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M
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eus olhos se perderam nos flashes de luz que tomaram conta do céu
de Curitiba na chegada do ano novo.
Não sei explicar o motivo, só sei que de repente, senti uma necessidade muito grande de deixar o passado no próprio passado e de voltar a viver novamente.
2.006 já tinha ficado para trás e eu estava mais do que disposto a deixar o Bruno no ano que tinha morrido. Já estava mais do que na hora de voltar a pensar em mim, no meu bem estar e principalmente na minha felicidade.
Sim, o Bruno ia ficar no meu passado. Se ele não me queria, não seria eu que iria insistir e dar murro em ponta de faca.
Eu era jovem, tinha apenas 18 anos e uma vida inteira pela frente. Já me bastava a tentativa idiota de colocar um fim na minha vida e já me bastava todo aquele tempo que eu estava sofrendo por uma pessoa que não merecia o meu amor.
Era hora de mudar. Era hora de seguir em frente. Era hora de ousar e buscar novas oportunidades. Era hora de voltar a sonhar...
Era hora de voltar a trabalhar, de continuar os meus estudos, de conhecer novas pessoas e quem sabe, de conhecer um novo amor!
É claro! Um novo amor! Eu tinha todo o direito do mundo de ter um novo amor. Um novo e verdadeiro amor.
Alguém que me amasse pelo que eu era. Alguém que me amasse com minhas qualidades, mas também com meus defeitos.
Alguém que me amasse pela minha força, mas também pela minhas fraquesas.
Alguém que me amasse pelas minhas escolhas, mas também pelas minhas dúvidas.
Mas acima de tudo, alguém que soubesse me respeitar!
Respeitar minhas incertezas e meus momentos de dor. Respeitar minhas mágoas e frustrações. Respeitar minha vida, meus sentimentos, meu coração. Respeitar o meu amor...
- Feliz ano novo, Caio! – Rodrigo me deu um abraço de urso que fez o meu corpo capotar para trás. Quase caí no meio da rua.
- Quer me fazer cair, é?
- Seria uma boa ideia, quem sabe você bate a cabeça e volta ao normal?
- Idiota!
Ele deu risada.
- Feliz ano novo também, palhaço – eu disse.
- Não vou fazer um discurso daqueles chatos, só vou te desejar que você saia dessa depressão horrorosa. Só isso.
- Eu vou sair. Não sei por qual motivo, mas de repente senti uma força enorme tomar conta de mim. Eu não quero mais sofrer por causa do Bruno!
- Aleluia – ele ergueu as mãos pro céu. – Finalmente! Já não era sem tempo.
- O passado ficou no ano passado. Agora eu vou viver o presente e pensar no futuro!
- Deus seja louvado, faz é tempo que eu queria ouvir isso! Isso merece um brinde!!!
Rodrigo entrou em casa e enquanto ele não voltava, eu fiquei olhando a queima de fogos no céu de Curitiba. Não era nada comparado com a de Copa, mas ainda assim era perfeita.
- Um brinde – ele me entregou uma garrafa de Smirnoff. – A sua felicidade.
- A nossa felicidade – eu o corrigi.
Quem estava de fora podia jurar que nós éramos namorados, mas se eu tinha certeza de alguma coisa nessa vida, era que nunca iria rolar nada entre nós dois.
E assim o meu primeiro dia do ano foi passando. Nós ficamos na rua até por volta das 3 horas da manhã e quando entramos, cada um foi direto para o seu próprio quarto.
- Descansa bastante – Rodrigo me recomendou. – Por que agora a gente vai curtir as nossas férias!
- É tudo o que eu mais quero!
Meu amigo me deu outro abraço e depois se despediu de vez. Eu tive uma noite de sono tranquila e renovadora, como eu não tinha há meses. Parece que eu estava mesmo disposto a deixar o passado para trás.

Acordei com uma barulheira infernal. Eu tinha a impressão que a
casa estava caindo, tamanho o barulho que as pessoas estavam fazendo no
corredor.
- O que houve? – eu abri a porta enquanto coçava meu olho direito.
- A Marcelle vai ter neném – respondeu uma prima do meu amigo.
- Ah, bacana! Mas precisa dessa algazarra toda?
Os pais do meu amigo corriam de um lado para o outro sem parar. Eu me encostei na porta do quarto que ocupava e fiquei assistindo tudo de camarote.
- Cadê a bolsa? Cadê a bolsa? – o Juan perguntava, todo exarcebado.
- Calma, mano – o Rodrigo apareceu. – Já está no carro!
O futuro papai coçou a cabeça e desarrumou os cabelos. Eu não entendia o motivo de tanto desespero.
- Vamos, Juan! – o pai do Rodrigo puxou o genro pelo braço. – Senão seu filho vai nascer no carro.
Será que a coisa estava tão avançada daquele jeito? Eu dei um bocejo vagaroso e senti vontade de voltar pra cama.
- Vai pro hospital, Rodrigo? – indaguei.
- Vou sim, não quero perder o nascimento do meu sobrinho. Por quê?
- Não, por nada. Só para saber. Será que demora?
- Acho que não porque ela já está sentindo contração desde cedo. Quer ir também?
- Não. Acho que esse é um momento só para os familiares. Transmita as minhas felicitações aos pais, por favor.
- Pode deixar. Fica à vontade enquanto eu não voltar, tá bom?
- Valeu, cara.
Eu não me fiz de rogado. Assim que a barulheira acalmou, fechei a porta e voltei pra cama, que estava muito convidativa.
- O que houve? – eu abri a porta enquanto coçava meu olho direito.
- A Marcelle vai ter neném – respondeu uma prima do meu amigo.
- Ah, bacana! Mas precisa dessa algazarra toda?
Os pais do meu amigo corriam de um lado para o outro sem parar. Eu me encostei na porta do quarto que ocupava e fiquei assistindo tudo de camarote.
- Cadê a bolsa? Cadê a bolsa? – o Juan perguntava, todo exarcebado.
- Calma, mano – o Rodrigo apareceu. – Já está no carro!
O futuro papai coçou a cabeça e desarrumou os cabelos. Eu não entendia o motivo de tanto desespero.
- Vamos, Juan! – o pai do Rodrigo puxou o genro pelo braço. – Senão seu filho vai nascer no carro.
Será que a coisa estava tão avançada daquele jeito? Eu dei um bocejo vagaroso e senti vontade de voltar pra cama.
- Vai pro hospital, Rodrigo? – indaguei.
- Vou sim, não quero perder o nascimento do meu sobrinho. Por quê?
- Não, por nada. Só para saber. Será que demora?
- Acho que não porque ela já está sentindo contração desde cedo. Quer ir também?
- Não. Acho que esse é um momento só para os familiares. Transmita as minhas felicitações aos pais, por favor.
- Pode deixar. Fica à vontade enquanto eu não voltar, tá bom?
- Valeu, cara.
Eu não me fiz de rogado. Assim que a barulheira acalmou, fechei a porta e voltei pra cama, que estava muito convidativa.
Quando eles voltaram, eu já tinha almoçado e tomado banho. Todos
estavam com a fisionomia muito feliz, principalmente o meu amigo.
- E aí, nasceu? – perguntei.
- Nasceu sim. Um meninão!
- Ah, que bom. Parabéns, titio.
- É, agora sou tio – ele deu risada.
- Como se chama?
- Carlos Eduardo.
- Nome bonito. Acho da hora nome composto. Se eu tivesse filhos eu colocaria nomes compostos.
- Nada te impede de ter um filho.
- Ah, impede. Pode ter certeza que impede. Pelo menos do jeito natural da coisa.
Ele deu risada e sentou no sofá.
- O que vamos fazer? – ele perguntou.
As crianças corriam por todos os lados e esse pequeno detalhe me deixava extremamente irritado.
- Meu pé! – reclamei quando alguém pisou em cima de mim.
- Desculpa – o menino respondeu, mas não parou de correr.
- Eles são muito danados – Rodrigo justificou.
- Percebi, mas dá nada não. Então, queria sair. Conhecer a cidade, mas hoje acho difícil ter alguma coisa funcionando, né?
- Aham. E eu também estou me sentindo muito cansado. Pode ser amanhã?
- Claro que pode. Queria ir em uma balada. Nunca fui em uma balada...
- Mas você não pode!
- Ué, por que não? – me ofendi.
- Porque é menor de idade, Caio.
- Desde quando? Esqueceu que eu fiz 18 em agosto?
- Não foi 17?
- Claro que não. Tá viajando, Rodrigo?
- Ah, é. Pode crer. Confundi as bolas.
- Manézão – dei risada.
- Deixa eu te perguntar uma coisa, essa história de ter deixado o Bruno no seu passado é verdade, né?
- Sim. Eu nem tinha pensado nele até agora. Poderia ter me poupado desse pensamento desagradável, hein?
- Ah, vai saber né! Pensei que você já tivesse tido uma recaída.
- Até agora não e Deus me livre de ter uma recaída. Não aguento mais sofrer por causa de uma pessoa que não me merece. Chega!
- Assim que eu gosto, Caio. Assim que eu gosto!
Meu 1º de janeiro foi meio monótono por causa do nascimento do Cadu. Eu queria ter aproveitado um pouco mais, mas não cobrei nada do Rodrigo. Ele tinha direito de curtir o nascimento do sobrinho.
- E aí, nasceu? – perguntei.
- Nasceu sim. Um meninão!
- Ah, que bom. Parabéns, titio.
- É, agora sou tio – ele deu risada.
- Como se chama?
- Carlos Eduardo.
- Nome bonito. Acho da hora nome composto. Se eu tivesse filhos eu colocaria nomes compostos.
- Nada te impede de ter um filho.
- Ah, impede. Pode ter certeza que impede. Pelo menos do jeito natural da coisa.
Ele deu risada e sentou no sofá.
- O que vamos fazer? – ele perguntou.
As crianças corriam por todos os lados e esse pequeno detalhe me deixava extremamente irritado.
- Meu pé! – reclamei quando alguém pisou em cima de mim.
- Desculpa – o menino respondeu, mas não parou de correr.
- Eles são muito danados – Rodrigo justificou.
- Percebi, mas dá nada não. Então, queria sair. Conhecer a cidade, mas hoje acho difícil ter alguma coisa funcionando, né?
- Aham. E eu também estou me sentindo muito cansado. Pode ser amanhã?
- Claro que pode. Queria ir em uma balada. Nunca fui em uma balada...
- Mas você não pode!
- Ué, por que não? – me ofendi.
- Porque é menor de idade, Caio.
- Desde quando? Esqueceu que eu fiz 18 em agosto?
- Não foi 17?
- Claro que não. Tá viajando, Rodrigo?
- Ah, é. Pode crer. Confundi as bolas.
- Manézão – dei risada.
- Deixa eu te perguntar uma coisa, essa história de ter deixado o Bruno no seu passado é verdade, né?
- Sim. Eu nem tinha pensado nele até agora. Poderia ter me poupado desse pensamento desagradável, hein?
- Ah, vai saber né! Pensei que você já tivesse tido uma recaída.
- Até agora não e Deus me livre de ter uma recaída. Não aguento mais sofrer por causa de uma pessoa que não me merece. Chega!
- Assim que eu gosto, Caio. Assim que eu gosto!
Meu 1º de janeiro foi meio monótono por causa do nascimento do Cadu. Eu queria ter aproveitado um pouco mais, mas não cobrei nada do Rodrigo. Ele tinha direito de curtir o nascimento do sobrinho.
Mesmo garantindo para mim mesmo que não ia mais sofrer pelo Bruno,
não foi bem assim que aconteceu.
Por mais que eu tentasse, por mais que eu quisesse que ele saísse da minha vida de uma vez por todas, todas as vezes em que eu ia dormir, a imagem dele aparecia nos meus pensamentos e a minha dor voltava a bater no meu peito com força total.
- Bruno... – falei baixinho.
Por mais que eu tentasse, por mais que eu quisesse que ele saísse da minha vida de uma vez por todas, todas as vezes em que eu ia dormir, a imagem dele aparecia nos meus pensamentos e a minha dor voltava a bater no meu peito com força total.
- Bruno... – falei baixinho.
As lágrimas caiam sem que eu precisasse fazer esforços. Era automático e também muito difícil. Por mais vontade que eu tivesse de deixá-lo no ano que tinha acabado, as minhas lembranças acabavam falando mais alto e eu não conseguia parar de pensar nele.
O que será que estaria fazendo naquele momento? Como teria sido a passagem do ano para ele? Será que já estava com outra pessoa?
Eu queria saber como era a vida dele lá na Europa. Provavelmente, muito melhor do que era aqui no Brasil. Talvez ele nem lembrasse mais do nosso país... Talvez ele quisesse ficar lá para sempre.
E se fosse assim? E se ele ficasse pra sempre? Eu seria obrigado a conviver com sua lembrança até o final da minha vida?
A saudade que eu sentia do Bruno não era um sentimento que eu podia controlar. Era algo tão forte, mas tão forte, que chegava a ser tangível.
Era mais ou menos a mesma saudade que eu tinha da minha família, mas ao mesmo tempo, eram saudades distintas e que não se misturavam.
Obviamente, cada um tinha uma importância na minha vida e querendo ou não, todos me faziam falta de alguma forma.
Bruno era a pessoa mais importante da minha vida. Isso eu não podia negar. Todavia, era a hora de fazer com que ele não fosse mais importante daquele jeito. Era a hora de deixá-lo de lado, de colocá-lo no fundo da minha memória, para que eu não lembrasse dele a todo momento.
E por mais difícil que aquilo fosse, por mais impossível que parecesse, eu tinha que tentar.
2.007 já tinha nascido e nada melhor que aproveitar a energia de um novo ano para mudar as coisas erradas da minha vida.
E eu tinha que começar pelo Bruno. A minha família já não fazia tanto sentido pra mim, embora ainda fossem importantes, mas ele fazia sentido e muito sentido.
Era nisso que eu tinha que focar. Fazer o Bruno perder o sentido pra mim. Só que era muito difícil... Muito difícil mesmo... Será que eu ia conseguir?
Enxuguei as lágrimas e respirei fundo. Continuei olhando pro teto do quarto de hóspedes da casa do Rodrigo e não sei até que horas fiquei com a imagem daqueles malditos olhos azuis na minha cabeça. Só sei que mais cedo, ou mais tarde, eu acabei adormecendo.
Quando o sábado chegou, eu fiquei contando os segundos para ir pra
balada com meu amigo. ele disse que iria me levar no “point” dos solteiros, um
lugar onde só iam pessoas “top de linha”.
- Mas nesse lugar não vai ter ninguém para eu ficar, vai?
- Sei lá. Capaz que tenha. Ser viado virou moda ultimamente!
Eu fiquei um pouco irritado com aquele comentário desnecessário que o Rodrigo fez, mas resolvi não retrucar para não brigar com meu amigo.
- Mas nesse lugar não vai ter ninguém para eu ficar, vai?
- Sei lá. Capaz que tenha. Ser viado virou moda ultimamente!
Eu fiquei um pouco irritado com aquele comentário desnecessário que o Rodrigo fez, mas resolvi não retrucar para não brigar com meu amigo.
E ele tinha razão quando disse que só pessoas bonitas frequentavam aquela balada. Eu perdi as contas de quantos gatinhos passaram na minha frente, mas infelizmente nenhum era gay.
- E aí, curtindo? – ele apareceu com uma bebida.
- É legal, mas não tem nada para fazer aqui – reclamei.
- Como não? Vai dançar, moleque. Vai curtir a noite, fazer novas amizades!
Eu não queria dançar. Eu queria passar o rodo geral. Beijar quantos eu pudesse durante a noite, sem me preocupar com julgamentos.
Resolvi contar com quantas garotas Rodrigo ficou naquela noite, mas depois da 7ª, acabei perdendo as contas. Eu tive uma ligeira impressão que ele beijava muito bem, porque as garotas sempre ficavam com uma carinha de quero mais...
- Chega, né? – eu brinquei.
- Nem comecei ainda – ele bebeu a caipirinha que tinha em mãos. – Já volto.
E assim foi minha primeira balada. Eu não saí da mesa para quase nada. Só vasculhava o lugar com os olhos a procura de uma possível vítima, mas definitivamente ali não tinha nenhum homossexual além de mim. ou se tinha, estava muito bem mascarado em uma falsa heterossexualidade.
Para o meu total desagrado, quando a balada estava quase terminando, uma garota se aproximou e pediu para ficar comigo.
- Não, valeu – eu recuei dois passos.
- Não curtiu? – ela se ofendeu.
A menina era linda. Deslumbrante, mas eu não curtia.
- Não é isso, gata. É que eu sou gay.
O rosto dela despencou e ficou mais vermelho que um tomate.
Sem falar nada, ela virou as costas e saiu andando. Confesso que fiquei um pouco constrangido.
- Vamos embora? – ele apareceu atrás de mim de repente.
- Até que enfim! – eu já estava cansado de não fazer nada naquele lugar.
- Que foi?
- Tédio – resmunguei em resposta.
- Ué, não era você que queria vir conhecer?
- Sim, mas não pensei que iria ser tão frustrante. Odiei.
- Ah, desculpa aí. Não sabia que você queria ir em uma balada GLS.
- Nem eu – confessei e dei risada
.
Nos dias seguintes, Rodrigo e eu aproveitamos cada segundo que
restava de férias. Ele me levou para conhecer todos os pontos turísticos da
cidade e quase que diariamente, nós jogamos bola no final da tarde.
- Essas férias valeram a pena – ele comentou, um dia antes do nosso regresso ao Rio.
- Eu não aproveitei tanto como você porque não conheço muito bem o local, mas foi legal.
- Viu só? E você queria ter ficado no Rio!
- Em partes teria sido melhor mesmo, viu? Mas já que você me trouxe...
- Não ia te deixar sozinho lá, Caio. Não ia mesmo!
- Você é demais, sabia?
- Eu sei! Mereço um prêmio, não mereço?
- Merece é um tapa na cara, seu convencido!
- É assim que você paga a minha amizade? Bom saber.
- Não seja dramático, por favor.
- Essas férias valeram a pena – ele comentou, um dia antes do nosso regresso ao Rio.
- Eu não aproveitei tanto como você porque não conheço muito bem o local, mas foi legal.
- Viu só? E você queria ter ficado no Rio!
- Em partes teria sido melhor mesmo, viu? Mas já que você me trouxe...
- Não ia te deixar sozinho lá, Caio. Não ia mesmo!
- Você é demais, sabia?
- Eu sei! Mereço um prêmio, não mereço?
- Merece é um tapa na cara, seu convencido!
- É assim que você paga a minha amizade? Bom saber.
- Não seja dramático, por favor.
Por mais que eu tivesse gostado de ficar em Curitiba, eu queria
voltar pro Rio e seguir a minha vida.
- Muito obrigado pela hospitalidade, Dona Inês – agradeci a mãe do meu melhor amigo.
- Muito obrigado pela hospitalidade, Dona Inês – agradeci a mãe do meu melhor amigo.
- Por nada, Caio. Você é sembre muito bem-vindo aqui. Se é amigo do meu filho é
meu amigo também.
- Muito obrigado mesmo e desculpe qualquer coisa.
- Imagina!
Eu preferi não ficar por perto quando o Rodrigo foi se despedir dos pais. Com toda certeza do mundo iria ficar emocionado e não estava com a menor vontade de começar a chorar na frente de todo mundo.
- Pronto? Podemos ir? – perguntei.
Ele estava com a cabeça baixa e a fisionomia muito triste.
- Uhum.
- Muito obrigado mesmo e desculpe qualquer coisa.
- Imagina!
Eu preferi não ficar por perto quando o Rodrigo foi se despedir dos pais. Com toda certeza do mundo iria ficar emocionado e não estava com a menor vontade de começar a chorar na frente de todo mundo.
- Pronto? Podemos ir? – perguntei.
Ele estava com a cabeça baixa e a fisionomia muito triste.
- Uhum.
Acredito que aquela tenha sido a primeira vez que eu presenciei meu melhor amigo chorando.
- Vamos logo antes que eu mude de ideia – a voz dele estava tremendo.
Não falei nada. Deixei o Rodrigo curtir a tristeza de deixar a cidade natal para trás. Eu entendia o que ele estava sentindo. Também sentia muita falta de São Paulo.
Me senti completamente aliviado quando coloquei meus pés no solo
do Rio.

Ali eu estava me sentindo em casa e podia ir e vir na hora que eu bem entendesse. Lá em Curitiba, eu era refém do Rodrigo e como não gostava de incomodar ninguém, me sentia estressado sem poder sair de casa para me divertir.
- Preciso colar na praia – falei. – Quero dar um mergulho no mar!
- Também estou precisando.
- Vamos?
- Agora?
- Não, né?! Onde vamos deixar essas malas? Temos que ir primeiro para casa.
- Então vamos logo que eu quero ver o mar!
Mas não conseguimos chegar rápido em casa como desejávamos. O ônibus tardou a aparecer e acabou nos atrasando.
- Ainda bem que não temos compromisso – eu falei.
- É.
- Fica tristinho não, Rodrigo. Logo você vai ver seus pais de novo.
- Já estou morrendo de saudades, principalmente do meu sobrinho.
O Carlos Eduardo era lindo. Uma fofura de bebê. Nasceu com mais de 4 quilos e era a cara da irmã do meu amigo.
- Imagino que seja difícil. Nem sabia que você gostava de bebês.
- Eu gosto quando é pequeno. Depois que fica com uns 2, 3 anos de idade, sinto vontade de pendurar no varal pelas orelhas.
- Misericórdia, que maldade – eu caí na gargalhada.
- Pelo visto você resolveu mesmo mudar – Rodrigo comentou.
- Você está duvidando de mim?
- Não é isso, Caio. É que sei lá! Você pode ter uma recaída.
- Que recaída que nada. Ele agora é passado e quem gosta de passado é museu. Agora eu vou é procurar a minha felicidade e tentar encontrar um novo namorado.
- Na boa? Eu acho que você deveria ter um tempo só seu. Um tempo para você se curtir. Para sair, beber e conhecer novas pessoas. Não vai se meter em outro relacionamento agora não.
E ele tinha mesmo razão. Eu precisava de um time (leia a palavra em inglês) para me curtir.
- Você tem razão. Não vou me aventurar a namorar de novo.
- Também não exagera, filhote. Uma hora você vai precisar de alguém para te esquentar nas noites frias, mas agora não, né? Vai curtir a sua solteirice. Vai beijar na boca e ser feliz, moleque.
- Arrasou! É isso mesmo que eu vou fazer!
- Assim é que se fala.
Mal tive tempo de abrir a porta da sala e já vi o Vini desfilando
pela casa com uma de suas cuecas brancas.
- Que susto! – ele reclamou.
- Está devendo, né? – Rodrigo brincou.
- Que milagre vocês por aqui. Lembraram o caminho de casa?
Ele passou os braços pelos nossos pescoços e nos enforcou de brincadeira.
- Feliz ano novo, cambada.
- Pra você também, pode me soltar agora? – Rodrigo pediu.
- Pensei que não iam voltar mais.
- Só ficamos um mês fora – Rodrigo explicou. – Quando você voltou?
- Semana passada. Só tem eu e o Fabrício aqui.
- Onde está o Maicon?
- Acho que só volta quando começarem as aulas.
- Hum...
- Que foi, Caio? O gato comeu a sua língua?
Eu estava era olhando aquele corpo escultural e aquele volume deliciosamente gostoso.
- Hã? Ah, não. Só estou pensando!
Os olhos dele foram de encontro aos meus e ficaram parados por um segundo. O que será que ele estava pensando?
- Caio, você ainda quer ir pra praia? – Rodrigo perguntou.
- Claro. E você?
- Também. Só vou me trocar rapidinho.
- Vai lá.
Quando ele saiu, o Vini se aproximou e disse:
- E você está se sentindo melhor?
- Muito – abri o jogo. – Decidi que não vou mais sofrer por ninguém.
- Isso mesmo. Assim que tem que ser.
- E esse bronzeado? – puxei assunto.
- Gostou?
- Ficou legal.
- Quer dar uma conferida na marca da minha sunga?
Ele foi direto e reto naquela pergunta.
- Hum... – abri um sorrisinho safado. – Lógico que eu quero!
Ele não pensou duas vezes e me empurrou até o antigo quarto do Willian e do Ricardo.
- É isso que você quer? – ele me prensou contra a parede, pegou a minha mão e colocou dentro da cueca.
- Com certeza – eu senti o pau dele começar a endurecer com o meu toque.
- Então tira e mama!
Eu realmente tirei o membro de dentro do cativeiro, mas não tive como chupar.
- Chupa, vai? – ele pediu com aquela voz grossa e autoritária.
- Agora não – coloquei a cueca do meu amigo e me afastei. – Tem gente por perto.
- A porta está trancada!
- Mesmo assim. Hoje à noite, pode ser?
Ele bufou de raiva e disse:
- Então vai ter que dar pra mim!
- Você ainda pergunta?
Ele não esboçou nenhuma reação e saiu do cômodo sem falar mais nada. Eu tinha uma ligeira impressão que ele estava gostando muito daquelas nossas brincadeirinhas e comecei a achar aquilo meio suspeito.
- Que susto! – ele reclamou.
- Está devendo, né? – Rodrigo brincou.
- Que milagre vocês por aqui. Lembraram o caminho de casa?
Ele passou os braços pelos nossos pescoços e nos enforcou de brincadeira.
- Feliz ano novo, cambada.
- Pra você também, pode me soltar agora? – Rodrigo pediu.
- Pensei que não iam voltar mais.
- Só ficamos um mês fora – Rodrigo explicou. – Quando você voltou?
- Semana passada. Só tem eu e o Fabrício aqui.
- Onde está o Maicon?
- Acho que só volta quando começarem as aulas.
- Hum...
- Que foi, Caio? O gato comeu a sua língua?
Eu estava era olhando aquele corpo escultural e aquele volume deliciosamente gostoso.
- Hã? Ah, não. Só estou pensando!
Os olhos dele foram de encontro aos meus e ficaram parados por um segundo. O que será que ele estava pensando?
- Caio, você ainda quer ir pra praia? – Rodrigo perguntou.
- Claro. E você?
- Também. Só vou me trocar rapidinho.
- Vai lá.
Quando ele saiu, o Vini se aproximou e disse:
- E você está se sentindo melhor?
- Muito – abri o jogo. – Decidi que não vou mais sofrer por ninguém.
- Isso mesmo. Assim que tem que ser.
- E esse bronzeado? – puxei assunto.
- Gostou?
- Ficou legal.
- Quer dar uma conferida na marca da minha sunga?
Ele foi direto e reto naquela pergunta.
- Hum... – abri um sorrisinho safado. – Lógico que eu quero!
Ele não pensou duas vezes e me empurrou até o antigo quarto do Willian e do Ricardo.
- É isso que você quer? – ele me prensou contra a parede, pegou a minha mão e colocou dentro da cueca.
- Com certeza – eu senti o pau dele começar a endurecer com o meu toque.
- Então tira e mama!
Eu realmente tirei o membro de dentro do cativeiro, mas não tive como chupar.
- Chupa, vai? – ele pediu com aquela voz grossa e autoritária.
- Agora não – coloquei a cueca do meu amigo e me afastei. – Tem gente por perto.
- A porta está trancada!
- Mesmo assim. Hoje à noite, pode ser?
Ele bufou de raiva e disse:
- Então vai ter que dar pra mim!
- Você ainda pergunta?
Ele não esboçou nenhuma reação e saiu do cômodo sem falar mais nada. Eu tinha uma ligeira impressão que ele estava gostando muito daquelas nossas brincadeirinhas e comecei a achar aquilo meio suspeito.
- Onde você estava? – Rodrigo sondou.
- Aqui, por quê?
- Sumiu do nada. Eu, hein. Vamos?
- Calma, eu preciso me trocar também, né? Vou de jeans pra praia?
- Então anda logo, moleque. Que lentidão!
- Aqui, por quê?
- Sumiu do nada. Eu, hein. Vamos?
- Calma, eu preciso me trocar também, né? Vou de jeans pra praia?
- Então anda logo, moleque. Que lentidão!
O mar estava tão convidativo que não pensei duas vezes: tirei
minha camiseta e meus chinelos e fui ao encontro daquela água azul e gelada.
- PUTA QUE PARIU, QUE ÁGUA GELADA – Rodrigo gritou.
O que ele esperava? Que a água estivesse quente?
Eu fiquei brincando com as ondas até cansar. O mar sempre renovava as minhas energias e me deixava mais leve.
- Vamos? – ele perguntou, depois de mais ou menos meia hora.
- Sim.
Eu tinha um compromisso com o Vinícius e estava louco para que ele acontecesse logo.
Fazia mais de 4 meses que eu não fazia sexo e meu corpo estava mais do que necessitado de um bom momento de prazer.
- Que cara é essa? – Rodrigo perguntou.
- Que cara? É a única que eu tenho!
- Cara de quem vai aprontar...
Será que eu era tão transparente daquele jeito ou será que ele que sacou o que ia acontecer?
- Eu, hein. Você tá doido – saí pela tangente.
- PUTA QUE PARIU, QUE ÁGUA GELADA – Rodrigo gritou.
O que ele esperava? Que a água estivesse quente?
Eu fiquei brincando com as ondas até cansar. O mar sempre renovava as minhas energias e me deixava mais leve.
- Vamos? – ele perguntou, depois de mais ou menos meia hora.
- Sim.
Eu tinha um compromisso com o Vinícius e estava louco para que ele acontecesse logo.
Fazia mais de 4 meses que eu não fazia sexo e meu corpo estava mais do que necessitado de um bom momento de prazer.
- Que cara é essa? – Rodrigo perguntou.
- Que cara? É a única que eu tenho!
- Cara de quem vai aprontar...
Será que eu era tão transparente daquele jeito ou será que ele que sacou o que ia acontecer?
- Eu, hein. Você tá doido – saí pela tangente.
Mas é claro que ele não estava doido. Eu ia mesmo aprontar e ia aprontar muito. Assim que cheguei em casa, tratei de ir direto pro chuveiro e tomei aquele banho caprichado.
Eu queria ficar logo com o Vinícius e quanto antes acontecesse, melhor seria. Por isso, fiz questão de procurá-lo no quarto assim que fiquei totalmente arrumado.
- E aí, Caio? – Fabrício foi me dar um abraço. – Tudo bom? Feliz ano novo!
- Tudo ótimo, mano. Para nós!
Como ele não usava cueca, quando o rapaz me abraçou, eu senti algo mole ser prensado contra o meu corpo, o que me deixou com mais vontade de transar.
Não fiquei ali por muito tempo. Quando saí, troquei um olhar rápido com o Vinícius, afim que ele entendesse o recado e fui direto para o quarto do Maicon, por ser o único vazio da casa.
E quando ele passou e girou a chave na maçaneta, o meu coração deu um pulo. Vinícius estava lindo com aquela bermuda laranja. Ele se aproximou e foi logo dizendo:
- Chupa minha rola!
E é claro que eu chupei!
Sem nem pensar duas vezes, tirei aquela bermuda de tactel e abaixei a cueca do marmanjo até os joelhos.
Me deliciei com aquela imagem dos deuses! O pau estava muito duro e extremamente cheiroso.
- Põe tudo na boca, põe? – ele sussurrou baixinho.
E eu obedeci! Coloquei cada centímetro do membro na minha boca e comecei a chupar feito um desvairado.
- Ah... – ele gemeu baixinho e forçou a minha cabeça para baixo.
Que delícia! Fazia tanto tempo que eu não transava com o Vinícius que nem lembrava mais qual era o sabor daquele pau...
Meu amigo estava mais peludo que o normal. Toda vez que eu abocanhava aquela rola, meu nariz se perdia no meio dos pelos pubianos do Vinícius. Eu fiquei louco de tanto tesão!
- Lambe as minhas bolas! – ele colocou o pau pra cima e deixou o saco à minha disposição.
E é claro que eu lambi. Coloquei uma dentro da minha boca e fiquei passando a língua por todos os lados. Vinícius tremeu com o meu toque e jogou a cabeça pra trás. Percebi que ele gostava quando eu fazia aquilo.
- Você gosta, né safado? – perguntei.
- Adoro! Continua!
Não sei por quanto tempo fiquei brincando com o saco do futuro médico. Quando cansei e senti vontade de sentir prazer, parei de chupá-lo e me deitei de bruços na cama.
- Vem? – chamei, rebolando o quadril.
- Quer rola? – ele falou no meu ouvido.
- Quero!
E não precisou de mais nada. Vinícius tirou a minha bermuda e minha cueca, colocou a camisinha e atolou a jeba dentro de mim.
Senti uma dor descomunal porque fazia muito tempo que não praticava o ato carnal, mas assim que comecei a me acostumar, comecei também a curtir e aproveitar aquele momento delicioso.
- É assim que você quer? – ele falou em um sussurro.
- Sim. Coloca tudo dentro de mim, Vini!
Juntamos a fome com a vontade de comer. Ele queria me comer e eu queria dar pra ele, então tudo se encaixou perfeitamente naquela noite.
O cara me colocou de quatro e meteu sem parar. Não pudemos fazer muito barulho, afinal a casa não estava vazia, mas mesmo assim conseguimos curtir sem maiores transtornos.
- Fica de frango pra mim, fica? – ele pediu com aquela voz deliciosa.
E eu nem preciso falar que obedeci, né? A cada vez que o pau entrava, ele gemia bem baixinho e aquela cara de safado que ele fazia me deixava simplesmente enlouquecido.
E não demorou muito para meu orgasmo chegar. Como era de se esperar, nem precisei tocar no meu pau para ele começar a despejar o meu esperma por todos os lados.
- Gozou, né filho da puta? – ele encostou a testa na minha e enfiou a vara até o talo.
- Ah... – gemi de prazer.
Vendo que eu cheguei onde queria, ele aumentou a potencia das investidas e em seguida anunciou que ia gozar.
- Vou gozar também – a voz dele saiu apressada.
- Então goza na minha cara! – eu mandei, me ajoelhando no chão e esperei pelo leitinho.
E que banho eu tomei. Enquanto gozava, Vinícius não falou e não emitiu nenhum som, embora eu tivesse certeza que ele queria urrar de tanto prazer que estava sentindo.
Eu segurei o pau dele com a mão direita e coloquei todo dentro da minha boca. Estava começando a ficar mole e estava salgado. Eu me deliciei com cada centímetro daquela delícia e quando ele ficou totalmente relaxado, fiquei de pé e disse:
- Mais um segredinho, né?
- Certeza – ele deu um tapinha na minha bunda e caiu sentado na cama de solteiro.
- Ótimo!
Eu peguei a minha camiseta, limpei o meu rosto, meu tórax, coloquei a minha cueca e disse:
- Vou tomar um banho, limpa essa bagunça aí.
- Hã? – ele ficou incrédulo.
Era a hora de inverter os papeis. Se tinha algo que eu não ia deixar acontecer, era que as pessoas pisassem em cima de mim.
Por sorte, não havia ninguém no corredor, mas por via das dúvidas eu corri até o banheiro. Simplesmente não podia me dar ao luxo de ser pego pelo Rodrigo ou o Fabrício.
Tomei uma ducha rápida, contudo completa. Lavei bem o meu cabelo para não ter vestígios do esperma do Vini e quando tive certeza que tudo estava certo, me troquei e me dirigi até o meu quarto.
Rodrigo estava dormindo a sono solto. Ele nem tirou a roupa e estava quase caindo no chão.
Acabei ficando com dó do garoto e decidi dar um jeito naquela situação.
Com muito cuidado, eu o empurrei lentamente para o centro da cama e depois arranquei a bermuda que ele usava, para que ele ficasse um pouco mais à vontade.
O meu amigo usava uma cueca preta um tanto quanto apertada, o que valorizou muito as suas nádegas. Senti vontade de abaixar o tecido, mas resolvi não fazê-lo por puro respeito.
Não, eu não podia fazer aquilo! Era sacanagem demais com meu melhor amigo.
- Que sono – bocejei baixinho.
Porém eu não queria dormir. O que eu precisava era de agito. Alguém para conversar ou uma bebida para acalmar o calor.
Pensando nisso, resolvi ligar para o meu amigo Rogério. Será que ele já havia voltado de férias?
- Sacanagem me deixar no quarto, hein? – Vini apareceu só de cueca.
- Ué, o que tem demais nisso? Não era você mesmo que fazia isso comigo?
Ele não falou nada e me olhou com ar de desaprovação.
- O que foi? Não curtiu a pegada? – quis saber.
- Sem noção! Olha as coisas que você me fala! Quem vê pensa que eu sou viado.
- E não é? Essa é a terceira ou quarta vez que a gente se pega. Se você não é viado, você é o quê? Hétero é que não é, né?
Vini deu um sorrisinho safado e disse:
- Eu gosto é de mulher. Com você é só sexo.
- Exato. Só sexo, mas isso não significa que você não seja viado – dei risada.
- Sai fora! – ele virou e foi embora.
Eu balancei a cabeça negativamente e fui até o telefone da sala, porque ainda estava sem celular. Torci para não errar o número do telefone do meu amigo, mas no fim das contas deu tudo certo.
- Alô? – Rogério atendeu.
- É com você mesmo que eu quero falar!
- Caio?
- Aham! Tudo bom, mano?
- Que surpresa. Eu estou ótimo e você?
- Muito bem também.
- Pelo visto o final de ano foi bom, hein? Parece muito animado.
- E estou mesmo. Acho que me curei da depressão.
- Caraca! Já não era sem tempo.
- Você está muito ocupado?
- Tô nada. Sem nada para fazer, por quê?
- Posso colar aí?
- Claro. Cola sim. Meus pais estão viajando, eu estou sozinho e sem nada para fazer. Vem dormir aqui.
- Demorou. Em meia hora eu chego aí!
- Beleza. Abraço.
- Outro.
Nem tinha chegado no Rio direito e já ia dormir fora de casa. Parecia que meu ano de 2,007 ia ser bem movimentado, do jeitinho que eu queria que fosse.
Arrumei rapidamente a minha mochila e dez minutos depois eu saí de casa. Deixei um bilhete grudado na porta do meu quarto para o Rodrigo ficar ciente que eu fui dormir no Rogério, senão ele seria capaz de pensar que eu tinha me matado.
- E aí? – ele me recepcionou no portão. – Tudo em ordem?
- Melhor impossível!
Meu ex-colega de classe me deu um abraço rápido e me convidou para entrar. Percebi que a casa havia sido pintada, pois as cores das paredes não eram as mesmas desde a última vez que eu estivera naquele lugar.
- Ficaram legais essas novas cores.
- Você gostou?
- Uhum – falei. – Combinou bastante. Clima legal.
A casa estava com um astral diferente, mas eu não sei explicar por qual motivo. Talvez fossem simplesmente as novas cores do ambiente que me passaram essa impressão.
- Vem pro meu quarto. Vamos jogar vídeo-game!
- É pra já!
Não sei quantas partidas eu ganhei, muito menos quantas eu perdi. A gente ficou jogando até de madrugada e só paramos, porque o sono falou mais alto.
- Então você foi viajar também? – ele se interessou.
- Sim. Fui para Curitiba com o Rodrigo.
- Bacana. Se tivesse subido mais um pouco teria me encontrado em Floripa.
- Até parece que é perto, né?! Quem vê pensa que é a mesma distância entre Copa e Ipanema.
Ele deu risada e arrumou o colchão no chão para que eu pudesse me deitar.
- Até que você está mais bronzeadinho – eu comentei.
- Estou sim. Peguei até marca de sunga!
- Ah, essa eu duvido!
Ele abaixou um pouco o cós da bermuda e eu vi um pedaço de pele mais branca que o normal aparecer na frente dos meus olhos.
- Aí, porra. Duvidando de mim?!
- É difícil acreditar que um albino como você consiga ficar com marca de sunga!
- Tá me tirando? Já disse que não sou albino!
Mas ele parecia porque era realmente muito branquelo.
- Não está mais aqui quem falou.
- Acho bom – Rogério disse isso e tirou a bermuda, ficando completamente pelado.
Em um primeiro momento eu fiquei assustado, mas em seguida eu passei meus olhos pelo meio das pernas do meu amigo e me deliciei com o que estava vendo.
- Gosto de dormir pelado – ele explicou e caiu deitado em cima da cama. – Não tem problema não, né?
- Claro que não – eu engoli em seco.
Como ele era pauzudo! Mesmo mole o pau dele era grande... Imagina duro!
- Você não usa cueca? – fiquei curioso.
- Em casa não – ele respondeu. – Por quê?
- Não, por nada.
Nem me lembrei que a cueca dele aparecia direto na escola. Fiquei tão extasiado com a beleza do pênis do Rogério que nem sequer prestei atenção na pergunta que havia feito.
- Viu? Eu estou com marca de sunga ou não estou?
- Aham!
Não consegui tirar meus olhos daquele pau. Quanto mediria?
- E você? Tem marca de sunga?
- Acho que já saiu.
- Hum... Como você costuma dormir?
- Não tenho um jeito específico, por quê?
- Porque você pode dormir do jeito que você quiser, beleza? Se quiser pode ficar peladão também. Eu não vou ligar.
Se tinha algo que eu não podia fazer era ficar pelado. Eu estava muito excitado e ele não podia perceber o meu interesse.
- Estou bem assim – falei.
- Então beleza. Boa noite.
Rogério apagou a luz do quarto e deitou de bruços. Um lençol estava cobrindo as suas pernas e eu fiquei frustrado. Queria analisar melhor cada centímetro daquele corpo magricela.
- Boa noite – respondi.
E quem disse que eu consegui dormir aquela noite? O tesão era tão grande que o meu pau estava doendo de tão duro que estava.
Só consegui relaxar e pegar no sono quando o dia já estava amanhecendo, mas rapidamente acordei com o corpo lavado de suor. Fazia muito calor naquela manhã.
Tirei a camiseta e a bermuda, mas mesmo assim o calor não diminuiu. Fui obrigado a me levantar para lavar o rosto na pia do banheiro e aproveitei a oportunidade para tirar a água dos joelhos.
Quando voltei pro quarto, me deliciei ao ver que o Rogério estava deitado e quase sem lençol.
Não consegui mais me segurar. Sentei lentamente no colchão, me aproximei e muito devagar, puxei o pano para baixo.
Que visão maravilhosa! Ele estava ficando excitado. O pênis estava meia-bomba e a cabecinha estava começando a ficar para fora.
Que delícia! Senti uma vontade imensa de colocar aquele pau na minha boca, mas eu não podia. E se ele acordasse?
Fiquei analisando o membro por um curto período de tempo e quando eu ia voltar a me deitar, eu ouvi uma voz grave e sonolenta dizer:
- Pode continuar olhando, Caio.
Senti todo o calor que estava no meu corpo desaparecer instantaneamente. Ele estava acordado! Que vergonha, meu Deus!
Rogério sentou de sopetão, afastou o lençol e falou:
- O que foi? Ficou com vergonha agora?
O garoto abriu as pernas, segurou no pau e começou a balançá-lo pra cima e pra baixo, até o mesmo ficar completamente ereto.
- Pronto. É assim que você gosta? Agora você já pode segurar. Não é isso que você quer fazer?
14 comentários:
Rogerio sempre desconfiei dele ,adorei a volta por cima ,q vc deu,mais sou sincero e torco por vc e bruno fazer o q,Vinicius e vc pegando fogo ,esse cap foi bem quente
Rafarodys
MORTO feat Rihanna. Que Caio safado é esse? Tô amando! Gente, Rodrigo é muito fofo, amo ele, mas quero o Caio namorando sério com o VINI e espero que o Bruno não volte nem tão cedo e que o Caio apenas volte a ser amigo do mesmo, não quero mais AMOR envolvido nisso, pode ter milhões de motivos, mas o BRUNO errou duas vezes e as duas vezes foram gravíssima, ficaria uma coisa sem sentido se o Caio voltasse a namorar com ele. Sobre o Rogério, quem sabe? Poderia ser a segunda opção. Não acho que o Rodrigo seja Gay, o Rodrigo é um amor fraternal que ele sente por Caio. Tô muito ansioso para a volta do Cauã e da família geral do Caio, tá demorando demais.
Sem dúvidas esse capítulo foi beeeeeem quente!! Hahahaha...estou botando fé na relação do Biel com o Vini, algo me diz que ele está começando a gostar do Gabriel! :-) hehe. Quanto ao Rogério eu creio que ele só quer um lance casual e mais nada, o que não impede de rolar uma transa quente!! Hahahaha... Estou adorando cada capítulo, ansioso pro próximo!!! >.<
Gabriel???da onde se tira Gabriel?
Leitora?
_*lukka*_
Meu deus a sua historia ta muito quente.kkkkk....... Sabe e bom o Caio aproveitar mais a vida sexual dele e agora ele tem dois garotões com o pau duro por ele.ele tem que aproveitar o que ta acontecendo. Depois do garotão dizer pode pegar eu não pensaria duas vezes mais o problema e se o Bruno ta sofrendo com a separação ou ele já pegou varios
Caio Parabéns pela sua história de superação, todos os dias acompanho para ver sem capitulo novo. Rafael você abrilhantando e muito com as ilustrações e videos, está muito show. Um grande abraço aos dois!!!!
O Rogério! OOOOOPA
Mas continuo torcendo para um romance com o Vini ou o Rodrigo. s2
Primeiro queria dizer que amo o seu conto e que cada dia mais ele me encanta. Gostaria também de me manifestar em relação às minhas preferências. Quero que Caio fique com o Rodrigo *--*
Era esse o clifhanger (acho que é assim que escreve) que eu tava esperando! O clima tinha decaído desde o início da depressão, mas agora tá simplesmente FODA. Parabens!
Muito bom!!!!!!!
Acredito q o vini está gostando cada dia mais do Caio. E q o Caio e o Rodrigo vão acabar se apaixonando. O Rodrigo com esse cuidado todo com ele vão acabar se gostando de uma maneira diferente.
Amando o conto,linda história.Acredito eu que a possibilidade de o Rodrigo e o Caio criarem um sentimento alem de amizade muito longe.Posso estar errado mas acho que o Vini ainda pode surpreeder quanto aos seus sentimentos.
Acho que o Vini ta gostando do caio, quanto ao rogeiro sempre desconfiei, espero que o bruno nao volte para acabar com a felicidade do caio
Cadê a continuação estou sentindo falta.
tem que ter dia e hora certos para postar,assim não precisamos ficar toda hora entrando aqui pra ver se foi postado,ficaria muito mais fácil.Abraço.
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