terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Capítulo 68

S
e eu não estivesse a menos de 1 metro de distância, teria saído correndo para abraçá-lo, mas isso não foi necessário.








- Víctor!!!
- Tudo bom? – ele deu risada.
A gente se abraçou e eu caí na gargalhada. Fazia tanto tempo que eu não via o meu melhor amigo que eu realmente custei a acreditar que era ele que estava ali.
- Não acredito que você está aqui, mano!
- Pois é, eu disse que viria – Víctor deu risada e suspirou em seguida. – Como você está?
- Ótimo e você? Não creio que você está aqui em casa. É bom demais pra ser verdade.
- Eu disse que qualquer hora ia aparecer. Se você não acreditou o problema é seu!
- Já conheceu os meninos?
- Aham, eles já se apresentaram.
- Poderia ter dito que vinha, meu... Me pegou de surpresa mesmo...
- E como eu ia avisar? Você não tem celular, quase nunca entra na internet... Só se eu fizesse sinal de fumaça – ele riu.
- Poderia ter mandado uma carta...
- Por favor, né? Estamos em 2.007, século XXI. Ninguém mais manda carta nesse país.
- Ele tem razão, Caio – Fabrício opinou.
- Beleza, mas nas atuais circunstâncias, você tinha que ter pensado nisso, idiota.
- Nossa, olha como ele fala com o cara... – Éverton se meteu.
- Ele é meu melhor amigo, Éverton. Já está acostumado.
- Isso porque ele não me vê há mais de um ano, hein? Imagina quando ele me via todos os dias?
- Pensei que eu fosse seu melhor amigo, Caio – Rodrigo bufou pela segunda vez.





- Você também é, seu ciumento. A diferença é que ele é o de Sampa e você o do Rio!
- Hum...
- Na boa, o papo está ótimo, mas eu vou nessa. Vou aproveitar meu domingão na praia – disse Maicon. – Um prazer te conhecer, Víctor. Seja bem-vindo ao Rio de Janeiro.
- Muito obrigado.
- Caio, vai dizer onde você estava ou está difícil? – perguntou Vinícius.
- Fui pra noite, esqueceu?
- Mas precisava chegar as 10 da manhã? Que eu saiba a boate fecha às 6 no máximo!
- E desde quando você se preocupa comigo, Vini?
- Desde o momento em que você é o mais novo de nós e eu sou um dos mais velhos. Já pensou se acontece alguma coisa? A gente é que ia assumir a responsabilidade...
- Não esqueça que eu sou maior de idade – lembrei. Por mais que não parecesse, eu já tinha 18 anos há um tempinho.
- Mas mesmo assim...
- Depois eu conto o que fiz há pouco. Agora, a única coisa que eu quero é dormir um pouco.
Ele me fuzilou com os olhos e ficou com a cara fechada. Será que ele era burro e não tinha entendido que eu havia esticado a noitada com alguém?
- Que horas você chegou, Víctor?
- No Rio?
- Não, em Londres! É claro que é no Rio, palhaço!
- Às 5 da manhã. Quase me perdi para chegar até aqui.
- Já dormiu?
- Não. Confesso que estou exausto.
- Pô e onde você vai ficar? – eu perguntei.
- Como assim onde eu vou ficar? Aqui, né? Não posso? – a fisionomia dele ficou preocupada.
- Poder até pode, o duro é que não tem lugar...
- Putz! E agora? Onde tem um hotel por aqui?
- Caio, a gente dá um jeito dele ficar aqui sim – disse Fabrício. – Relaxa, Víctor, você é o nosso convidado.
- Sério? Sério mesmo?
- Sério sim. Onde cabem 6, cabem 7. E você veio para morar?
- Não. Deus me livre de morar nessa cidade violenta. Só vou passar uma semana!
- Então pronto. Se for só por 7 dias nós daremos um jeito. Se importa de dormir no sofá?
- Não. Claro que não...
- Tem certeza? – eu não queria que ele ficasse desconfortável.
- Sim, Caio. Tenho certeza sim. Só se você não quiser a minha presença aqui...
- Cala a boca, meu... Claro que eu quero...
- Pode se instalar então, Víctor! – Fabrício levantou do sofá, se espreguiçou e andou até a porta da sala. – E fica à vontade.
- Valeu, irmão. Vocês são muito bacanas. Obrigado mesmo!
- Disponha.
- Vem, criatura... Vamos pro meu quarto para a gente colocar o papo em dia...
- Vamos sim. Com licença, rapaziada.
Nenhum dos 3 abriu a boca para falar nada. O que parecia mais irritado era o Rodrigo. Será que estava mesmo sentindo ciúmes de mim?
- Acho que o seu amigo está com ciúmes de você – ele falou quando a gente entrou no quarto.
- Acho que não. Deve ser outra coisa. Nem esquenta. Meu, não creio que você veio!
- Eu também não. Ainda bem que meus pais deixaram, viu?
- Já avisou que chegou?
- Já, avisei sim.
- E eles? Como estão? E sua avó?
- Todos muito bem, graças a Deus.




- Senta aí. Essa é a cama do Fabrício. Ou melhor, deita aqui na minha que eu fico na dele. Vai que ele não gosta...
- É melhor mesmo, não quero arranjar encrenca com ninguém. Fabrício é aquele que disse que eu posso ficar?
- Aham. Já se interessou, né?
- Imagina, coisa pouca! Meu filho, tu mora em um harém de macho bonito... Que é isso, meu Deus? Um mais gato que o outro...
Eu caí na risada e tirei minha camiseta. Estava precisando de outro banho. Um banho de verdade.
- Pois é, eu dei muita sorte mesmo. Você já tomou banho? Já comeu?
- Não...
- Pode fazer tudo isso, viu? Mas primeiro eu. Estou morto!
- E onde você estava? Posso saber?
- Você pode! Eu fui em uma boate GLS lá em Copacabana e estiquei a noite com dois bofes.
- COM DOIS?!
- Isso, fala um pouco mais alto para eles ouvirem...
- Mentira, bicha? Sério mesmo?
- Já te conto tudo com detalhes, aguenta aí que já volto.
- Pelo amor de Deus, não demora que eu quero saber de tudo nos mínimos detalhes!
- Já volto.




Quando eu passei pela sala, notei que os três que sobraram estavam assistindo uma partida de vôlei de praia pela televisão.
- Não vai mesmo falar onde estava? – Vinícius insistiu.
- Ai, Vini... É só você juntar 2 + 2, porra. Que inferno.
- Só me preocupei, só isso. Da próxima vez não vou querer nem saber se você demorar e acontecer alguma coisa. O problema vai ser seu!
- Obrigado pela preocupação, de verdade. Estou são e salvo sem nenhum arranhão.
- Caio, esse tal de Víctor só vai ficar uma semana mesmo, né? – Rodrigo perguntou.
- Não sei, parceiro. Ainda não tive oportunidade de conversar com ele sobre isso, mas não se preocupe que ele não vai roubar seu posto no meu coração – eu brinquei.
- Que viadagem, moleque – o Éverton deu risada.
Mal sabia ele que eu era gay mesmo. Os meninos nem deram bola.
- Qualquer coisa eu aviso, beleza? Agora vou tomar um banho e deitar. Bom dia!






Acho que foi o banho mais rápido da história. Eu terminei tudo em menos de 5 minutos. Por mais que estivesse precisando relaxar embaixo do chuveiro, a vontade de conversar com o meu amigo era muito, muito maior.
- Já? – ele se espantou. – Que banho foi esse?
- Só joguei uma água para tirar o suor. Pode tomar o seu se quiser.
- Ah, eu vou sim. Estou muito suado. Aqui faz muito calor...
- O quê?! Hoje está frio! Não viu isso aqui no verão. 40º C...
- Deus é mais! É pedir para morrer cozido.
- A gente acostuma. Pode ter certeza.
- Você fala isso porque está aqui há quase 2 anos, mas eu não sei se acostumaria não. Onde é o banheiro?
- Final do corredor, junto com a lavanderia. Pode deixar sua roupa suja dentro do tanque mesmo.
- Beleza, valeu. Já volto.
Ele demorou mais do que eu e quando voltou, eu já tinha preparado um café da manhã para ele forrar o estômago, já que o almoço ainda não havia ficado pronto.
- Poxa, muito obrigado. Estou mesmo morrendo de fome...
- Imagino. Veio de ônibus ou de avião?
- Busão, é claro. Peguei o das 11 horas como você.
- Hum... Entendi. E aí, o que está achando do Rio de Janeiro?
- Uma merda. Não vi nenhuma praia pelo caminho. Isso porque dizem que isso daqui é lindo... Lindo sou eu, isso aqui é uma merda!
- Cala a boca, idiota – eu dei risada. – Você nem sabe o que está falando. Aliás, como foi que o senhor chegou aqui?
- Ah, meu filho, quem tem boca vai à Roma. Cheguei na rodoviária e perguntei para uma tiazinha onde morava meu amigo Caio e ela me explicou como fazia para chegar até aqui.
- Como você é idiota – eu dei risada. – Estou falando sério...
- Simples: peguei seu endereço pela carta que você me mandou, perguntei qual ônibus passava nesse tal de “Cacete” e aqui estou eu. Aliás, onde no mundo existe uma cidade que tem um bairro chamado “Cacete”? Só aqui nesse fim de mundo mesmo, né?
Eu chorei de dar risada. Ele estava se fazendo de louco, só podia!


- Não é “Cacete”, é Catete!
- Ah, é? Era bom demais pra ser verdade.
- Idiota! Que ônibus você pegou para chegar aqui?
- Um tal de 133. Parei lá no “Largo do Martelo” e fiquei perdidinho da Silva Xavier.
- Largo do Machado – eu o corrigi e sequei uma lágrima que escorreu.
- Martelo, Enxada, Machado é tudo a mesma coisa. O importante é que eu cheguei.
- Não se perdeu não?
- Menina, fiquei todo perdido! Eu andei pra cima, andei pra baixo e não sabia como chegar aqui. Acho que perguntei para umas duzentas pessoas como fazia para achar a sua rua.
- Como é exagerado esse viado...
- Olha! Olha o respeito, hein?
- Respeito por você? Nunca.
- Quebro a sua cara. Me conta, amigo – ele parou as “boiolagens” e começou a falar sério. – Que história é essa que você pegou dois? É verdade mesmo?
- Opa, é verdade sim. Pela primeira vez eu fiquei com dois ao mesmo tempo.
- Mas só beijou, né?
- Que nada! Fui pra cama mesmo. Me diverti horrores, cara...
- Pode me contar tintim por tintim.
E eu contei tudo nos mínimos detalhes. Enquanto eu fui falando, ele não pestanejou e só abriu e fechou a boca de incredulidade.
- Nossa, Caio! Você virou uma puta!
- Ah, Víctor, eu já sofri demais por causa do Bruno. Agora eu quero é curtir a minha vida sem limites.
- Por falar em Bruno, por que você não me explica esse romance doido agora? Eu não entendi nada até agora. Você só falava por cima pelo MSN!!!
- Isso é uma longa história que eu prefiro contar outra hora. Agora eu queria dormir porque estou literalmente capegando de sono...
- Confesso que eu também não estou me aguentando mais acordado.
- Então vamos dormir e depois eu te explico tudo sobre esse verme que é meu ex-namorado.
- Namorado mesmo? Chegaram a namorar firme?
- Infelizmente sim. Melhor teria sido se eu nunca o tivesse conhecido, mas...
- Quero entender tudo. E eu também tenho altos bafões pra te contar.
- Sobre quem?
- O pessoal da escola. Depois eu falo. Quero dormir. Posso dormir aqui mesmo?
- Claro. Essa é a minha cama, pode ficar à vontade.
- Valeu, você é muito gentil.
- Eu estava com muita saudade de você, patife...
- Eu também, chato. É muito bom rever você


.



Eu acordei com a minha barriga grudada nas costas de tanta fome. Acho que o que me fez despertar, foi o cheiro de comida que estava vindo da cozinha.
Mesmo ainda sentindo muito sono, levantei, calcei meus chinelos e fui ver quem estava se aventurando na frente do fogão e quase caí para trás quando me dei conta que era o Éverton que estava cozinhando.
- Você? Cozinhando? Acho que estou sonhando!
- É a mais pura realidade. Sou quase um “mestre-cuca”.
- Até parece. E o que você está aprontando?
- Fazendo uma lasanha. Quer?
- Você ainda pergunta? Vai ficar boa?
- Tudo o que eu faço fica bom, Caio.
- Ah, sei. A modéstia parou e ficou aí, né?
- Para que eu vou mentir?
- Uhum – nem dei ibope para o que ele estava falando. – Cadê os meninos?
- Fabrício e Maicon ainda não voltaram, Rodrigo está estudando e o Vini foi para a casa da namorada.
- Que namorada?
- Não está sabendo que ele está namorando?
- Não! Ninguém me falou nada...
- Você precisa interagir mais com seus colegas, Caio – ele deu risada. – Brincadeira. Acho que ele ainda não teve oportunidade de te contar.
Fiquei muito decepcionado e com um pouquinho de ciúmes. Tudo bem que o Vinícius e eu nunca tivemos um relacionamento nem nada, mas só pelo fato dele ter encontrado uma namorada, eu fiquei me sentindo enciumado.
- Hum... Melhor, sobra mais lasanha pra mim,
- Seu amigo? Onde está?
- Dormindo.
- Onde?
- Na minha cama. Por quê?
- Na sua cama? E vocês estavam dormindo juntos?
- Não. Eu dormi na cama do Fabrício.
- Ah! Pensei que vocês tinham dormindo na mesma cama, abraçadinhos.
O que será que ele queria dizer com aquela frase? Será que estava me testando?
- Não vou nem te responder.
Eu encostei a cabeça na mesa da cozinha, fechei os olhos e de repende uma música muito alta começou a tocar perto dos meus ouvidos, fazendo com que eu desse um pulo de susto na cadeira.
- Quer abaixar o volume dessa merda?!
- Calma, não há necessidade de ficar assustado. – Éverton sorriu e pegou o aparelho que estava perto de mim. – Oi, pai.
Enquanto ele estava falando no celular, eu fui até o banheiro, fiz xixi, lavei meu rosto e escovei os dentes. Quando voltei ele ainda estava pendurado naquele aparelho minúsculo.
- Então tá bom, pai. O Éverton está bem? – pausa. Quem seria o xará do garoto? – E ele está aí? Posso falar com ele?
Será que era algum parente?
- Oi, filho. Tudo bem?
Eu arregalei os olhos e fiquei boquiaberto. Filho? Foi aquilo mesmo que eu ouvi? Ele tinha um filho???
Éverton ficou conversando por mais ou menos 5 minutos, se despediu e desligou. Eu não consegui conter a minha curiosidade e fui logo ao assunto:
- Desculpa se eu estou sendo curioso demais, mas você tem um filho? É isso mesmo?
- Uhum. Tenho sim e é o meu maior orgulho.
- Mentira, Éverton? Quantos anos você tem?
- 23.
- E já é papai? Incrível. Qual a idade dele?
- 9.
- O QUÊ?!
- Eu sei – ele deu risada alegremente. – Todo mundo tem essa reação. Já estou até acostumado.
- Puta que pariu, isso é mentira? Ele é seu irmão, né?
- Não, Caio. Eu não estou mentindo. É meu filho sim.
- Menino... Começou cedíssimo, hein?
- Opa! Comecei e mater com 12, filhão.
- Caraca – fiquei me sentindo péssimo. Eu só tinha perdido minha virgindade com 17 e ele com 23 já tinha um filho de 9 anos...
- Fui pai aos 14 anos de idade. Loucura, né?
- Loucura? Isso é fim de mundo. Você não tinha nem pelo no saco direito e já estava fazendo filho...
- Pelo no saco eu tive com 11, moleque – ele brincou. – Não exagera!
- Modo de falar – eu estava chocado. – Estou chocado.
- Olha aqui uma foto do meu campeão!
Ele mexeu rapidamente no aparelho celular e depois de poucos segundos me mostrou uma foto de um mini-Éverton. Além de serem xarás, pai e filho eram quase clones.
- Sua cara, hein?
- Né? Não precisa nem de DNA.
- Porra. Hoje é o dia das surpresas nessa casa.
Primeiro foi a aparição inesperada do Víctor, depois a descoberta do namoro do gostoso do Vinícius e por fim, a revelação que o nanico do Éverton tinha um filho com 9 anos de idade.
- Meu, você tem noção que você pode ser avô antes dos 30?
- Aham – ele assentiu. – Mas eu não vou ser porque meu filho é ajuizado. Não é louco que nem o pai.
- Vai nessa. Se ele puxar pra você...
- Eu já converso com ele sobre isso, Caio. Se acontecer, paciência. Mas eu duvido que aconteça.
- Já fala de sexo com ele? Não é meio cedo?
- Não. Daqui há pouco ele faz 10, o corpo vai começar a mudar... Já estou me preparando para conversar sobre mais coisas com ele. É claro que eu não ensino nada, só converso numa boa. Nada explícito ainda.
- Ah, entendi. Você parece ser um paizão, hein?
- E sou mesmo. Eu amo meu filho mais do que tudo nesse mundo. Faço tudo para ele e por ele. Se hoje eu estou aqui estudando, é para dar um futuro digno pra ele...
- Da hora! Só tem ele?
- Aham. E já está de bom tamanho. Um já é demais.
- Imagino. Parabéns então, papai. Faço votos que seja esse pai exemplar para sempre.
- Muito obrigado. Acho que a lasanha está pronta. Faz um favor? Chama o Rodrigo e seu amigo para o almoço?
- Pode deixar. Capricha aí no meu prato, hein?
- Opa! Deixa comigo.
Resolvi acordar o Víctor antes de chamar o Rodrigo. Eu cutuquei as costelas do magrelo, ele resmungou, se mexeu e disse:
- O que foi?
- Vem almoçar! O Éverton fez lasanha...
- Lasanha? Isso é sério?
- Aham.
- Vou já, só deixa eu dormir mais 2 minutinhos...
- Beleza, se não sobrar nada depois a culpa não é minha.
- Assumo o risco.
- Ótimo.
Se ele não queria levatar, a culpa não era minha. A minha parte foi feita.


Eu abri a porta do meu antigo quarto, entrei e vi meu amigo sentado na cama com um monte de livros a sua volta.
- Rodrigo?
- Errou de quarto. Você não dorme mais aqui.
- Eu sei. Só vim falar que o almoço...
- Eu sei, já senti o cheiro. É só isso?
- O que foi? Está bravo?
- Não é da sua conta. É só isso? Pode me deixar a sós, por favor?
- Nossa! O que eu te fiz?
- Não me fez nada. Sai daqui, vai trocar ideia com seu “melhor amigo” e me deixa em paz!
- Você está mesmo com ciúmes de mim, mano? – eu achei aquele gesto a coisa mais linda do mundo...
- Some daqui, Caio Monteiro! – ele me fuzilou com os olhos. – Eu não quero falar mais com você!!!


3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Oi querido amo seus contos excelente escrita... quando vai começar a escolha das capas? estou esperando... Beijão