E
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le cedeu ao beijo muito rapidamente.
As coisas aconteceram com uma certa urgência, facilidade e agressividade. Eu coloquei as minhas duas mãos na cintura do meu ex e o levantei do chão. Ele por sua vez, me abraçou com muita força e assim eu o guiei até o quarto, sem parar de beijá-lo um segundo sequer.
Não sei como consegui lembrar o caminho, mas acertei direitinho e não pensei duas vezes ao jogá-lo no meio daquela cama de casal muito bem arrumada.
Subi nele e fui logo me desfazendo de meus tênis e meias. Eu estava mais do que excitado, eu já estava beirando a loucura. Não consegui entender de onde veio tamanho fogo que eu estava sentindo naquele instante. As coisas eram avassaladoras demais quando eu estava perto do Bruno.
Ele girou e ficou por cima de mim. Neste momento, o nosso beijo foi interrompido, pois foi a vez dele tirar a camiseta. E aí nós nos olhamos de uma maneira muito intensa.
Parecia até que o azul dos olhos do Bruno estava se mexendo. Parecia um oceano que ia e vinha, sem parar em momento algum. Ele transmitiu paixão naquele olhar incrivelmente lindo.
VAI EMBORA, CAIO... SAI JÁ DESSA CAMA!
CALA A BOCA E ME DEIXA EM PAZ!
Fechei meus olhos e senti as chamas que estavam dentro de mim avançarem por toda a extensão do meu 1m81 de altura. Eu não pensei em mais nada e deixei as coisas acontecerem naturalmente. Eu ia ficar com o Bruno e não ia ser uma porcaria de consciência que iria me impedir de ser feliz.
- Caio... – a voz dele saiu em um sussurro.
Eu abri meus olhos e o olhei. Bruno estava com a fisionomia enigmática.
- Caio... Caio...
- Cala a boca Bruno – a minha voz saiu mais grave que o normal. Acho que era devido a emoção. – Cala a boca e me beija!
Ele não fez mais nada, a não ser sorrir e me beijar com muita, muita vontade.
Eu coloquei a mão esquerda na nuca do meu garotão e a outra deixei em cima de suas costas. A pele do Bruno estava lisa, sedosa e muito quente.
E o melhor de tudo foi sentir o perfume que ele estava usando entrar no meu nariz. Aquele cheiro maravilhoso me deixava simplesmente embriagado e eu não conseguia fazer mais nada. Ficava completamente rendido ao meu Bruno só pelo perfume que ele estava usando.
Nunca conheci um cara tão cheiroso como ele. Nem o Vinícius, nem o Rodrigo, nem o Carlos Henrique e muito menos o Murilo. Nenhum era cheiroso como o Bruno. Ele tinha algo a mais que me deixava enfeitiçado.
Talvez essa seja a palavra certa. Eu ficava enfeitiçado quando sentia o cheiro do meu Bruno. Era algo realmente incrível que mexia com todas as minhas estruturas.
O difícil foi tirar a calça com ele por cima de mim, mas depois de muita luta isso se tornou possível. Eu queria tanto transar com o Bruno que percebi que a minha cueca já estava toda molhada e isso era reflexo do tesão que eu estava sentindo naquele momento.
O mesmo aconteceu com ele. Bastou eu arrancar a calça do meu ex para perceber uma mancha na cueca que ele estava usando. Que bom que não aconteceu só comigo.
- Eu te amo, garoto – ele acariciou a minha face.
- Eu... – eu queria falar que o amava também, mas infelizmente não consegui falar mais nada além do “eu”.
Na falta de palavras, resolvi mostrar o que sentia pelo Bruno com atitudes. Por isso, voltei a beijá-lo, desta vez com mais urgência que nunca e não parei até tirar a cueca que ele trajava.
Estava tão duro que só me deixou com mais vontade de continuar o que a gente já tinha começado. Eu fiz carinho em todo o corpo do Bruno e fui descendo a minha boca lentamente até chegar no dote dele.
Coloquei tudo na boca de uma vez só e imediatamente ouvi um gemido. Estava limpo, cheiroso e com a cabecinha um pouco salgada devido a lubrificação natural por conta da excitação.
Eu abri um pouco as pernas do Bruno e lambi tudo o que vi pela frente. Ele estava cheiroso demais, até nas partes íntimas e isso me deixou cada segundo mais louco de tanto tesão.
- Ai... – ouvi um gemido mais alto e fiquei mil vezes mais puto do que já estava.
Causar prazer ao Bruno era tudo o que eu queria naquele momento. Por isso, não parei de chupar até sentir o gozo dele invadir a minha boca.
Daquela vez ele não falou o meu nome e só ficou gemendo, mas foi um gemido tão gostoso que valeu a pena ter feito o que eu fiz. E eu sabia que ele ia compensar tudo quando fosse a minha vez de sentir prazer.
E foi o que realmente aconteceu. Bruno colocou todo o meu pau dentro da boca dele e enquanto me chupava, o cachorrão ficou me olhando com uma cara de safado que pelo amor de Deus...
- Isso, safadinho... – eu falei mais pra mim mesmo. – Engole tudo, vai?
E ele engoliu mesmo. Não chegou nem a engasgar o filho da puta. O boquete do Bruno era incomparável. Com toda a certeza, ele era o melhor que já tinha me chupado até aquele momento.
Sentir a língua dele brincar na cabeça do meu pau me deixou ainda mais enlouquecido, se é que isso era possível. Eu senti algo indescritível não só no pênis, mas no corpo todo. E soltei mesmo tudo o que estava preso dentro de mim.
Gemi alto e dei um soco no colchão quando senti o meu orgasmo chegando. E quando gozei, senti prazer em cada milímetro do meu corpo e não parei de gritar até a última gota de esperma sair do meu órgão sexual.
- Hum... – eu soltei todo o ar pela boca e respirei fundo.
Bruno andou por cima de mim e começou a me beijar. Foi um beijo muito salgado, mas nós não nos importamos. O importante era continuar com a nossa noite de amor, porque de jeito nenhum que a gente ia parar por ali. Estava só começando!
Não sei qual de nós dois estava mais suado. As nossas peles ficaram grudadas e várias gotas de suor escorreram pelo meu pescoço e minhas costas.
O Bruno agarrou com força no meu cabelo e me beijou com muita vontade. Eu fiz o mesmo com ele e é claro que a gente já estava mais do que preparado para o 2º round.
Em nenhum momento eu broxei e o Bruno também não. Mesmo tendo gozado há pouco tempo, ele já foi logo me bulinando e é claro que deixei ele fazer tudo o que queria, afinal eu ainda não estava satisfeito com aquela transa.
- Eu quero você, Bruno – falei bem baixinho.
NÃO FALA ISSO, SEU LOUCO!
EU JÁ TE MANDEI CALAR A BOCA, CONSCIÊNCIA IDIOTA!
- Eu te quero também, amor da minha vida – ele grudou a testa na minha e abriu as minhas pernas com muita suavidade.
“Amor da minha vida”... Era isso que ele era pra mim e era isso que eu queria falar pra ele, mas onde estava a coragem? Onde?
Meu ex se afastou um pouco de mim, abriu a gaveta do criado mudo, pegou várias camisinhas e o gel lubrificante. Ainda bem que ele continuava prevenido. Eu tinha camisinha na minha carteira, mas nem sabia onde ela estava naquela altura do campeonato...
Ainda com a testa grudada na minha, o Bruno encapou o que tinha que encapar e em seguida passou uma bela quantia de lubrificante em toda a extensão daquela maravilha.
- Te amo, Caio – Bruno me olhou. Eu não respondi nada e puxei meu ex para um beijo bem apaixonado.
Aquele beijo ia falar mais do que as minhas palavras. Pelo menos era isso que eu achava que ia acontecer. Será que ele ia entender o recado?
O meu garotão dos olhos azuis me deitou de bruços e foi morder a minha bunda. Eu fiquei pirado com a mordida dele e fiquei chocado quando ele passou lubrificante na minha entrada. Não estava esperando por aquilo.
Bruno subiu nas minhas costas, encaixou o quadril no meio das minhas pernas, beijou a minha nuca e pincelou o negócio em mim.
- Hum – eu soltei um gemido.
Eu coloquei a cabeça de lado e fechei meus olhos. Para mim era mais do que um sonho aquilo que estava acontecendo. Se eu não soubesse que era real, poderia jurar que a qualquer momento eu ia acordar na minha cama, suado e excitado. Mas graças a Deus era tudo verdade.
A cabeça não entrou tão facilmente como eu imaginava. Fazia um tempinho que eu não era passivo e mesmo que já tivesse sido naquele ano, o Murilo não soube fazer o negócio como devia e por isso eu não tive tantos “prejuízos” como normalmente teria com outros parceiros. Por isso, o Bruno teve muita paciência e só começou a enfiar tudo depois que eu já tinha acostumado com a dor.
Não que fosse uma dor insuportável, mas eu senti um certo incômodo. Talvez fosse apenas a posição.
Uma vez que tudo estava dentro, ele começou a me penetrar com muita suavidade. Foi algo tão bom, algo tão alucinante que imediatamente eu senti vontade de gozar, mas me segurei ao máximo.
- Eu te amo, Caio – Bruno mordiscou a minha orelha e beijou a minha nuca.
- Ah... – eu soltei um gemido.
Aos poucos os movimentos foram ficando mais e mais intensos e quando eu me dei conta, ele já estava a todo vapor.
Quando o corpo do Bruno vinha de encontro ao meu, as nossas peles colavam e ardiam. Parecia até que nós dois estávamos pegando fogo naquele momento.
E era essa a minha sensação. Eu me sentia em chamas. Todo o meu corpo estava quente. Era como se o meu sangue estivesse fervendo, era algo incrível.
De uma hora pra outra eu fiquei completamente ofegante e me faltou o ar. Tive dificuldade pra respirar e isso me deixou cansado. Eu literalmente mordi a fronha do travesseiro e segurei com força no lençol da cama. Ele não parou o vai-e-vem um segundo sequer e isso me fez pirar de tanto prazer.
- Ah, ah, ah, ah, ah, ah...
- AH – ele gemeu e me beijou o rosto. – TE AMO, CAIO!
Mudamos de posição. Ele me soltou, saiu de cima de mim e ficou de pé na cama. Eu sentei, respirei fundo, sequei o suor da testa e deitei de lado.
Bruno deitou ao meu lado, me abraçou, beijou o meu pescoço, meu ombro, levantou a minha perna direita e continuou me penetrando.
- Ah – eu gemi e senti o meu pau subir no ar. – Que delícia, Bruno...
- Me dá um beijo, meu amor?
Eu virei meu rosto e beijei o meu ex-namorado. Ele brincou com a minha língua e enfiou tudo de uma vez só. Que prazer que eu estava sentindo.
Não fiquei nessa posição por muito tempo. Deitei de barriga pra cima e ele me pegou de frango assado. Essa posição foi ótima pra ver a cara de tesão que ele estava fazendo.
- AAAAAAAAAH – Bruno soltou um gemido muito longo.
Eu fechei meus olhos, fiquei respirando rapidamente e mordi meu lábio inferior. O meu tesão era tanto que eu poderia gozar a qualquer momento.
Mas isso não aconteceu. Aconteceu com o Bruno, não comigo. Sem mais nem menos, ele deitou em cima de mim e gritou feito um desesperado. Eu senti o pau dele ficar mais e mais duro e entendi que ele havia chegado ao orgasmo.
Mas não acabou. Era a minha vez de sentir prazer, então rapidamente sentei na cama e pedi para ele colocar uma camisinha em mim.
- Só se for com a boca! – Bruno me provocou.
- Do jeito que você quiser – eu deitei com as pernas abertas. – Eu sou todo seu...
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO FALA ISSO, CAIO MONTEIRO!
ISSO AÍ, CAIÃO!!! DEMONSTRA O SEU AMOR POR ELE, GAROTO!
CALA A BOCA, CORAÇÃO! VOCÊ JÁ ERROU DEMAIS POR HOJE... NÃO FALA MAIS NADA, CAIO, ENTENDEU? MAIS NADA!!!
Dessa vez foi a razão que falou mais alto e eu me arrependi até o último por ter falado o que falei. Bruno pareceu gostar, ele abriu um sorrisinho safado, pegou uma camisinha e foi logo colocando no meu pau.
Pelo cheiro, aquela camisinha tinha sabor de morango. Eu não sei como o Bruno foi capaz, mas ele conseguiu colocar a camisinha com a boca e isso me deixou intrigado. Eu não conseguiria fazer o mesmo.
Bastou sentir toda a camisinha em mim para eu levantar e tomar as rédeas da situação. Eu deixei o Bruno de 4 e comecei a lubrificá-lo com muita, muita paciência.
Por questões óbvias, pensei que ele não fosse topar aquela posição, mas me enganei redondamente. O gato ficou muito solto e muito decidido e não hesitou em nenhum momento, nem quando eu comecei a penetração.
Se comigo foi difícil, com ele foi duas vezes mais. Pelo jeito o garoto não fazia sexo há meses, porque estava muito apertado mesmo. Fui obrigado a dar um tapa na bunda dele para fazê-lo relaxar.
- Relaxa! – mandei.
- Vem, meu gato, vem...
E eu fui mesmo. Consegui colocar meu pênis pra dentro, com muita dificuldade, mas consegui. E quando entrou tudo, eu fui logo metendo com força. Isso deixou o Bruno simplesmente pirado.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAH – ele gritou e segurou na cabeceira do box.
O cabelo do Bruno não estava grande, mas mesmo assim eu consegui segurar nos fios e puxei a cabeça dele pra trás. Isso foi motivo para um gemido de prazer, ou de dor e só me deixou ainda mais enlouquecido.
Deitei meu corpo em cima do corpo dele e mordisquei a orelha direita do meu amado. Naquela posição eu me sentia quase que literalmente um cachorro, mas eu gostava muito e não ia me fazer de rogado. Era nítido que eu queria aquilo.
E como queria. Até pensei que ia gozar de cara, mas isso não aconteceu. Meu pênis estava muito sensível, é verdade, mas ele não gozou de imediato. Ainda bem.
Porque só assim eu pude aproveitar outras posições. A próxima foi em pé. Ele ficou em pé na cama mesmo e eu fiquei beijando a boca daquele cara enquanto o comia.
- Delicioso – eu falei.
EU MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA, CAIO MONTEIRO!
AH, VAI SE FODER!!!
Não ficamos naquela posição por muito tempo. Não era muito confortável e cansava as pernas. Resolvi finalizar com ele por cima de mim e foi nessa que eu gozei.
Bastou o Bruno sentar para o meu pau endurecer mais e mais. Eu sabia que a qualquer momento ia gozar.
- AH, AH, AH, EU VOU GOZAR... EU VOU GOZAR – joguei a minha cabeça pra trás e fechei meus olhos. – AH... AAAAH... AAAAAH... AAAAAAAAAAAAAAAAAH... QUE DELÍCIA, VELHO... AAAAAAH...
Bruno não gemeu, mas ele estava sem fôlego e muito excitado. Eu senti um alívio imenso e senti todo o esperma cair no meio das minhas pernas.
Meu love caiu esgotado na cama, mas eu queria mais e não ia ficar esperando para continuar. Por isso, tirei a camisinha usada e a joguei longe, mas em seguida eu coloquei outra e continuei a penetração.
- Ah... – mordi meu lábio. – Vem, Bruno... Vem...
Daquela vez ele só gemeu. Gemeu e gemeu gostoso. Eu fiquei por cima e só fizemos essa posição. Foi suficiente para eu gozar pela terceira vez naquela noite.
- Vou... Gozar... De novo... AAAAAAAAAAAAAH...
- HUUUUM... HUUUUUUUUUUUM... – Bruno gozou também e não precisou nem segurar no pau. Ele gozou sozinho.
- Ai... – nós dois caímos na cama, exaustos, sem força, mas ainda com tesão.
Só depois dessa o meu pau abaixou, mas isso demorou muito para acontecer. Eu só não continuei com a transa porque estava simplesmente sem forças. Tudo o que eu queria era dormir.
- Posso te pedir uma coisa? – ele me abraçou com muito carinho.
- O quê?
- Dorme aqui hoje?
Eu sabia que aquilo não era certo, mas eu não ia conseguir dizer não. Eu queria sim dormir lá com ele, mesmo não sendo certo.
- Isso não é certo... Mas eu durmo...
- Mesmo? – os olhinhos dele até brilharam.
- Mesmo... Já aconteceu mesmo! De que adianta dizer não?
- Eu te amo, sabia? – ele voltou a me beijar.
- Não fala mais nada e me beija, Bruno!
Só foi beijo daquela vez. Nós não tínhamos mais forças físicas para outro round daqueles. As minhas energias estavam completamente esgotadas.
- Vou tomar banho. Vem comigo? – ele perguntou.
- Vai você primeiro. Eu preciso pensar um pouco.
- Vem, por favor?
- Eu já vou. Pode ir na frente.
O meu amor me deu um selinho demorado e saiu da cama em seguida. O quarto estava escuro e com cheiro de sexo, mas eu não estava me importando com esse detalhe.
Por que eu fiz aquilo? Por que eu caí em tentação?
EU FALEI PARA VOCÊ NÃO ACEITAR AQUELE CONVITE PRA JANTAR, SEU ASNO!
Quer fazer o favor de calar a boca?
NÃO CALO NÃO! ISSO FOI ERRADO, FOI ERRADO! E O MURILO? ONDE FICA NESSA HISTÓRIA?
Murilo? Ele não está nem aí pro Caio... Deixa ele pra lá e pense no Bruno agora, Caio.
NÃÃÃÃÃO!!! BRUNO NÃÃÃÃÃO!!! NÃO É ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAM, NÃO É!
PUTA QUE PARIU, CALA A PORCARIA DESSA BOCA E DEIXA O CAIO EM PAZ UMA VEZ NA VIDA!
Eu bufei, suspirei, fechei os olhos e senti um sono inigualável tomar conta de mim. A voz da razão ficou calada e o meu coração se aquietou. Finalmente aquele bendito conflito interno parou. O meu coração venceu mais aquela batalha. A minha razão estava ficando cada vez com menos força.
- Caio? Você não vem? – a voz dele invadiu o meu ouvido.
- Já vou... – quase soltei um AMOR.
Ainda bem que eu fiquei calado. Levantei e fui direto pro banheiro. Ele estava debaixo do chuveiro com uma cara de safado incrivelmente linda. E quem disse que eu consegui resistir?
Entrei debaixo daquela água deliciosamente morna e fui logo beijando o Bruno. Foi um beijo muito apaixonado, que nos deixou novamente excitados.
Na ducha só rolou uma chupação em ambas as partes, mas nem ele, nem eu gozamos. Bruno ensaboou todo o meu corpo e ficou brincando com meus cabelos recém-pintados. Eu estava pra lá de cansado.
- Você está cada dia mais lindo, cada dia mais gostoso, cada dia mais maravilhoso... – ele falou.
- Cala a boca e me beija, cacete – mais uma vez enfiei a minha mão nos cabelos dele e o puxei para um beijo.
SEU BURRO!
CALA ESSA BOCA, INFELIZ!
Suspirei. Os beijos do Bruno me remeteram ao tempo em que a gente namorava. Bateu uma saudade daquela época...
Bruno me deu vários selinhos e saiu da ducha. Eu achei aquilo estranho.
- Onde você vai?
- Arrumar o quarto e fazer algo pra gente comer.
- Não precisa...
- Precisa sim... Te espero no quarto.
Eu estava mesmo com fome. Todo aquele sexo abriu o meu apetite, mas eu não podia admitir isso ao Bruno. Não seria legal da minha parte.
Continuei no banho e aproveitei pra relaxar um pouquinho, mas depois me lembrei que não estava na minha casa. Eu não poderia simplesmente gastar água e luz no apartamento alheio; por isso eu desliguei o chuveiro e comecei a me secar.
Quando cheguei no quarto, encontrei a cama totalmente arrumada com um edredom novo nas cores branco e preto. O chão já não estava cheio de roupas espalhadas e as camisinhas já não estavam soltas aqui e acolá. O Bruno arrumou tudo muito rapidamente.
Deitar ou não deitar, era essa a questão. Eu encontrei a minha roupa dobrada em cima de uma poltrona e rapidamente coloquei a minha cueca. Eu estava em dúvida se deveria deitar ou não.
Deita, Caio. Vai descansar que você merece.
CAI FORA DAÍ, CAIO. VOLTA PRA REPÚBLICA IMEDIATAMENTE.
Não dê ouvidos, Caio. Faça o que eu estou mandando e faça agora.
Eu caí na cama e fiquei olhando pela vidraça da varanda. Fazia uma noite sem nuvens, sem lua e sem estrelas no céu do Rio de Janeiro.
GAROTO BURRO!
AH, CALA A BOCA!
De repente o meu “amante” entrou no quarto com uma bandeja repleta de guloseimas. Eu não acreditei no que os meus olhos estavam vendo.
- Não precisa, Bruno...
- Precisa sim. Você deve estar com fome também. Espero que goste de misto quente...
Quem não gosta de misto quente?
NÃO COME ISSO NÃO, CAIO! VAI JÁ PRA CASA...
Meu coração apenas suspirou e a voz calou a boca. Eu dei um beijo no menino e me servi. Eu estava mesmo com fome.
Ele fez um suco maravilhoso de acerola. Era um dos meus preferidos. Eu fiquei surpreso com a agilidade dele fazer as coisas...
- Nossa, que delícia – elogiei. – Muito bom!
- Gostou? – ele me olhou.
- Bastante. Obrigado.
Comemos e depois que terminamos, eu levei a louça suja até a pia. Quando voltei. Ele me olhou, eu olhei pra ele e isso foi suficiente para iniciarmos uma nova rodada de sexo.
- Fica comigo pra sempre? – ele perguntou baixinho.
- Não fala nada, por favor. Não fala nada.
1, 2, 3, 4, 5 beijos aconteceram e depois ele começou a me chupar de novo. Eu não sabia de onde vinha tanta energia, mas pouco me importava. Eu queria era amar e amar e amar o meu ex-namorado como se aquela fosse a nossa última noite juntos.
Não me segurei. Eu também queria chupá-lo, então nós iniciamos um 69, que só terminou quando ambos chegaram ao orgasmo.
- Hum... – eu gemi com o pau dele na minha boca.
Depois do quarto orgasmo, a gente apenas se beijou e o sono falou mais alto. Era a hora de dormir. Já deveria ser bem tarde e no dia seguinte eu ainda teria que ir pra faculdade.
- Eu nem acredito que você está aqui, sabia? – ele beijou meu nariz.
- Nem eu. Nem eu...
Nos abraçamos. A luz já estava apagada, nós já estávamos de cueca e o sono já estava falando mais alto nessa altura do campeonato.
Eu estava por trás do Bruno e isso me fez sentir o perfume dele durante toda a noite. Mesmo depois do banho o perfume dele ainda estava na pele... Como isso era possível?
Eu suspirei, fechei os meus olhos e senti uma paz, uma paz imensa dentro do meu corpo e do meu peito. O meu coração batia aliviado, batia tranquilo e eu tinha uma ligeira sensação que todas as células do meu corpo estavam trabalhando felizes e harmoniosas. Desde que eu me entendia por gente, eu nunca, nunca, nunca tinha sentido uma felicidade tão grande como eu estava sentindo naquele momento...
E se eu estava feliz, de que me importava os sentimentos ruins? De que me importava a raiva? A mágoa? A dor? A desilusão? O ódio??? Importante mesmo era o amor... O amor que eu sentia pelo Bruno e o amor que ele sentia por mim... Era aquilo que nos unia e seria aquele sentimento que nos deixaria juntos pelo resto da vida...
Pelo resto da vida? Será? Será que isso ia mesmo acontecer? Ou será que eu estava me precipitando demais?
Precipitando? Ah, pelo amor de Deus... Quanto tempo eu esperei por aquela noite? Acho que a minha vida toda... Então, a única coisa que eu poderia fazer naquele momento era curtir. Curtir aquela noite com o Bruno como se ela fosse realmente a última das nossas vidas... E era exatamente isso que eu ia fazer...
As coisas aconteceram com uma certa urgência, facilidade e agressividade. Eu coloquei as minhas duas mãos na cintura do meu ex e o levantei do chão. Ele por sua vez, me abraçou com muita força e assim eu o guiei até o quarto, sem parar de beijá-lo um segundo sequer.
Não sei como consegui lembrar o caminho, mas acertei direitinho e não pensei duas vezes ao jogá-lo no meio daquela cama de casal muito bem arrumada.
Subi nele e fui logo me desfazendo de meus tênis e meias. Eu estava mais do que excitado, eu já estava beirando a loucura. Não consegui entender de onde veio tamanho fogo que eu estava sentindo naquele instante. As coisas eram avassaladoras demais quando eu estava perto do Bruno.
Ele girou e ficou por cima de mim. Neste momento, o nosso beijo foi interrompido, pois foi a vez dele tirar a camiseta. E aí nós nos olhamos de uma maneira muito intensa.
Parecia até que o azul dos olhos do Bruno estava se mexendo. Parecia um oceano que ia e vinha, sem parar em momento algum. Ele transmitiu paixão naquele olhar incrivelmente lindo.
VAI EMBORA, CAIO... SAI JÁ DESSA CAMA!
CALA A BOCA E ME DEIXA EM PAZ!
Fechei meus olhos e senti as chamas que estavam dentro de mim avançarem por toda a extensão do meu 1m81 de altura. Eu não pensei em mais nada e deixei as coisas acontecerem naturalmente. Eu ia ficar com o Bruno e não ia ser uma porcaria de consciência que iria me impedir de ser feliz.
- Caio... – a voz dele saiu em um sussurro.
Eu abri meus olhos e o olhei. Bruno estava com a fisionomia enigmática.
- Caio... Caio...
- Cala a boca Bruno – a minha voz saiu mais grave que o normal. Acho que era devido a emoção. – Cala a boca e me beija!
Ele não fez mais nada, a não ser sorrir e me beijar com muita, muita vontade.
Eu coloquei a mão esquerda na nuca do meu garotão e a outra deixei em cima de suas costas. A pele do Bruno estava lisa, sedosa e muito quente.
E o melhor de tudo foi sentir o perfume que ele estava usando entrar no meu nariz. Aquele cheiro maravilhoso me deixava simplesmente embriagado e eu não conseguia fazer mais nada. Ficava completamente rendido ao meu Bruno só pelo perfume que ele estava usando.
Nunca conheci um cara tão cheiroso como ele. Nem o Vinícius, nem o Rodrigo, nem o Carlos Henrique e muito menos o Murilo. Nenhum era cheiroso como o Bruno. Ele tinha algo a mais que me deixava enfeitiçado.
Talvez essa seja a palavra certa. Eu ficava enfeitiçado quando sentia o cheiro do meu Bruno. Era algo realmente incrível que mexia com todas as minhas estruturas.
O difícil foi tirar a calça com ele por cima de mim, mas depois de muita luta isso se tornou possível. Eu queria tanto transar com o Bruno que percebi que a minha cueca já estava toda molhada e isso era reflexo do tesão que eu estava sentindo naquele momento.
O mesmo aconteceu com ele. Bastou eu arrancar a calça do meu ex para perceber uma mancha na cueca que ele estava usando. Que bom que não aconteceu só comigo.
- Eu te amo, garoto – ele acariciou a minha face.
- Eu... – eu queria falar que o amava também, mas infelizmente não consegui falar mais nada além do “eu”.
Na falta de palavras, resolvi mostrar o que sentia pelo Bruno com atitudes. Por isso, voltei a beijá-lo, desta vez com mais urgência que nunca e não parei até tirar a cueca que ele trajava.
Estava tão duro que só me deixou com mais vontade de continuar o que a gente já tinha começado. Eu fiz carinho em todo o corpo do Bruno e fui descendo a minha boca lentamente até chegar no dote dele.
Coloquei tudo na boca de uma vez só e imediatamente ouvi um gemido. Estava limpo, cheiroso e com a cabecinha um pouco salgada devido a lubrificação natural por conta da excitação.
Eu abri um pouco as pernas do Bruno e lambi tudo o que vi pela frente. Ele estava cheiroso demais, até nas partes íntimas e isso me deixou cada segundo mais louco de tanto tesão.
- Ai... – ouvi um gemido mais alto e fiquei mil vezes mais puto do que já estava.
Causar prazer ao Bruno era tudo o que eu queria naquele momento. Por isso, não parei de chupar até sentir o gozo dele invadir a minha boca.
Daquela vez ele não falou o meu nome e só ficou gemendo, mas foi um gemido tão gostoso que valeu a pena ter feito o que eu fiz. E eu sabia que ele ia compensar tudo quando fosse a minha vez de sentir prazer.
E foi o que realmente aconteceu. Bruno colocou todo o meu pau dentro da boca dele e enquanto me chupava, o cachorrão ficou me olhando com uma cara de safado que pelo amor de Deus...
- Isso, safadinho... – eu falei mais pra mim mesmo. – Engole tudo, vai?
E ele engoliu mesmo. Não chegou nem a engasgar o filho da puta. O boquete do Bruno era incomparável. Com toda a certeza, ele era o melhor que já tinha me chupado até aquele momento.
Sentir a língua dele brincar na cabeça do meu pau me deixou ainda mais enlouquecido, se é que isso era possível. Eu senti algo indescritível não só no pênis, mas no corpo todo. E soltei mesmo tudo o que estava preso dentro de mim.
Gemi alto e dei um soco no colchão quando senti o meu orgasmo chegando. E quando gozei, senti prazer em cada milímetro do meu corpo e não parei de gritar até a última gota de esperma sair do meu órgão sexual.
- Hum... – eu soltei todo o ar pela boca e respirei fundo.
Bruno andou por cima de mim e começou a me beijar. Foi um beijo muito salgado, mas nós não nos importamos. O importante era continuar com a nossa noite de amor, porque de jeito nenhum que a gente ia parar por ali. Estava só começando!
Não sei qual de nós dois estava mais suado. As nossas peles ficaram grudadas e várias gotas de suor escorreram pelo meu pescoço e minhas costas.
O Bruno agarrou com força no meu cabelo e me beijou com muita vontade. Eu fiz o mesmo com ele e é claro que a gente já estava mais do que preparado para o 2º round.
Em nenhum momento eu broxei e o Bruno também não. Mesmo tendo gozado há pouco tempo, ele já foi logo me bulinando e é claro que deixei ele fazer tudo o que queria, afinal eu ainda não estava satisfeito com aquela transa.
- Eu quero você, Bruno – falei bem baixinho.
NÃO FALA ISSO, SEU LOUCO!
EU JÁ TE MANDEI CALAR A BOCA, CONSCIÊNCIA IDIOTA!
- Eu te quero também, amor da minha vida – ele grudou a testa na minha e abriu as minhas pernas com muita suavidade.
“Amor da minha vida”... Era isso que ele era pra mim e era isso que eu queria falar pra ele, mas onde estava a coragem? Onde?
Meu ex se afastou um pouco de mim, abriu a gaveta do criado mudo, pegou várias camisinhas e o gel lubrificante. Ainda bem que ele continuava prevenido. Eu tinha camisinha na minha carteira, mas nem sabia onde ela estava naquela altura do campeonato...
Ainda com a testa grudada na minha, o Bruno encapou o que tinha que encapar e em seguida passou uma bela quantia de lubrificante em toda a extensão daquela maravilha.
- Te amo, Caio – Bruno me olhou. Eu não respondi nada e puxei meu ex para um beijo bem apaixonado.
Aquele beijo ia falar mais do que as minhas palavras. Pelo menos era isso que eu achava que ia acontecer. Será que ele ia entender o recado?
O meu garotão dos olhos azuis me deitou de bruços e foi morder a minha bunda. Eu fiquei pirado com a mordida dele e fiquei chocado quando ele passou lubrificante na minha entrada. Não estava esperando por aquilo.
Bruno subiu nas minhas costas, encaixou o quadril no meio das minhas pernas, beijou a minha nuca e pincelou o negócio em mim.
- Hum – eu soltei um gemido.
Eu coloquei a cabeça de lado e fechei meus olhos. Para mim era mais do que um sonho aquilo que estava acontecendo. Se eu não soubesse que era real, poderia jurar que a qualquer momento eu ia acordar na minha cama, suado e excitado. Mas graças a Deus era tudo verdade.
A cabeça não entrou tão facilmente como eu imaginava. Fazia um tempinho que eu não era passivo e mesmo que já tivesse sido naquele ano, o Murilo não soube fazer o negócio como devia e por isso eu não tive tantos “prejuízos” como normalmente teria com outros parceiros. Por isso, o Bruno teve muita paciência e só começou a enfiar tudo depois que eu já tinha acostumado com a dor.
Não que fosse uma dor insuportável, mas eu senti um certo incômodo. Talvez fosse apenas a posição.
Uma vez que tudo estava dentro, ele começou a me penetrar com muita suavidade. Foi algo tão bom, algo tão alucinante que imediatamente eu senti vontade de gozar, mas me segurei ao máximo.
- Eu te amo, Caio – Bruno mordiscou a minha orelha e beijou a minha nuca.
- Ah... – eu soltei um gemido.
Aos poucos os movimentos foram ficando mais e mais intensos e quando eu me dei conta, ele já estava a todo vapor.
Quando o corpo do Bruno vinha de encontro ao meu, as nossas peles colavam e ardiam. Parecia até que nós dois estávamos pegando fogo naquele momento.
E era essa a minha sensação. Eu me sentia em chamas. Todo o meu corpo estava quente. Era como se o meu sangue estivesse fervendo, era algo incrível.
De uma hora pra outra eu fiquei completamente ofegante e me faltou o ar. Tive dificuldade pra respirar e isso me deixou cansado. Eu literalmente mordi a fronha do travesseiro e segurei com força no lençol da cama. Ele não parou o vai-e-vem um segundo sequer e isso me fez pirar de tanto prazer.
- Ah, ah, ah, ah, ah, ah...
- AH – ele gemeu e me beijou o rosto. – TE AMO, CAIO!
Mudamos de posição. Ele me soltou, saiu de cima de mim e ficou de pé na cama. Eu sentei, respirei fundo, sequei o suor da testa e deitei de lado.
Bruno deitou ao meu lado, me abraçou, beijou o meu pescoço, meu ombro, levantou a minha perna direita e continuou me penetrando.
- Ah – eu gemi e senti o meu pau subir no ar. – Que delícia, Bruno...
- Me dá um beijo, meu amor?
Eu virei meu rosto e beijei o meu ex-namorado. Ele brincou com a minha língua e enfiou tudo de uma vez só. Que prazer que eu estava sentindo.
Não fiquei nessa posição por muito tempo. Deitei de barriga pra cima e ele me pegou de frango assado. Essa posição foi ótima pra ver a cara de tesão que ele estava fazendo.
- AAAAAAAAAH – Bruno soltou um gemido muito longo.
Eu fechei meus olhos, fiquei respirando rapidamente e mordi meu lábio inferior. O meu tesão era tanto que eu poderia gozar a qualquer momento.
Mas isso não aconteceu. Aconteceu com o Bruno, não comigo. Sem mais nem menos, ele deitou em cima de mim e gritou feito um desesperado. Eu senti o pau dele ficar mais e mais duro e entendi que ele havia chegado ao orgasmo.
Mas não acabou. Era a minha vez de sentir prazer, então rapidamente sentei na cama e pedi para ele colocar uma camisinha em mim.
- Só se for com a boca! – Bruno me provocou.
- Do jeito que você quiser – eu deitei com as pernas abertas. – Eu sou todo seu...
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO FALA ISSO, CAIO MONTEIRO!
ISSO AÍ, CAIÃO!!! DEMONSTRA O SEU AMOR POR ELE, GAROTO!
CALA A BOCA, CORAÇÃO! VOCÊ JÁ ERROU DEMAIS POR HOJE... NÃO FALA MAIS NADA, CAIO, ENTENDEU? MAIS NADA!!!
Dessa vez foi a razão que falou mais alto e eu me arrependi até o último por ter falado o que falei. Bruno pareceu gostar, ele abriu um sorrisinho safado, pegou uma camisinha e foi logo colocando no meu pau.
Pelo cheiro, aquela camisinha tinha sabor de morango. Eu não sei como o Bruno foi capaz, mas ele conseguiu colocar a camisinha com a boca e isso me deixou intrigado. Eu não conseguiria fazer o mesmo.
Bastou sentir toda a camisinha em mim para eu levantar e tomar as rédeas da situação. Eu deixei o Bruno de 4 e comecei a lubrificá-lo com muita, muita paciência.
Por questões óbvias, pensei que ele não fosse topar aquela posição, mas me enganei redondamente. O gato ficou muito solto e muito decidido e não hesitou em nenhum momento, nem quando eu comecei a penetração.
Se comigo foi difícil, com ele foi duas vezes mais. Pelo jeito o garoto não fazia sexo há meses, porque estava muito apertado mesmo. Fui obrigado a dar um tapa na bunda dele para fazê-lo relaxar.
- Relaxa! – mandei.
- Vem, meu gato, vem...
E eu fui mesmo. Consegui colocar meu pênis pra dentro, com muita dificuldade, mas consegui. E quando entrou tudo, eu fui logo metendo com força. Isso deixou o Bruno simplesmente pirado.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAH – ele gritou e segurou na cabeceira do box.
O cabelo do Bruno não estava grande, mas mesmo assim eu consegui segurar nos fios e puxei a cabeça dele pra trás. Isso foi motivo para um gemido de prazer, ou de dor e só me deixou ainda mais enlouquecido.
Deitei meu corpo em cima do corpo dele e mordisquei a orelha direita do meu amado. Naquela posição eu me sentia quase que literalmente um cachorro, mas eu gostava muito e não ia me fazer de rogado. Era nítido que eu queria aquilo.
E como queria. Até pensei que ia gozar de cara, mas isso não aconteceu. Meu pênis estava muito sensível, é verdade, mas ele não gozou de imediato. Ainda bem.
Porque só assim eu pude aproveitar outras posições. A próxima foi em pé. Ele ficou em pé na cama mesmo e eu fiquei beijando a boca daquele cara enquanto o comia.
- Delicioso – eu falei.
EU MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA, CAIO MONTEIRO!
AH, VAI SE FODER!!!
Não ficamos naquela posição por muito tempo. Não era muito confortável e cansava as pernas. Resolvi finalizar com ele por cima de mim e foi nessa que eu gozei.
Bastou o Bruno sentar para o meu pau endurecer mais e mais. Eu sabia que a qualquer momento ia gozar.
- AH, AH, AH, EU VOU GOZAR... EU VOU GOZAR – joguei a minha cabeça pra trás e fechei meus olhos. – AH... AAAAH... AAAAAH... AAAAAAAAAAAAAAAAAH... QUE DELÍCIA, VELHO... AAAAAAH...
Bruno não gemeu, mas ele estava sem fôlego e muito excitado. Eu senti um alívio imenso e senti todo o esperma cair no meio das minhas pernas.
Meu love caiu esgotado na cama, mas eu queria mais e não ia ficar esperando para continuar. Por isso, tirei a camisinha usada e a joguei longe, mas em seguida eu coloquei outra e continuei a penetração.
- Ah... – mordi meu lábio. – Vem, Bruno... Vem...
Daquela vez ele só gemeu. Gemeu e gemeu gostoso. Eu fiquei por cima e só fizemos essa posição. Foi suficiente para eu gozar pela terceira vez naquela noite.
- Vou... Gozar... De novo... AAAAAAAAAAAAAH...
- HUUUUM... HUUUUUUUUUUUM... – Bruno gozou também e não precisou nem segurar no pau. Ele gozou sozinho.
- Ai... – nós dois caímos na cama, exaustos, sem força, mas ainda com tesão.
Só depois dessa o meu pau abaixou, mas isso demorou muito para acontecer. Eu só não continuei com a transa porque estava simplesmente sem forças. Tudo o que eu queria era dormir.
- Posso te pedir uma coisa? – ele me abraçou com muito carinho.
- O quê?
- Dorme aqui hoje?
Eu sabia que aquilo não era certo, mas eu não ia conseguir dizer não. Eu queria sim dormir lá com ele, mesmo não sendo certo.
- Isso não é certo... Mas eu durmo...
- Mesmo? – os olhinhos dele até brilharam.
- Mesmo... Já aconteceu mesmo! De que adianta dizer não?
- Eu te amo, sabia? – ele voltou a me beijar.
- Não fala mais nada e me beija, Bruno!
Só foi beijo daquela vez. Nós não tínhamos mais forças físicas para outro round daqueles. As minhas energias estavam completamente esgotadas.
- Vou tomar banho. Vem comigo? – ele perguntou.
- Vai você primeiro. Eu preciso pensar um pouco.
- Vem, por favor?
- Eu já vou. Pode ir na frente.
O meu amor me deu um selinho demorado e saiu da cama em seguida. O quarto estava escuro e com cheiro de sexo, mas eu não estava me importando com esse detalhe.
Por que eu fiz aquilo? Por que eu caí em tentação?
EU FALEI PARA VOCÊ NÃO ACEITAR AQUELE CONVITE PRA JANTAR, SEU ASNO!
Quer fazer o favor de calar a boca?
NÃO CALO NÃO! ISSO FOI ERRADO, FOI ERRADO! E O MURILO? ONDE FICA NESSA HISTÓRIA?
Murilo? Ele não está nem aí pro Caio... Deixa ele pra lá e pense no Bruno agora, Caio.
NÃÃÃÃÃO!!! BRUNO NÃÃÃÃÃO!!! NÃO É ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAM, NÃO É!
PUTA QUE PARIU, CALA A PORCARIA DESSA BOCA E DEIXA O CAIO EM PAZ UMA VEZ NA VIDA!
Eu bufei, suspirei, fechei os olhos e senti um sono inigualável tomar conta de mim. A voz da razão ficou calada e o meu coração se aquietou. Finalmente aquele bendito conflito interno parou. O meu coração venceu mais aquela batalha. A minha razão estava ficando cada vez com menos força.
- Caio? Você não vem? – a voz dele invadiu o meu ouvido.
- Já vou... – quase soltei um AMOR.
Ainda bem que eu fiquei calado. Levantei e fui direto pro banheiro. Ele estava debaixo do chuveiro com uma cara de safado incrivelmente linda. E quem disse que eu consegui resistir?
Entrei debaixo daquela água deliciosamente morna e fui logo beijando o Bruno. Foi um beijo muito apaixonado, que nos deixou novamente excitados.
Na ducha só rolou uma chupação em ambas as partes, mas nem ele, nem eu gozamos. Bruno ensaboou todo o meu corpo e ficou brincando com meus cabelos recém-pintados. Eu estava pra lá de cansado.
- Você está cada dia mais lindo, cada dia mais gostoso, cada dia mais maravilhoso... – ele falou.
- Cala a boca e me beija, cacete – mais uma vez enfiei a minha mão nos cabelos dele e o puxei para um beijo.
SEU BURRO!
CALA ESSA BOCA, INFELIZ!
Suspirei. Os beijos do Bruno me remeteram ao tempo em que a gente namorava. Bateu uma saudade daquela época...
Bruno me deu vários selinhos e saiu da ducha. Eu achei aquilo estranho.
- Onde você vai?
- Arrumar o quarto e fazer algo pra gente comer.
- Não precisa...
- Precisa sim... Te espero no quarto.
Eu estava mesmo com fome. Todo aquele sexo abriu o meu apetite, mas eu não podia admitir isso ao Bruno. Não seria legal da minha parte.
Continuei no banho e aproveitei pra relaxar um pouquinho, mas depois me lembrei que não estava na minha casa. Eu não poderia simplesmente gastar água e luz no apartamento alheio; por isso eu desliguei o chuveiro e comecei a me secar.
Quando cheguei no quarto, encontrei a cama totalmente arrumada com um edredom novo nas cores branco e preto. O chão já não estava cheio de roupas espalhadas e as camisinhas já não estavam soltas aqui e acolá. O Bruno arrumou tudo muito rapidamente.
Deitar ou não deitar, era essa a questão. Eu encontrei a minha roupa dobrada em cima de uma poltrona e rapidamente coloquei a minha cueca. Eu estava em dúvida se deveria deitar ou não.
Deita, Caio. Vai descansar que você merece.
CAI FORA DAÍ, CAIO. VOLTA PRA REPÚBLICA IMEDIATAMENTE.
Não dê ouvidos, Caio. Faça o que eu estou mandando e faça agora.
Eu caí na cama e fiquei olhando pela vidraça da varanda. Fazia uma noite sem nuvens, sem lua e sem estrelas no céu do Rio de Janeiro.
GAROTO BURRO!
AH, CALA A BOCA!
De repente o meu “amante” entrou no quarto com uma bandeja repleta de guloseimas. Eu não acreditei no que os meus olhos estavam vendo.
- Não precisa, Bruno...
- Precisa sim. Você deve estar com fome também. Espero que goste de misto quente...
Quem não gosta de misto quente?
NÃO COME ISSO NÃO, CAIO! VAI JÁ PRA CASA...
Meu coração apenas suspirou e a voz calou a boca. Eu dei um beijo no menino e me servi. Eu estava mesmo com fome.
Ele fez um suco maravilhoso de acerola. Era um dos meus preferidos. Eu fiquei surpreso com a agilidade dele fazer as coisas...
- Nossa, que delícia – elogiei. – Muito bom!
- Gostou? – ele me olhou.
- Bastante. Obrigado.
Comemos e depois que terminamos, eu levei a louça suja até a pia. Quando voltei. Ele me olhou, eu olhei pra ele e isso foi suficiente para iniciarmos uma nova rodada de sexo.
- Fica comigo pra sempre? – ele perguntou baixinho.
- Não fala nada, por favor. Não fala nada.
1, 2, 3, 4, 5 beijos aconteceram e depois ele começou a me chupar de novo. Eu não sabia de onde vinha tanta energia, mas pouco me importava. Eu queria era amar e amar e amar o meu ex-namorado como se aquela fosse a nossa última noite juntos.
Não me segurei. Eu também queria chupá-lo, então nós iniciamos um 69, que só terminou quando ambos chegaram ao orgasmo.
- Hum... – eu gemi com o pau dele na minha boca.
Depois do quarto orgasmo, a gente apenas se beijou e o sono falou mais alto. Era a hora de dormir. Já deveria ser bem tarde e no dia seguinte eu ainda teria que ir pra faculdade.
- Eu nem acredito que você está aqui, sabia? – ele beijou meu nariz.
- Nem eu. Nem eu...
Nos abraçamos. A luz já estava apagada, nós já estávamos de cueca e o sono já estava falando mais alto nessa altura do campeonato.
Eu estava por trás do Bruno e isso me fez sentir o perfume dele durante toda a noite. Mesmo depois do banho o perfume dele ainda estava na pele... Como isso era possível?
Eu suspirei, fechei os meus olhos e senti uma paz, uma paz imensa dentro do meu corpo e do meu peito. O meu coração batia aliviado, batia tranquilo e eu tinha uma ligeira sensação que todas as células do meu corpo estavam trabalhando felizes e harmoniosas. Desde que eu me entendia por gente, eu nunca, nunca, nunca tinha sentido uma felicidade tão grande como eu estava sentindo naquele momento...
E se eu estava feliz, de que me importava os sentimentos ruins? De que me importava a raiva? A mágoa? A dor? A desilusão? O ódio??? Importante mesmo era o amor... O amor que eu sentia pelo Bruno e o amor que ele sentia por mim... Era aquilo que nos unia e seria aquele sentimento que nos deixaria juntos pelo resto da vida...
Pelo resto da vida? Será? Será que isso ia mesmo acontecer? Ou será que eu estava me precipitando demais?
Precipitando? Ah, pelo amor de Deus... Quanto tempo eu esperei por aquela noite? Acho que a minha vida toda... Então, a única coisa que eu poderia fazer naquele momento era curtir. Curtir aquela noite com o Bruno como se ela fosse realmente a última das nossas vidas... E era exatamente isso que eu ia fazer...
Eu acordei com o barulho do meu celular tocando. Me
mexi, abri os meus olhos e notei que a gente ainda estava na mesma posição.
O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI?
Essa foi a minha primeira pergunta. Levantei da cama e fui atender o meu celular. Eu estava assustado.
- Rodrigo? – o que o meu amigo queria. – Alô?
- Caio? Onde você está?
- Hã... – era melhor não falar nada. – O que foi, Rodrigo?
- Nada demais, eu só cheguei agora e não te vi na cama... Fiquei preocupado! Onde você está, Caio?
- Hã... Depois a gente conversa, Digão...
- Ei? O que houve, hein? Você não está com o Bruno não, né?
- E-estou...
- FICOU LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOUCO???
- Depois a gente conversa...
- VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCO, CAIO MONTEIRO!
- Eu converso com você depois, tchau!
Desliguei o aparelho. Eu não queria discutir com o Rodrigo naquele momento. Bruno se mexeu, abriu os olhinhos, abriu um sorriso e disse:
- Bom dia, amor... Nossa... Já amanheceu?
SAI JÁ DAÍ, CAIO!
Eu não acreditei no que eu tinha feito. Eu tinha dormido com o Bruno? Foi isso mesmo que aconteceu?
FOI! FOI ISSO QUE ACONTECEU. BURRO, BURRO, BURRO!!! SE ARRUMA E VAI JÁ PRA CASA!!!
- Caio? – Bruno sentou na cama e mudou o semblante. – Está tudo bem?
- Está sim, Bruno...
- AI que susto... Você está me olhando com uma cara tão estranha...
- Não, não é nada...
Peguei a minha roupa e comecei a me arrumar. Eu estava incrédulo. Só nesse momento a minha razão tomou conta de todo o meu corpo, de toda a minha mente e só nesse momento o arrependimento bateu com força total. Eu não deveria ter dormido com o Bruno...
- Deita um pouquinho aqui, Caio...
- Não, Bruno. Não posso. Eu tenho que ir pra casa.
- Fica mais um pouco, depois eu te levo até a sua casa!
- Não. Eu vou pra casa agora. Posso usar o banheiro?
- Claro que pode – ele suspirou.
VAI JÁ PRA CASA, CAIO! SAI DESSE APARTAMENTO IMEDIATAMENTE!
Posso usar o banheiro pelo menos?
USA O BANHEIRO E SOME DA FRENTE DESSE DESGRAÇADO!
O Bruno não é desgraçado!
É DESGRAÇADO SIM. ELE QUASE ACABOU COM A SUA VIDA E VOCÊ AINDA FICA DEITANDO NA CAMA DELE? VOCÊ É MUITO BURRO, CAIO MONTEIRO!
Deixei a minha cabeça descarregar tudo de uma vez e a cada segundo eu só ficava mais arrependido. Eu fiz xixi, dei descarga, lavei as mãos, lavei o rosto e depois eu fui direto pra sala pra colocar a minha camiseta. Logo comecei a chupar um Halls. Eu não queria ficar com mau-hálito.
- Fica mais um pouco? Por favor?
- Não, Bruno. Não insiste. Eu nem deveria estar aqui.
- Vai ficar arrependido agora? Depois dessa noite incrível que a gente passou?
- Já estou arrependido.
Ele pareceu ficar triste, mas eu não dei a mínima para isso. O meu coração tentou falar alguma coisa, mas a minha razão falou mais alto novamente e me mandou sair daquele apartamento pela enésima vez.
- Eu vou embora. Bom dia, Bruno.
- Espera... Eu te levo até em casa...
- Não, não precisa. Obrigado pela oferta, mas eu vou de ônibus mesmo.
- Não, deixa eu te levar?
- Não, não precisa. De coração. Obrigado mesmo. Bom dia, Bruno!
- Espera, Caio... Não vai se despedir de mim?
- Já me despedi de você. Bom dia, Bruno!!!
Eu abri a porta e saí do apê do garoto. Ele foi até onde eu estava, me puxou e beijou os meus lábios com muita suavidade.
- Agora sim. Bom dia, amor da minha vida! E leva o CD, por favor!
- Não me chama assim – bufei e peguei o CD. – Eu não sou o seu amor!
Apertei o botão do elevador e para a minha alegria, este abriu a porta imediatamente. Entrei e ouvi um suspiro longo e profundo. Eu não deveria ter ido até o apê daquele garoto, não devia!
Pior seria ouvir os xingos do Rodrigo. Eu tinha mais do que certeza que ele ia acabar comigo quando eu chegasse em casa.
O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI?
Essa foi a minha primeira pergunta. Levantei da cama e fui atender o meu celular. Eu estava assustado.
- Rodrigo? – o que o meu amigo queria. – Alô?
- Caio? Onde você está?
- Hã... – era melhor não falar nada. – O que foi, Rodrigo?
- Nada demais, eu só cheguei agora e não te vi na cama... Fiquei preocupado! Onde você está, Caio?
- Hã... Depois a gente conversa, Digão...
- Ei? O que houve, hein? Você não está com o Bruno não, né?
- E-estou...
- FICOU LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOUCO???
- Depois a gente conversa...
- VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCO, CAIO MONTEIRO!
- Eu converso com você depois, tchau!
Desliguei o aparelho. Eu não queria discutir com o Rodrigo naquele momento. Bruno se mexeu, abriu os olhinhos, abriu um sorriso e disse:
- Bom dia, amor... Nossa... Já amanheceu?
SAI JÁ DAÍ, CAIO!
Eu não acreditei no que eu tinha feito. Eu tinha dormido com o Bruno? Foi isso mesmo que aconteceu?
FOI! FOI ISSO QUE ACONTECEU. BURRO, BURRO, BURRO!!! SE ARRUMA E VAI JÁ PRA CASA!!!
- Caio? – Bruno sentou na cama e mudou o semblante. – Está tudo bem?
- Está sim, Bruno...
- AI que susto... Você está me olhando com uma cara tão estranha...
- Não, não é nada...
Peguei a minha roupa e comecei a me arrumar. Eu estava incrédulo. Só nesse momento a minha razão tomou conta de todo o meu corpo, de toda a minha mente e só nesse momento o arrependimento bateu com força total. Eu não deveria ter dormido com o Bruno...
- Deita um pouquinho aqui, Caio...
- Não, Bruno. Não posso. Eu tenho que ir pra casa.
- Fica mais um pouco, depois eu te levo até a sua casa!
- Não. Eu vou pra casa agora. Posso usar o banheiro?
- Claro que pode – ele suspirou.
VAI JÁ PRA CASA, CAIO! SAI DESSE APARTAMENTO IMEDIATAMENTE!
Posso usar o banheiro pelo menos?
USA O BANHEIRO E SOME DA FRENTE DESSE DESGRAÇADO!
O Bruno não é desgraçado!
É DESGRAÇADO SIM. ELE QUASE ACABOU COM A SUA VIDA E VOCÊ AINDA FICA DEITANDO NA CAMA DELE? VOCÊ É MUITO BURRO, CAIO MONTEIRO!
Deixei a minha cabeça descarregar tudo de uma vez e a cada segundo eu só ficava mais arrependido. Eu fiz xixi, dei descarga, lavei as mãos, lavei o rosto e depois eu fui direto pra sala pra colocar a minha camiseta. Logo comecei a chupar um Halls. Eu não queria ficar com mau-hálito.
- Fica mais um pouco? Por favor?
- Não, Bruno. Não insiste. Eu nem deveria estar aqui.
- Vai ficar arrependido agora? Depois dessa noite incrível que a gente passou?
- Já estou arrependido.
Ele pareceu ficar triste, mas eu não dei a mínima para isso. O meu coração tentou falar alguma coisa, mas a minha razão falou mais alto novamente e me mandou sair daquele apartamento pela enésima vez.
- Eu vou embora. Bom dia, Bruno.
- Espera... Eu te levo até em casa...
- Não, não precisa. Obrigado pela oferta, mas eu vou de ônibus mesmo.
- Não, deixa eu te levar?
- Não, não precisa. De coração. Obrigado mesmo. Bom dia, Bruno!
- Espera, Caio... Não vai se despedir de mim?
- Já me despedi de você. Bom dia, Bruno!!!
Eu abri a porta e saí do apê do garoto. Ele foi até onde eu estava, me puxou e beijou os meus lábios com muita suavidade.
- Agora sim. Bom dia, amor da minha vida! E leva o CD, por favor!
- Não me chama assim – bufei e peguei o CD. – Eu não sou o seu amor!
Apertei o botão do elevador e para a minha alegria, este abriu a porta imediatamente. Entrei e ouvi um suspiro longo e profundo. Eu não deveria ter ido até o apê daquele garoto, não devia!
Pior seria ouvir os xingos do Rodrigo. Eu tinha mais do que certeza que ele ia acabar comigo quando eu chegasse em casa.
- COM O BRUNO? VOCÊ PASSOU A NOITE COM O BRUNO? VOCÊ
ENLOUQUECEU?
- Não precisa gritar...
- DOOOOOIDO!!! VOCÊ SÓ PODE ESTAR DOOOOOOIDO!!!
- Eu não sou surdo, Rodrigo!!!
- AI QUE ÓDIO DE VOCÊ, CAIO! VOCÊ É MUITO BURRO, MUITO BURRO...
- Quer parar de me ofender? – fiquei bravo e irritado.
- NÃO! EU DEVERIA ERA TE DAR UM CORRETIVO PRA VER SE VOCÊ APRENDE A NÃO CAIR NA LÁBIA DAQUELE... INFELIZ!
E foi assim durante mais de meia hora. Eu não discuti com o garoto, deixei ele falar tudo o que queria e nem sequer abri a minha boca para contestar o que ele estava falando. Ele não estava totalmente errado. Eu era sim burro, mas eu era também um cara apaixonado e nem sempre a gente consegue dizer não para a voz do coração.
- Não precisa gritar...
- DOOOOOIDO!!! VOCÊ SÓ PODE ESTAR DOOOOOOIDO!!!
- Eu não sou surdo, Rodrigo!!!
- AI QUE ÓDIO DE VOCÊ, CAIO! VOCÊ É MUITO BURRO, MUITO BURRO...
- Quer parar de me ofender? – fiquei bravo e irritado.
- NÃO! EU DEVERIA ERA TE DAR UM CORRETIVO PRA VER SE VOCÊ APRENDE A NÃO CAIR NA LÁBIA DAQUELE... INFELIZ!
E foi assim durante mais de meia hora. Eu não discuti com o garoto, deixei ele falar tudo o que queria e nem sequer abri a minha boca para contestar o que ele estava falando. Ele não estava totalmente errado. Eu era sim burro, mas eu era também um cara apaixonado e nem sempre a gente consegue dizer não para a voz do coração.
NAQUELE MESMO DIA, À NOITE...
Aproveitei que estava sozinho no quarto, peguei o
notebook e coloquei o CD que o Bruno me deu no compartimento. O que teria ali
afinal de contas?
Era um vídeo. Um toque, aparentemente de piano, começou a soar e invadiu os meus ouvidos. Não demorou nadinha para as letras invadirem a tela do computador e meus olhos se perderam naquela mensagem que o Bruno destinou a mim:
Era um vídeo. Um toque, aparentemente de piano, começou a soar e invadiu os meus ouvidos. Não demorou nadinha para as letras invadirem a tela do computador e meus olhos se perderam naquela mensagem que o Bruno destinou a mim:
“Caio...
De repente do
riso fez-se o pranto...
Silencioso e branco como a bruma...
E das bocas unidas fez-se a espuma...
E das mãos espalmadas fez-se o espanto...
Silencioso e branco como a bruma...
E das bocas unidas fez-se a espuma...
E das mãos espalmadas fez-se o espanto...
De repente da
calma fez-se o vento...
Que dos olhos desfez a última chama...
E da paixão fez-se o pressentimento...
E do momento imóvel fez-se o drama...
Que dos olhos desfez a última chama...
E da paixão fez-se o pressentimento...
E do momento imóvel fez-se o drama...
De repente,
não mais que de repente...
Fez-se da tristeza o que se faz amante...
E de sozinho o que se faz contente...
Fez-se da tristeza o que se faz amante...
E de sozinho o que se faz contente...
Fez-se do
amigo próximo, distante...
Fez-se da vida uma aventura errante...
De repente, não mais que de repente...
Fez-se da vida uma aventura errante...
De repente, não mais que de repente...
Te amo.
Bruno.”
Era o Soneto de Separação de Vinícius de Moraes. Eu li, reli e li novamente
aquela mensagem e não entendi o significado daquilo. Por que o Bruno tinha
mandado aquilo pra mim? E o que significava? Será que tinha algo por trás
daquela mensagem? Será que ele queria dizer que estava abrindo mão de mim?
Abrindo mão do nosso amor? Ou será que ele só estava querendo mostrar o quão
estava se sentindo sozinho?
Confuso. Mais confuso do que nunca. Era assim que eu me sentia. E foi assim que eu fiquei por vários e vários dias.
Confuso. Mais confuso do que nunca. Era assim que eu me sentia. E foi assim que eu fiquei por vários e vários dias.
ALGUNS DIAS DEPOIS...
O Bruno me ligou todos os dias naquela semana, mas eu
não atendi nenhuma ligação. O Murilo por sua vez, não me ligou e eu também não
corri atrás dele.
Por mais de uma vez eu acabei perdendo a noção do tempo. No dia que era pra ficar em casa, eu acordei pra ir pra faculdade e no dia que era pra ir pra faculdade, eu pensei que tinha que ficar em casa. E isso não aconteceu apenas uma vez. Eu tinha até a sensação que estava ficando louco.
- Isso se chama esgotamento físico – disse Vinícius. – Você está muito cansado e precisa de uma pausa pro seu organismo, Caio.
- Eu vou tirar uns dias de folga.
- Faz muito bem. Eu vou acompanhar a sua rotina de perto à partir de agora.
- Como é bom ter um médico em casa – eu suspirei e agradeci ao meu amigo.
Decidi pedir as folgas naquele dia mesmo, mas eu não tinha muitos dias para tirar então nem corri atrás disso. Deixei pra lá.
- Se quiser, pode tirar esses dias que você tem – falou Jonas.
- Não. Deixa acumular mais um pouquinho. É muito pouco.
- Você que sabe.
Voltei pro meu departamento e encontrei Janaína e Alexia conversando baixinho. Sobre o que elas estavam falando afinal de contas?
- Que bom que você chegou – Alexia me fitou.
- Oi, amadas. Tudo bem?
Beijei as duas e em seguida a vendedora de linha branca disse:
- Gente... Eu tenho uma notícia pra vocês...
- Notícia? – perguntei. – Que notícia?
- Não me diga que você vai casar com o Diego?
- Talvez.
- Como assim talvez? – eu estranhei. – Cedo assim?
- Então gente, vocês lembram que eu disse que hoje eu ia ao médico fazer um ultrassom do intestino porque estava sentindo dores esquistas no estômago?
- Aham – Janaína e eu falamos ao mesmo tempo.
- Eu fui... – ela ficou com os olhos marejados. – E aí...
- E aí o quê? – eu perguntei.
- Cala a boca, Caio. Deixa a menina falar! O que deu no seu exame, Alexia?
- Algo que eu não esperava...
- Espera – Jana colocou as duas mãos nos ombros da nossa amiga. – Não me diga que...
- Eu estou grávida!
Por mais de uma vez eu acabei perdendo a noção do tempo. No dia que era pra ficar em casa, eu acordei pra ir pra faculdade e no dia que era pra ir pra faculdade, eu pensei que tinha que ficar em casa. E isso não aconteceu apenas uma vez. Eu tinha até a sensação que estava ficando louco.
- Isso se chama esgotamento físico – disse Vinícius. – Você está muito cansado e precisa de uma pausa pro seu organismo, Caio.
- Eu vou tirar uns dias de folga.
- Faz muito bem. Eu vou acompanhar a sua rotina de perto à partir de agora.
- Como é bom ter um médico em casa – eu suspirei e agradeci ao meu amigo.
Decidi pedir as folgas naquele dia mesmo, mas eu não tinha muitos dias para tirar então nem corri atrás disso. Deixei pra lá.
- Se quiser, pode tirar esses dias que você tem – falou Jonas.
- Não. Deixa acumular mais um pouquinho. É muito pouco.
- Você que sabe.
Voltei pro meu departamento e encontrei Janaína e Alexia conversando baixinho. Sobre o que elas estavam falando afinal de contas?
- Que bom que você chegou – Alexia me fitou.
- Oi, amadas. Tudo bem?
Beijei as duas e em seguida a vendedora de linha branca disse:
- Gente... Eu tenho uma notícia pra vocês...
- Notícia? – perguntei. – Que notícia?
- Não me diga que você vai casar com o Diego?
- Talvez.
- Como assim talvez? – eu estranhei. – Cedo assim?
- Então gente, vocês lembram que eu disse que hoje eu ia ao médico fazer um ultrassom do intestino porque estava sentindo dores esquistas no estômago?
- Aham – Janaína e eu falamos ao mesmo tempo.
- Eu fui... – ela ficou com os olhos marejados. – E aí...
- E aí o quê? – eu perguntei.
- Cala a boca, Caio. Deixa a menina falar! O que deu no seu exame, Alexia?
- Algo que eu não esperava...
- Espera – Jana colocou as duas mãos nos ombros da nossa amiga. – Não me diga que...
- Eu estou grávida!






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