na minha vara e com duas estocadas fortes meu esperma começou a voar por todos os lados.
- Porra! – exclamei.
- Delícia, hein cara?
- A-aham... – senti minhas pernas tremerem.
- Como se chama?
- Caio e você? – arfei completamente sem ar.
- Juliano. Idade, Caio?
- 18 e você?
- Também! Acho que agora você poderia me ajudar também, né?
O local estava ficando vazio aos poucos. Eu segurei na pica do menino. Não era lá muito grande, mas deu para me divertir um pouco. Assim que ele gozou eu me vesti, me recompus e resolvi sair daquele lugar.
- Não vai falar mais nada? Vai embora assim do nada?
- O que quer que eu fale? Já gozamos, foi bom e acabou nisso. Até mais!
Acho que eu fui duro demais, mas o que ele queria? Um relacionamento sério? Namoro era tudo o que eu não queria naquele momento!
Quando eu ia saindo do dark room, quase levei um tombo ao escorregar no esperma que estava no chão. A quantidade era tanta que eu seria capaz de jurar que o chão deveria estar literalmente branco!
- Caraca...
Aquele lugar era bacana, porém eu fiquei com um pouco de nojo depois que cheguei na pista de dança.
Fui obrigado a ir ao banheiro para lavar as mãos e quando entrei no cubículo, me espantei com a quantidade de caras que estava se pegando próximo aos mictórios.
- Deus é mais!
Lavei as mãos rapidamente, lavei o rosto, arrumei meus cabelos, me sequei com alguns papeis e saí rapidamente antes que alguém resolvesse me bulinar.
Foi uma noite bacana. Era a primeira vez que eu tinha ido em uma balada GLS e por ser a primeira experiência, até que me dei bem.
Segundo as minhas contas, fiquei com dezessete caras diferentes. Muito puto? Talvez, mas eu tinha 18 anos de idade, estava com os hormônios à flor da pele e não medi nenhuma consequência para buscar a minha felicidade.
O Bruno tinha me feito sofrer tanto que tudo o que eu queria era esquecer do passado, viver o presente e pensar no meu futuro.
Eu estava crente que tinha que ser feliz. Não ia me importar como ia encontrar a felicidade, mas eu estava disposto a encontrá-la, fosse de um jeito, fosse de outro.
Eu merecia aquilo. Eu tinha direito àquela felicidade. Depois de tanto sofrimento, nada mais justo que eu tivesse dias melhores. Ou seria pedir demais?
Ainda mais naquelas circunstâncias. Por mais que eu falasse para todos que já não sentia mais nada pelo Bruno e que já o havia esquecido, aquilo era mentira.
Eu ainda o amava e pensava nele, embora não com tanta frequência como antes.
Sair de casa, curtir a vida, aproveitar a minha adolescência e juventude, era o mínimo que eu podia fazer para tentar me desvencilhar daquele cafajeste! E era exatamente aquilo que eu ia fazer!
Quando coloquei os pés na calçada da rua, fiquei aliviado em respirar o ar puro da madrugada. Estava me sentindo leve, renovado. Ter entrado naquela boate me fez muito bem mesmo!
Percebi que o cadarço do meu tênis direito estava desamarrado e fui obrigado a agachar para amarrá-lo e quando o fiz, acabei sendo atropelado por uma pessoa desatenta, que quase caiu no chão com o impacto de nossos corpos.
- Desculpa – ouvi uma voz desesperada soar perto de mim.
- Tudo bem, você está bem?
- Sim, estou ótimo. Desculpa mesmo, eu sou
distraído...
Quando eu levantei a minha cabeça e os nossos olhos se encontraram, meu queixo caiu, minhas mãos começaram a suar e o meu coração disparou. Não era possível que ele estivesse ali na minha frente...
- Léo? – falei depois de um segundo.
- Caio? – ele fez a mesma expressão de surpresa que eu.
Os nossos olhos não se desgrudaram. Eu não sabia o que fazer, não sabia o que falar, não sabia como reagir!
- O que você está fazendo aqui? – nós dois falamos ao mesmo tempo e ficamos um olhando para a cara do outro, sem desviar os olhos um segundo sequer
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