Meu tesão era tão grande que eu não consegui me segurar e tive que
levantar e ir pro banheiro pra me masturbar.
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Por sorte não encontrei ninguém no caminho. Assim que entrei, passei a chave na
porta, abri a tampa do vaso sanitário, coloquei o pau pra fora e comecei a
trabalhar.
Quando gozei, senti um alívio imediato. Meu sono até aumentou por causa disso. Quando fiquei completamente relaxado, dei a descarga, me certifiquei se não tinha nada que me denunciasse e por fim saí.

- Já vou desligar, beleza?
- Tranquilo, parceiro – eu não estava me importando que o Rodrigo mexesse no meu notebook. Por mim ele podia ficar o tempo que quisesse.
Assim que coloquei a cabeça no travesseiro, o meu cansaço me venceu. Naquela noite, rapidamente mergulhei em um sono pesado.

Quando gozei, senti um alívio imediato. Meu sono até aumentou por causa disso. Quando fiquei completamente relaxado, dei a descarga, me certifiquei se não tinha nada que me denunciasse e por fim saí.
- Já vou desligar, beleza?
- Tranquilo, parceiro – eu não estava me importando que o Rodrigo mexesse no meu notebook. Por mim ele podia ficar o tempo que quisesse.
Assim que coloquei a cabeça no travesseiro, o meu cansaço me venceu. Naquela noite, rapidamente mergulhei em um sono pesado.
Na manhã de sexta, acordei sem maiores transtornos e não perdi a
hora. Consegui tomar café tranquilamente e sair sem pressa pra poder chegar ao
mercadinho da Dona Elvira.

- Bom dia – eu a cumprimentei.
- Bom dia, meu querido.
- Melhorou da gripe?
- Quase. Já me sinto bem melhor, obrigada. E você? Se recuperou do susto?
- Ah, sim. Nem me lembrei mais.
Não tive muito o que fazer naquela manhã, embora o movimento tivesse aumentado.

- Bom dia – eu a cumprimentei.
- Bom dia, meu querido.
- Melhorou da gripe?
- Quase. Já me sinto bem melhor, obrigada. E você? Se recuperou do susto?
- Ah, sim. Nem me lembrei mais.
Não tive muito o que fazer naquela manhã, embora o movimento tivesse aumentado.
Antes de entrar na empresa, o Rodrigo e eu resolvemos almoçar em
um bar que ficava próximo ao prédio onde nós trabalhávamos.
- Será que a comida é boa?
- Não sei – falei.
Eu escolhi rosbife com purê de batatas e ele almôndegas. Quando a comida chegou, eu me surpreendi. Era muito boa.

- Nossa! Valeu a pena – ele disse com a boca cheia. – Vou vir aqui mais vezes.
- Também gostei.
Nós almoçamos tranquilamente e quando fomos para a empresa, trombamos com quase todos os nossos amigos no elevador.

- Da onde vocês vêm? – a Tamires perguntou.
- Fomos almoçar em um bar aqui perto – Rodrigo explicou.
- Ah...
Meu gatinho não estava presente e eu achei aquilo muito estranho. Ele não era de se atrasar.
- Cadê o Bruno? – perguntei, na maior inocência do mundo.
- Já subiu – Priscila respondeu. – Ele queria ir ao banheiro.
- Ah... – meu coração aliviou.
Quando eu o vi, quase caí pra trás. Ele tinha cortado o cabelo e estes estavam arrepiados, valorizando o seu rosto angelical. Que carinha mais bonitinho.

- Oi – o cumprimentei. – Tudo bem?
- Hum, hoje ele falou comigo... – Bruno brincou e sorriu. – Tudo e você?
- Muito bem. Gostei do cabelo.
- Gostou? Não achei muito legal...
- Ficou ótimo!
- Obrigado – ele sorriu. Nós ficamos conversando com os olhos por um tempo, mas fomos interrompidos pelo Léo.
- Oi – disse ele.
- Oi – respondemos eu e o Bruno.
- Caio, a Mônica tá te chamando.
- O que ela quer?
- Sei lá. Ela tá lá na porta.
- Vou lá ver, já volto.
Dei as costas aos dois e saí andando. O que será que a guria queria?
- Que foi, Mônica?
- Nada, só queria saber se você está bem.
Eu fechei a cara. Ela tinha me atrapalhado com o Bruno pra me perguntar se eu estava bem?
- Ótimo, por quê?
- Não, por nada. Credo, que mal-humor...
- Pensei que era alguma coisa importante.
- Saber se você está bem não é importante?
- Você entendeu o que eu quis dizer.
Só voltei a falar com o Bruno quando a nossa equipe entrou.
- O que sua amiga queria?
- Nada, só saber como eu estava.
- Fala sério?!
- Pois é.
- O que vai fazer hoje à noite?
- Nada, por quê?
- Vamos à praia?
Eu não ia recusar aquele convite por nada!!!
- Lógico!
Ele abriu um sorriso lindo e sentou no seu lugar. Eu o imitei e comecei a abrir os meus sistemas. Foi um tormento me concentrar naquela tarde.

- Será que a comida é boa?
- Não sei – falei.
Eu escolhi rosbife com purê de batatas e ele almôndegas. Quando a comida chegou, eu me surpreendi. Era muito boa.
- Nossa! Valeu a pena – ele disse com a boca cheia. – Vou vir aqui mais vezes.
- Também gostei.
Nós almoçamos tranquilamente e quando fomos para a empresa, trombamos com quase todos os nossos amigos no elevador.
- Da onde vocês vêm? – a Tamires perguntou.
- Fomos almoçar em um bar aqui perto – Rodrigo explicou.
- Ah...
Meu gatinho não estava presente e eu achei aquilo muito estranho. Ele não era de se atrasar.
- Cadê o Bruno? – perguntei, na maior inocência do mundo.
- Já subiu – Priscila respondeu. – Ele queria ir ao banheiro.
- Ah... – meu coração aliviou.
Quando eu o vi, quase caí pra trás. Ele tinha cortado o cabelo e estes estavam arrepiados, valorizando o seu rosto angelical. Que carinha mais bonitinho.
- Oi – o cumprimentei. – Tudo bem?
- Hum, hoje ele falou comigo... – Bruno brincou e sorriu. – Tudo e você?
- Muito bem. Gostei do cabelo.
- Gostou? Não achei muito legal...
- Ficou ótimo!
- Obrigado – ele sorriu. Nós ficamos conversando com os olhos por um tempo, mas fomos interrompidos pelo Léo.
- Oi – disse ele.
- Oi – respondemos eu e o Bruno.
- Caio, a Mônica tá te chamando.
- O que ela quer?
- Sei lá. Ela tá lá na porta.
- Vou lá ver, já volto.
Dei as costas aos dois e saí andando. O que será que a guria queria?
- Que foi, Mônica?
- Nada, só queria saber se você está bem.
Eu fechei a cara. Ela tinha me atrapalhado com o Bruno pra me perguntar se eu estava bem?
- Ótimo, por quê?
- Não, por nada. Credo, que mal-humor...
- Pensei que era alguma coisa importante.
- Saber se você está bem não é importante?
- Você entendeu o que eu quis dizer.
Só voltei a falar com o Bruno quando a nossa equipe entrou.
- O que sua amiga queria?
- Nada, só saber como eu estava.
- Fala sério?!
- Pois é.
- O que vai fazer hoje à noite?
- Nada, por quê?
- Vamos à praia?
Eu não ia recusar aquele convite por nada!!!
- Lógico!
Ele abriu um sorriso lindo e sentou no seu lugar. Eu o imitei e comecei a abrir os meus sistemas. Foi um tormento me concentrar naquela tarde.
Me decepcionei muito quando percebi que mais pessoas iam pra praia
com a gente. Pensei que seríamos só nós dois.
- Qual praia nós vamos? – a Tamires questionou.
Acabamos optando por Copacabana. Quando chegamos lá, demos uma passadinha na feirinha e depois nos dirigimos até um quiosque. Não ingeri bebida alcoolica aquela noite.

- Alguém topa dar um mergulho? – Rodrigo perguntou.
- Deus me livre de entrar no mar essa hora – Priscila deu risada. – A água deve estar um gelo!
- Para de ser boba, a água deve estar uma delícia.
- Vai sozinho, eu não me arrisco.
- Como vocês são molengas.
Rodrigo acabou desistindo. A água estava mesmo fria.
- Viu? Eu falei!!
- Vamos, Caio? – ele chamou. – Daqui há pouco o metrô para de funcionar.
- Vamos sim – me levantei d cadeira. – Amanhã ainda é dia de trabalhar.
- Verdade – Tamires concordou.
- Vocês vão me acompanhar até o meu prédio, né? – Bruno fez cara de pidão.
Não tinha como recusar aquele pedido.
- Claro que não! – Tamires respondeu. – Seu prédio é muito longe.
- Longe nada, sua chata. Fica logo ali!
- Aham, sei.
- Não posso te acompanhar, minha casa fica no oposto da sua – disse Priscila.
- Como vocês são chatas.
- A gente te acompanha, Bruno – eu falei.
- Hã? – o Rodrigo se espantou.
- Não custa nada. A gente pega o metrô pelo lado de Ipanema.
- Obrigado, Caio. Você é um amor – ele olhou fixamente nos meus olhos.
- Mas vamos logo, senão fica tarde.
Enquanto a gente caminhava, eu fiquei olhando a lua. Ela estava tão linda.

- A lua está tão bonita hoje – comentei.
- Está mesmo – ele concordou.
Quase não tivemos assunto, mas quando estávamos quase chegando, ele nos fez um convite inusitado:
- O que acham de jogarmos uma bolinha na praia domingo?
O Bruno? Jogando futebol? Aquilo eu nunca seria capaz de imaginar! E muito menos perder.
Rodrigo pirou na ideia.
- Muito boa ideia, Bruno – ele se entusiasmou. – Faz tempo que não jogo uma peladinha.
- Mas tem que arrumar mais gente – ele falou.
- A gente encontra.
- Não gostou da ideia, Caio? – ele perguntou e direcionou aqueles olhos azuis na minha direção.
- Adorei – respondi. – Vai ser muito bom me exercitar um pouco.
- Então amanhã a gente combina direitinho.
- Firmeza – Rodrigo e eu concordamos.
- Até amanhã então.
- Até.
Ele apertou a minha mão e a do Rodrigo e abriu o portão do condomínio.



- Vamos, Caio?
- Uhum.
- Adorei a ideia do Bruno. Faz tempo que tô querendo jogar uma bolinha...
- Boa ideia mesmo – eu ainda estava em estado de choque.
- Caraca, hoje eu tô todo quebrado. Chegando em casa é direto pra cama.
- O que houve?
- Sei lá, uma dor esquisita no corpo.
- Talvez você esteja ficando gripado.
- Pode ser.
Era melhor eu começar a tomar cuidado. Estava rodeado de pessoas gripadas.
- E aí, ansioso pra começar a faculdade?
- Tô sim – ele respondeu. – Não vejo a hora.
- Você e os meninos estudam todos na mesma universidade?
- Uhum.
- Ah, legal.
- Você vai fazer faculdade?
- Com as minhas posses? Duvido muito.
- Mas você pode conseguir uma bolsa. Eu, o Vini e o Fabrício somos bolsistas.
- Ah, é? E eles fazem o quê?
Eu ainda não tinha me informado a respeito daquilo.
- O Vini tá no 4º ano de medicina.
Fiquei abismado. Aquele cara não tinha a menor pinta de médico.
- E o Fabrício faz Engenharia Química.
- Não imaginava que o Vinícius estudasse pra ser médico.
- Ele é muito inteligente. Conseguiu bolsa integral.
- O cara deve ser um crânio.
Nós entramos no metrô.


- Ele é sim.
- Sabe qual a especialidade que ele vai fazer?
- Tá em dúvida entre cardiologia e neurologia.
- Muito bacana.
- O Will já tá terminando. Ele faz Logística e o Ricardo vai entrar em Ciências da Computação.
- Bem a cara dele – destilei o meu veneno.
- Verdade – Rodrigo concordou. – Você tem vontade de fazer o quê?
- Nada – respondi com sinceridade. – Não pensei nisso ainda não.
- Mas tem que pensar, já está terminando o colegial.
- Até o final do ano eu decido. Quem sabe eu consigo uma bolsa de estudos.
- Consegue sim, é só se empenhar.
- Uhum.

- Qual praia nós vamos? – a Tamires questionou.
Acabamos optando por Copacabana. Quando chegamos lá, demos uma passadinha na feirinha e depois nos dirigimos até um quiosque. Não ingeri bebida alcoolica aquela noite.
- Alguém topa dar um mergulho? – Rodrigo perguntou.
- Deus me livre de entrar no mar essa hora – Priscila deu risada. – A água deve estar um gelo!
- Para de ser boba, a água deve estar uma delícia.
- Vai sozinho, eu não me arrisco.
- Como vocês são molengas.
Rodrigo acabou desistindo. A água estava mesmo fria.
- Viu? Eu falei!!
- Vamos, Caio? – ele chamou. – Daqui há pouco o metrô para de funcionar.
- Vamos sim – me levantei d cadeira. – Amanhã ainda é dia de trabalhar.
- Verdade – Tamires concordou.
- Vocês vão me acompanhar até o meu prédio, né? – Bruno fez cara de pidão.
Não tinha como recusar aquele pedido.
- Claro que não! – Tamires respondeu. – Seu prédio é muito longe.
- Longe nada, sua chata. Fica logo ali!
- Aham, sei.
- Não posso te acompanhar, minha casa fica no oposto da sua – disse Priscila.
- Como vocês são chatas.
- A gente te acompanha, Bruno – eu falei.
- Hã? – o Rodrigo se espantou.
- Não custa nada. A gente pega o metrô pelo lado de Ipanema.
- Obrigado, Caio. Você é um amor – ele olhou fixamente nos meus olhos.
- Mas vamos logo, senão fica tarde.
Enquanto a gente caminhava, eu fiquei olhando a lua. Ela estava tão linda.
- A lua está tão bonita hoje – comentei.
- Está mesmo – ele concordou.
Quase não tivemos assunto, mas quando estávamos quase chegando, ele nos fez um convite inusitado:
- O que acham de jogarmos uma bolinha na praia domingo?
O Bruno? Jogando futebol? Aquilo eu nunca seria capaz de imaginar! E muito menos perder.
Rodrigo pirou na ideia.
- Muito boa ideia, Bruno – ele se entusiasmou. – Faz tempo que não jogo uma peladinha.
- Mas tem que arrumar mais gente – ele falou.
- A gente encontra.
- Não gostou da ideia, Caio? – ele perguntou e direcionou aqueles olhos azuis na minha direção.
- Adorei – respondi. – Vai ser muito bom me exercitar um pouco.
- Então amanhã a gente combina direitinho.
- Firmeza – Rodrigo e eu concordamos.
- Até amanhã então.
- Até.
Ele apertou a minha mão e a do Rodrigo e abriu o portão do condomínio.
- Vamos, Caio?
- Uhum.
- Adorei a ideia do Bruno. Faz tempo que tô querendo jogar uma bolinha...
- Boa ideia mesmo – eu ainda estava em estado de choque.
- Caraca, hoje eu tô todo quebrado. Chegando em casa é direto pra cama.
- O que houve?
- Sei lá, uma dor esquisita no corpo.
- Talvez você esteja ficando gripado.
- Pode ser.
Era melhor eu começar a tomar cuidado. Estava rodeado de pessoas gripadas.
- E aí, ansioso pra começar a faculdade?
- Tô sim – ele respondeu. – Não vejo a hora.
- Você e os meninos estudam todos na mesma universidade?
- Uhum.
- Ah, legal.
- Você vai fazer faculdade?
- Com as minhas posses? Duvido muito.
- Mas você pode conseguir uma bolsa. Eu, o Vini e o Fabrício somos bolsistas.
- Ah, é? E eles fazem o quê?
Eu ainda não tinha me informado a respeito daquilo.
- O Vini tá no 4º ano de medicina.
Fiquei abismado. Aquele cara não tinha a menor pinta de médico.
- E o Fabrício faz Engenharia Química.
- Não imaginava que o Vinícius estudasse pra ser médico.
- Ele é muito inteligente. Conseguiu bolsa integral.
- O cara deve ser um crânio.
Nós entramos no metrô.
- Ele é sim.
- Sabe qual a especialidade que ele vai fazer?
- Tá em dúvida entre cardiologia e neurologia.
- Muito bacana.
- O Will já tá terminando. Ele faz Logística e o Ricardo vai entrar em Ciências da Computação.
- Bem a cara dele – destilei o meu veneno.
- Verdade – Rodrigo concordou. – Você tem vontade de fazer o quê?
- Nada – respondi com sinceridade. – Não pensei nisso ainda não.
- Mas tem que pensar, já está terminando o colegial.
- Até o final do ano eu decido. Quem sabe eu consigo uma bolsa de estudos.
- Consegue sim, é só se empenhar.
- Uhum.
Deixei o Rodrigo entrar na internet primeiro naquela noite.
Enquanto ele usava o note, eu fiquei na sala, assistindo televisão.


- E aí, Caio?
- Tudo bom, Fabrício?
- Tranquilo. Por que você e o Rodrigo demoraram hoje?
- Ah, é que nós fomos pra praia com o pessoal do trabalho.
- Ah, tá. A gente ficou preocupado.
- Pensei que ele tivesse avisado.
- Que nada, mas dá nada não. Que tá passando aí?
Ele sentou no outro sofá. Estava só de bermuda. Ele também tinha o corpo definido.
- Jornal.
- Tem jogo não?
- Nem sei. Quando liguei já tava aí e eu nem mudei.
- Posso mudar?
- Claro.
Ele passou os canais, mas não estava passando jogo em lugar nenhum.
- Tédio – ele deitou no sofá e colocou a mão direita atrás da nuca. Meus olhos voaram para as suas axilas...
- Também tô.
- E aí, já acostumou aqui?
- Acho que sim. Vocês são legais – sorri.
- Valeu. Você também é.
- Obrigado.
- Se precisar de alguma coisa, não estiver se sentindo à vontade ou não gostar de alguma coisa é só falar, viu?
- Ah, que nada. Tô me sentindo bem à vontade aqui.
- Que bom. Fico contente.
Nós ficamos assistindo o jornal até ele acabar e quando isso aconteceu, eu fiquei de pé e me espreguicei.

- Vou tomar um banho e deitar. Amanhã ainda é dia.
- Nem me fala. Meu último final de semana livre.
- Segunda começa a faculdade, né?
- Começa. Vai começar o tormento.
- Imagino.
Como aquela noite estava mais quente que as anteriores, eu tive que mudar a temperatura do chuveiro de quente pra morno.
Como eu já estava me sentindo um pouco mais à vontade com os meninos, coloquei só uma cueca e me enrolei com a toalha. Não estava mais com tanta vergonha deles.
Parecia que era de propósito: sempre que eu ia entrar ou sair do banheiro, um deles aparecia na minha frente.
- E aí? – era o Will.
- Firmeza?
- Demorou hoje, hein?
- Fui pra praia.
- Ah, safado. Foi com uma gatinha, né? – ele abriu um sorriso.
- Que nada, fui com o pessoal do trabalho mesmo.
- Mas não tinha nenhuma gatinha no meio?
- Até tinha, mas são amigas. Com amiga não dá pra rolar nada.
- É verdade. Deixa eu mijar, falou!
O Willian era o 3º mais bonito da casa. Só perdia pro Vinícius e pro Fabrício.
Joguei a roupa suja na máquina, a roupa íntima e as meias no meu balde e depois fui pro meu quarto.
- Já desocupei. Pode usar – ele falou.
- Valeu.
Nem me dei ao trabalho de me vestir. Deitei na minha cama e rapidamente entrei na internet. Ele estava conectado.

“Pensei que não viria hoje...” – escreveu.
“O Rodrigo estava usando.” – expliquei.
“Que folgado!” – Bruno reclamou.
Nós ficamos conversando até altas horas da madrugada e aquilo me deixou muito feliz. Muito feliz mesmo. Aquilo era tudo o que eu queria e mais desejava. Me tornar amigo do Bruno.
Quase não consegui acordar no horário na manhã seguinte. Por se tratar de um sábado, quase todos os meninos estavam de folga. Só quem foi trabalhar aquela manhã foi o Ricardo.
- O que ele faz? – fiquei curioso.
- Trabalha em uma loja de informática – respondeu Fabrício.
- É a cara dele – soltei o veneno novamente. O rapaz deu risada. – Até mais.
- Bom trabalho.
- Valeu.
Eu precisava urgentemente comprar um óculos de sol. Parecia que naquela cidade não chovia nunca. Todos os dias o sol era de rachar.

- Coitado, como você está suado – Dona Elvira se compadeceu.
- Onde é que já se viu? Não são nem dez da manhã e o sol já está desse jeito?
- Esse é o Rio de Janeiro.
- Deveria ter me mudado pro Rio Grande do Sul, viu?
- Não gosta do sol?
- Prefiro o frio – resmunguei enquanto me abanava. Eu já tinha secado vários potes de protetor solar desde que me mudara para aquela cidade.

- E aí, Caio?
- Tudo bom, Fabrício?
- Tranquilo. Por que você e o Rodrigo demoraram hoje?
- Ah, é que nós fomos pra praia com o pessoal do trabalho.
- Ah, tá. A gente ficou preocupado.
- Pensei que ele tivesse avisado.
- Que nada, mas dá nada não. Que tá passando aí?
Ele sentou no outro sofá. Estava só de bermuda. Ele também tinha o corpo definido.
- Jornal.
- Tem jogo não?
- Nem sei. Quando liguei já tava aí e eu nem mudei.
- Posso mudar?
- Claro.
Ele passou os canais, mas não estava passando jogo em lugar nenhum.
- Tédio – ele deitou no sofá e colocou a mão direita atrás da nuca. Meus olhos voaram para as suas axilas...
- Também tô.
- E aí, já acostumou aqui?
- Acho que sim. Vocês são legais – sorri.
- Valeu. Você também é.
- Obrigado.
- Se precisar de alguma coisa, não estiver se sentindo à vontade ou não gostar de alguma coisa é só falar, viu?
- Ah, que nada. Tô me sentindo bem à vontade aqui.
- Que bom. Fico contente.
Nós ficamos assistindo o jornal até ele acabar e quando isso aconteceu, eu fiquei de pé e me espreguicei.
- Vou tomar um banho e deitar. Amanhã ainda é dia.
- Nem me fala. Meu último final de semana livre.
- Segunda começa a faculdade, né?
- Começa. Vai começar o tormento.
- Imagino.
Como aquela noite estava mais quente que as anteriores, eu tive que mudar a temperatura do chuveiro de quente pra morno.
Como eu já estava me sentindo um pouco mais à vontade com os meninos, coloquei só uma cueca e me enrolei com a toalha. Não estava mais com tanta vergonha deles.
Parecia que era de propósito: sempre que eu ia entrar ou sair do banheiro, um deles aparecia na minha frente.
- E aí? – era o Will.
- Firmeza?
- Demorou hoje, hein?
- Fui pra praia.
- Ah, safado. Foi com uma gatinha, né? – ele abriu um sorriso.
- Que nada, fui com o pessoal do trabalho mesmo.
- Mas não tinha nenhuma gatinha no meio?
- Até tinha, mas são amigas. Com amiga não dá pra rolar nada.
- É verdade. Deixa eu mijar, falou!
O Willian era o 3º mais bonito da casa. Só perdia pro Vinícius e pro Fabrício.
Joguei a roupa suja na máquina, a roupa íntima e as meias no meu balde e depois fui pro meu quarto.
- Já desocupei. Pode usar – ele falou.
- Valeu.
Nem me dei ao trabalho de me vestir. Deitei na minha cama e rapidamente entrei na internet. Ele estava conectado.
“Pensei que não viria hoje...” – escreveu.
“O Rodrigo estava usando.” – expliquei.
“Que folgado!” – Bruno reclamou.
Nós ficamos conversando até altas horas da madrugada e aquilo me deixou muito feliz. Muito feliz mesmo. Aquilo era tudo o que eu queria e mais desejava. Me tornar amigo do Bruno.
Quase não consegui acordar no horário na manhã seguinte. Por se tratar de um sábado, quase todos os meninos estavam de folga. Só quem foi trabalhar aquela manhã foi o Ricardo.
- O que ele faz? – fiquei curioso.
- Trabalha em uma loja de informática – respondeu Fabrício.
- É a cara dele – soltei o veneno novamente. O rapaz deu risada. – Até mais.
- Bom trabalho.
- Valeu.
Eu precisava urgentemente comprar um óculos de sol. Parecia que naquela cidade não chovia nunca. Todos os dias o sol era de rachar.
- Coitado, como você está suado – Dona Elvira se compadeceu.
- Onde é que já se viu? Não são nem dez da manhã e o sol já está desse jeito?
- Esse é o Rio de Janeiro.
- Deveria ter me mudado pro Rio Grande do Sul, viu?
- Não gosta do sol?
- Prefiro o frio – resmunguei enquanto me abanava. Eu já tinha secado vários potes de protetor solar desde que me mudara para aquela cidade.
- Nosso jogo está de pé amanhã? – o garoto dos olhos azuis
perguntou.
- Aham – sempre que eu olhava pros olhos dele me sentia flutuando.
- Que horas?
- Você é que sabe. Por mim qualquer hora tá bom.
- Vamos deixar pra tarde, porque quero dormir até o meio dia amanhã.
- Melhor que seja à tarde mesmo, eu tenho que trabalhar amanhã de manhã – me lembrei da Dona Elvira e fiquei com remorso de deixá-la sozinha na manhã seguinte.
- Coitadinho, você trabalha muito...
- Fazer o quê? Nem todos são ricos como você – eu brinquei.
- Eu não sou rico – ele fez cara feia.
- Imagina se fosse, né?
- Quem me dera se eu fosse.
Talvez ele não fosse rico mesmo, mas que ele tinha uma condição de vida boa, ah ele tinha!
O sábado sempre era um dia tranquilo na operação. Quase não atendia. Fiquei a maior parte do tempo ocioso.
- Tudo bem aí, Caio? – perguntou a Márcia.
- Aham.
- Por que está tão parado? – ela me olhou com desconfiança.
Mostrei o meu sistema de ligações e ela percebeu que eu estava livre.
- Acho bom, hein? Acho bom!!!
Dei risada. Ela era louquinha de vez em quando, mas uma excelente supervisora. Pena que ela ia entrar de férias.
- Aham – sempre que eu olhava pros olhos dele me sentia flutuando.
- Que horas?
- Você é que sabe. Por mim qualquer hora tá bom.
- Vamos deixar pra tarde, porque quero dormir até o meio dia amanhã.
- Melhor que seja à tarde mesmo, eu tenho que trabalhar amanhã de manhã – me lembrei da Dona Elvira e fiquei com remorso de deixá-la sozinha na manhã seguinte.
- Coitadinho, você trabalha muito...
- Fazer o quê? Nem todos são ricos como você – eu brinquei.
- Eu não sou rico – ele fez cara feia.
- Imagina se fosse, né?
- Quem me dera se eu fosse.
Talvez ele não fosse rico mesmo, mas que ele tinha uma condição de vida boa, ah ele tinha!
O sábado sempre era um dia tranquilo na operação. Quase não atendia. Fiquei a maior parte do tempo ocioso.
- Tudo bem aí, Caio? – perguntou a Márcia.
- Aham.
- Por que está tão parado? – ela me olhou com desconfiança.
Mostrei o meu sistema de ligações e ela percebeu que eu estava livre.
- Acho bom, hein? Acho bom!!!
Dei risada. Ela era louquinha de vez em quando, mas uma excelente supervisora. Pena que ela ia entrar de férias.
- Amanhã às 15 então – ele falou.
- Combinado – o Rodrigo concordou.
- Quem vai? – questionei.
- O Allan, o Mateus, o Pablo e o Igor.
- Mas aí a gente vai ficar em sete – Rodrigo lembrou.
- As meninas também vão – Bruno completou.
- As meninas? – eu achei estranho.
- Que é que tem?
- Nada, ué. Só achei estranho.
- Até amanhã então – ele parecia cansado.
- Até – Rodrigo e eu respondemos.
- Tamires e Priscila jogando futebol? Essa eu quero ver – Rodrigo falou quando ele saiu.
- Também.
- Vamos embora, hoje tem baladinha.
- Hã?
- Os meninos vão pra balada, não te contei?
- Não.
- Onde é que eu tô com a cabeça? Desculpa.
- Também não me interessa muito. Sou menor de idade.
- Putz, pode crer. Foi mau...
- Dá nada não. A culpa não é sua.
- Quem manda ser neném? – ele sorriu e eu dei um tabefe na cabeça dele.
- Neném que faz neném você quis dizer. Palhaço.
- Você e o Léo não estão se falando mais?
- Estamos sim. É que hoje ele teve que ir mais cedo porque vai viajar.
- Ah, tá.
- Qual balada vocês vão?
- Lá na Barra da Tijuca. Não sei o nome do lugar.
- Vão todos?
- Aham.
- Até o Ricardo?
- Aham.
- Caramba...
- Vamos aproveitar o último final de semana livre.
- Merecidamente.
- É.
- Combinado – o Rodrigo concordou.
- Quem vai? – questionei.
- O Allan, o Mateus, o Pablo e o Igor.
- Mas aí a gente vai ficar em sete – Rodrigo lembrou.
- As meninas também vão – Bruno completou.
- As meninas? – eu achei estranho.
- Que é que tem?
- Nada, ué. Só achei estranho.
- Até amanhã então – ele parecia cansado.
- Até – Rodrigo e eu respondemos.
- Tamires e Priscila jogando futebol? Essa eu quero ver – Rodrigo falou quando ele saiu.
- Também.
- Vamos embora, hoje tem baladinha.
- Hã?
- Os meninos vão pra balada, não te contei?
- Não.
- Onde é que eu tô com a cabeça? Desculpa.
- Também não me interessa muito. Sou menor de idade.
- Putz, pode crer. Foi mau...
- Dá nada não. A culpa não é sua.
- Quem manda ser neném? – ele sorriu e eu dei um tabefe na cabeça dele.
- Neném que faz neném você quis dizer. Palhaço.
- Você e o Léo não estão se falando mais?
- Estamos sim. É que hoje ele teve que ir mais cedo porque vai viajar.
- Ah, tá.
- Qual balada vocês vão?
- Lá na Barra da Tijuca. Não sei o nome do lugar.
- Vão todos?
- Aham.
- Até o Ricardo?
- Aham.
- Caramba...
- Vamos aproveitar o último final de semana livre.
- Merecidamente.
- É.
Depois que eles saíram, eu fui pro meu quarto e entrei na
internet. O Bruno não estava on-line.
Como não tinha ninguém pra conversar nem nada para fazer, acabei dormindo mais cedo, o que me favoreceu na hora de acordar na manhã seguinte.
Tentei fazer o menor barulho possível, porque não queria acordar o Rodrigo, mas acho que não consegui porque ele se mexeu na cama.
Eu já estava quase chegando na esquina quando percebi que havia esquecido o meu celular.

- Merda – reclamei pra mim mesmo.
Abri o portão o mais silenciosamente possível e voltei pro meu quarto. Meu aparelho estava embaixo do meu travesseiro.
- Bom dia – disse Ricardo, com a cara inchada de sono.
- Bom dia.
- Vai sair?
- Sim. Por quê?
- Não, por nada. Curiosidade.
- Como foi a balada?
- Muito boa. Bebi demais.
- Você bebe?
- Qual o problema?
- Não nenhum.
- Ah, tá.
- Vou nessa.
- Vai pela sombra.
Por que ele falou aquilo? Será que ele tinha algo contra a minha pessoa???
- Bom dia, Dona Elvira.
- Bom dia – ela respondeu.
- A senhora está bem?
- Cansada. Não consegui dormir essa noite.
- O que houve?
Nós já éramos íntimos, por isso eu tomei a liberdade de perguntar o que havia acontecido.
- Dois gatos maiditos ficaram em cima do meu telhado. Estavam no cio.
- Ah, que fofo. Sou apaixonado por gatos – me derreti.
- Fofo? Fofo é o caralho – era a primeira vez que eu a ouvia falando um palavrão. – Gatos malditos, um dia eu pego eles!
Acabei dando uma gargalhada. Eu nunca havia visto aquela doce senhorinha fora de si.

- Acame-se. Eles não têm culpa.
- Têm culpa sim. Minha casa não é motel de gatos!!!
Ela estava muito brava.
- Coitadinhos...
- Coitada de mim que fiquei aturando aquele barulho infernal. Acho que vou até fechar isso daqui mais cedo hoje.
- A senhora é que sabe.
Não fiquei insistindo naquele assunto. Ela tinha lá as suas razões. Ninguém merece miado de gato no cio. É realmente insuportável. E ensurdecedor.

Como não tinha ninguém pra conversar nem nada para fazer, acabei dormindo mais cedo, o que me favoreceu na hora de acordar na manhã seguinte.
Tentei fazer o menor barulho possível, porque não queria acordar o Rodrigo, mas acho que não consegui porque ele se mexeu na cama.
Eu já estava quase chegando na esquina quando percebi que havia esquecido o meu celular.
- Merda – reclamei pra mim mesmo.
Abri o portão o mais silenciosamente possível e voltei pro meu quarto. Meu aparelho estava embaixo do meu travesseiro.
- Bom dia – disse Ricardo, com a cara inchada de sono.
- Bom dia.
- Vai sair?
- Sim. Por quê?
- Não, por nada. Curiosidade.
- Como foi a balada?
- Muito boa. Bebi demais.
- Você bebe?
- Qual o problema?
- Não nenhum.
- Ah, tá.
- Vou nessa.
- Vai pela sombra.
Por que ele falou aquilo? Será que ele tinha algo contra a minha pessoa???
- Bom dia, Dona Elvira.
- Bom dia – ela respondeu.
- A senhora está bem?
- Cansada. Não consegui dormir essa noite.
- O que houve?
Nós já éramos íntimos, por isso eu tomei a liberdade de perguntar o que havia acontecido.
- Dois gatos maiditos ficaram em cima do meu telhado. Estavam no cio.
- Ah, que fofo. Sou apaixonado por gatos – me derreti.
- Fofo? Fofo é o caralho – era a primeira vez que eu a ouvia falando um palavrão. – Gatos malditos, um dia eu pego eles!
Acabei dando uma gargalhada. Eu nunca havia visto aquela doce senhorinha fora de si.
- Acame-se. Eles não têm culpa.
- Têm culpa sim. Minha casa não é motel de gatos!!!
Ela estava muito brava.
- Coitadinhos...
- Coitada de mim que fiquei aturando aquele barulho infernal. Acho que vou até fechar isso daqui mais cedo hoje.
- A senhora é que sabe.
Não fiquei insistindo naquele assunto. Ela tinha lá as suas razões. Ninguém merece miado de gato no cio. É realmente insuportável. E ensurdecedor.
A gente se encontrou no
calçadão. Nenhum dos meninos quis jogar com a gente, então tivemos que jogar
com número ímpar mesmo. Mas no fim das contas tudo deu certo.
O Bruno jogava muito bem e aquilo me deixou boquiaberto. Nunca imaginei que ele fosse bom de bola. Mas também quem mandou eu julgá-lo pela aparência?

- Vamos embora? – Rodrigo estava pingando suor.
- Vamos – eu estava muito ofegante.
- Pra mim já deu. Amanhã acordo cedo e eu ainda nem dormi direito.
- Também, minhas aulas também voltam amanhã.
- Então vamos.
Nos despedimos de todos e começamos a subir a rua que dava acesso ao metrô.

- Pensei que as meninas não iam dar conta – ele comentou.
- Quem me surpreendeu foi o Bruno.
- Pode crer, a bicha sabe jogar.
Não gostei daquele comentário. Odiava quando alguém ofendia um homossexual na minha frente, mas não quis levar a história adiante.
- Me conta como foi a noitada? – tentei mudar de assunto.
- Ah, muito boa. A gente aprontou todas.
- Ficou com quantas?
- 3 só.
Só? Eu achava muito.
- Quem se superou foi o Vini – ele falou depois de uns minutos.
- Por quê?
- Pegou mais de 10.
Também não era pra menos. Com aquele corpinho delicioso que ele tinha...
- Tiraram o atraso, hein?
- Que nada, ninguém transou não. Só ficamos nos beijos mesmo.
- Hum...
- E você? O que fez? Ficou na internet até que horas?
- Dormi cedo. Fiquei entediado.
- Ah...
- Mas foi bom, pelo menos eu descansei.
- É verdade.
O Bruno jogava muito bem e aquilo me deixou boquiaberto. Nunca imaginei que ele fosse bom de bola. Mas também quem mandou eu julgá-lo pela aparência?
- Vamos embora? – Rodrigo estava pingando suor.
- Vamos – eu estava muito ofegante.
- Pra mim já deu. Amanhã acordo cedo e eu ainda nem dormi direito.
- Também, minhas aulas também voltam amanhã.
- Então vamos.
Nos despedimos de todos e começamos a subir a rua que dava acesso ao metrô.
- Pensei que as meninas não iam dar conta – ele comentou.
- Quem me surpreendeu foi o Bruno.
- Pode crer, a bicha sabe jogar.
Não gostei daquele comentário. Odiava quando alguém ofendia um homossexual na minha frente, mas não quis levar a história adiante.
- Me conta como foi a noitada? – tentei mudar de assunto.
- Ah, muito boa. A gente aprontou todas.
- Ficou com quantas?
- 3 só.
Só? Eu achava muito.
- Quem se superou foi o Vini – ele falou depois de uns minutos.
- Por quê?
- Pegou mais de 10.
Também não era pra menos. Com aquele corpinho delicioso que ele tinha...
- Tiraram o atraso, hein?
- Que nada, ninguém transou não. Só ficamos nos beijos mesmo.
- Hum...
- E você? O que fez? Ficou na internet até que horas?
- Dormi cedo. Fiquei entediado.
- Ah...
- Mas foi bom, pelo menos eu descansei.
- É verdade.
Talvez um dos meus maiores defeitos seja deixar as coisas pra
fazer em cima da hora, coisa tipicamente brasileira, mas que nem sempre tem
suas vantagens.
Aproveitei que se tratava do 1º dia de aula e que nenhum professor estava passando matéria e fui me alistar no exército. O que eu não sabia era que precisava de minha certidão de nascimento.
- Droga, o que eu vou fazer agora? – bufei de ódio.
A única solução era ligar pra minha mãe e pedir pra ela me enviar o quanto antes pelos Correios. Ou seria melhor pedir a ajuda do Víctor para ele intermediar aquela situação?
Mas se eu fizesse aquilo, com certeza ele seria humilhado como eu havia sido e eu não podia permitir que aquilo acontecesse.
Contra a minha própria vontade, liguei na minha casa. Aquela era a hora ideal, porque o Cauã estava na escola e o meu pai estava trabalhando e eu não ia correr risco de falar com um dos dois. Se bem que, caso eles atendessem, é claro que eu ia desligar sem falar nada.

- Alô? – a voz dela parecia cansada.
- Mãe?
- Caio?
- Sou eu. Preciso de um favor.
- Como você está, meu filho?
- Não tenho tempo pra cerimônias. Estou falando do celular e a ligação é cara.
- Mas...
- Escuta só – eu já tinha pegado as gírias dos cariocas. – Preciso que você me mande a minha certidão de nascimento...
- Pra que você quer? – ela esbravejou, toda nervosinha.
- Posso falar? Preciso porque eu vou ter que me alistar no exército.
- Não vou mandar coisa nenhuma, se você quiser vem você mesmo buscar!
- Não comece com chantagens agora, mãe. Eu tô pedindo numa boa, não quero briga entre nós.
- Eu fico toda preocupada com você, sem saber onde você está e quando você liga nem posso saber como você está?
Suspirei.
- Você vai me mandar ou não?
Ela ficou me fazendo um monte de questionamentos e aquilo foi me tirando do sério.
- Quer saber de uma coisa? Deixa que eu me viro, tá legal?
- Não desliga...
- Vou desligar sim. Eu tô ligando numa boa, me humilhando e pedindo a sua ajuda, mas você não quer me ajudar... Paciência. Existem outros meios de se conseguir.
- Espera aí, Caio Monteiro!
- Meus créditos estão acabando. A gente se fala em outra oportunidade. Até mais, mãezinha querida.
Fiquei foi com raiva, muita raiva. O que custava ela me ajudar? Meu sangue subiu pra cabeça e pelo restante do dia, o meu humor ficou alterado.

- Que cara é essa? – Leonardo perguntou.
- Briguei com a minha mãe.
- Ué, como assim? Ela está aqui no Rio?
- Claro que não, tapado. Eu liguei pra ela.
- Ah... Mas por que brigaram?
- Não quero nem comentar.
- Ih, hoje ele tá com as macacas...
- Pior que tô mesmo.
Eu só consegui diminuir o meu mau-humor, quando eu vi o dono dos olhos azuis mais bonitos que eu conhecia.
- Você está bem? – ele se aproximou.
- Não muito e você?
- Eu tô bem. Aconteceu alguma coisa?
- Briguei com a minha mãe – expliquei.
- Ah, que chato. Quer conversar?
Eu suspirei. Com ele eu podia falar. Relatei tudo o que tinha acontecido e ele me ouviu atentamente.
- E como você pode conseguir esse documento?
- Não sei... Tô tentando pensar em alguma coisa, mas não tô conseguindo.
- Seu irmão não pode te ajudar?
Dei risada.
- Aquele trouxa? Duvido que ele queira me ajudar.
- Por que não experimenta?
- Não. Eu conheço o Cauã. Ele não vai querer me ajudar.
- Pelo menos tenta, vai que você consegue.
- Será?
Será que meu irmão me ajudaria? Ou será que ele ia fazer que nem a minha mãe?
- Você só vai saber se você tentar...
Ele tinha razão. Eu só ia saber se tentasse. Poderia falar com o Cauã e se ele não quisesse me ajudar, a minha única alternativa seria pedir uma 2ª via da certidão de nascimento, mas eu sabia que teria que pagar pelo documento e que provavelmente sairia caro. Era melhor eu me preparar pra essa possibilidade e também me preparar pra falar com meu irmão. Será que ele iria me atender? Ou será que iria me maltratar como sempre fizera?

Aproveitei que se tratava do 1º dia de aula e que nenhum professor estava passando matéria e fui me alistar no exército. O que eu não sabia era que precisava de minha certidão de nascimento.
- Droga, o que eu vou fazer agora? – bufei de ódio.
A única solução era ligar pra minha mãe e pedir pra ela me enviar o quanto antes pelos Correios. Ou seria melhor pedir a ajuda do Víctor para ele intermediar aquela situação?
Mas se eu fizesse aquilo, com certeza ele seria humilhado como eu havia sido e eu não podia permitir que aquilo acontecesse.
Contra a minha própria vontade, liguei na minha casa. Aquela era a hora ideal, porque o Cauã estava na escola e o meu pai estava trabalhando e eu não ia correr risco de falar com um dos dois. Se bem que, caso eles atendessem, é claro que eu ia desligar sem falar nada.
- Alô? – a voz dela parecia cansada.
- Mãe?
- Caio?
- Sou eu. Preciso de um favor.
- Como você está, meu filho?
- Não tenho tempo pra cerimônias. Estou falando do celular e a ligação é cara.
- Mas...
- Escuta só – eu já tinha pegado as gírias dos cariocas. – Preciso que você me mande a minha certidão de nascimento...
- Pra que você quer? – ela esbravejou, toda nervosinha.
- Posso falar? Preciso porque eu vou ter que me alistar no exército.
- Não vou mandar coisa nenhuma, se você quiser vem você mesmo buscar!
- Não comece com chantagens agora, mãe. Eu tô pedindo numa boa, não quero briga entre nós.
- Eu fico toda preocupada com você, sem saber onde você está e quando você liga nem posso saber como você está?
Suspirei.
- Você vai me mandar ou não?
Ela ficou me fazendo um monte de questionamentos e aquilo foi me tirando do sério.
- Quer saber de uma coisa? Deixa que eu me viro, tá legal?
- Não desliga...
- Vou desligar sim. Eu tô ligando numa boa, me humilhando e pedindo a sua ajuda, mas você não quer me ajudar... Paciência. Existem outros meios de se conseguir.
- Espera aí, Caio Monteiro!
- Meus créditos estão acabando. A gente se fala em outra oportunidade. Até mais, mãezinha querida.
Fiquei foi com raiva, muita raiva. O que custava ela me ajudar? Meu sangue subiu pra cabeça e pelo restante do dia, o meu humor ficou alterado.
- Que cara é essa? – Leonardo perguntou.
- Briguei com a minha mãe.
- Ué, como assim? Ela está aqui no Rio?
- Claro que não, tapado. Eu liguei pra ela.
- Ah... Mas por que brigaram?
- Não quero nem comentar.
- Ih, hoje ele tá com as macacas...
- Pior que tô mesmo.
Eu só consegui diminuir o meu mau-humor, quando eu vi o dono dos olhos azuis mais bonitos que eu conhecia.
- Você está bem? – ele se aproximou.
- Não muito e você?
- Eu tô bem. Aconteceu alguma coisa?
- Briguei com a minha mãe – expliquei.
- Ah, que chato. Quer conversar?
Eu suspirei. Com ele eu podia falar. Relatei tudo o que tinha acontecido e ele me ouviu atentamente.
- E como você pode conseguir esse documento?
- Não sei... Tô tentando pensar em alguma coisa, mas não tô conseguindo.
- Seu irmão não pode te ajudar?
Dei risada.
- Aquele trouxa? Duvido que ele queira me ajudar.
- Por que não experimenta?
- Não. Eu conheço o Cauã. Ele não vai querer me ajudar.
- Pelo menos tenta, vai que você consegue.
- Será?
Será que meu irmão me ajudaria? Ou será que ele ia fazer que nem a minha mãe?
- Você só vai saber se você tentar...
Ele tinha razão. Eu só ia saber se tentasse. Poderia falar com o Cauã e se ele não quisesse me ajudar, a minha única alternativa seria pedir uma 2ª via da certidão de nascimento, mas eu sabia que teria que pagar pelo documento e que provavelmente sairia caro. Era melhor eu me preparar pra essa possibilidade e também me preparar pra falar com meu irmão. Será que ele iria me atender? Ou será que iria me maltratar como sempre fizera?
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